HUMANISMO
O Humanismo, segunda
Escola Literária Medieval,
corresponde ao período
de transição da Idade
Média para a Idade
Clássica. Como o próprio
nome já diz, o ser humano
passou a ser valorizado.
Também foi nessa época
que surgiu uma nova
classe social: a burguesia.
CONTEXTO HISTÓRICO
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Crise do feudalismo
Crise da igreja católica
Ressurgimento das cidades
Prosperidade da burguesia
Início do mercantilismo
Início das grandes navegações
O teocentrismo dá lugar ao antropocentrismo.
PRINCIPAIS IDEIAS HUMANISTAS
• Retomada da cultura clássica, através do estudo e
imitação dos poetas e filósofos greco-latinos;
• Crítica à hierarquia medieval, o homem
reivindicando para si uma posição de destaque
no Universo;
• Bifrontismo, coexistência de características
medievais (feudalismo, teocentrismo) e
renascentistas (mercantilismo,
antropocentrismo).
TEATRO
• Foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as
características desse período. Gil Vicente foi o nome
que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
• Sua obra pode ser dividida em dois blocos:
• Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns
exemplos.
• Farsas: peças cômicas curtas, enredo baseado no
cotidiano. “Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da
horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.
POESIA
Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro
Geral”, uma coletânea de poemas de época. O
cancioneiro geral resume 2865 autores que
tratam de diversos assuntos em poemas
amorosos, satíricos, religiosos entre outros.
PROSA
A produção literária desse gênero foram as
Crônicas, elas registravam a vida dos
personagens e acontecimentos históricos.
Fernão Lopes foi o mais importante cronista
(historiador) da época, tendo sido considerado o
“Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º
cronista que atribuiu ao povo um papel
importante nas mudanças da história, essa
importância era, anteriormente, atribuída
somente à nobreza.
"Auto da Barca do Inferno"
Representa o juízo final católico
de forma satírica e com forte
apelo moral. O cenário é uma
espécie de porto, onde se
encontram duas barcas: uma com
destino ao inferno, comandada
pelo diabo, e a outra, com
destino ao paraíso, comandada
por um anjo. Ambos os
comandantes
aguardam
os
mortos, que são as almas que
seguirão ao paraíso ou ao inferno.
As personagens:
• Fidalgo, D. Anrique;
• Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito
elevados, um agiota);
• Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez
dono de oficina;
• Joane, um parvo, tolo, vivia simples e inconsciente dos seus atos;
• Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
• Brísida Vaz, uma alcoviteira;
• Judeu usurário chamado Semifará;
• Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
• Enforcado;
• Quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.
O julgamento:
Cada personagem discute com o Diabo e com
o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só
os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca
da Glória (embora este último permaneça toda a
ação no cais, numa espécie de Purgatório),
todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo,
bastante simples e humilde, mas que havia
pecado, fica no cais e um dos objetivos é animar
a cena, ajudando o Anjo a julgar as personagens.
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