EDUCAÇÃO CRISTÃ
Prof. Roney Ricardo
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Site Teologia & Discernimento
O termo:
“O termo “educar” provém do latim educare, que tem o
sentido básico de “criar”, “alimentar”, não só de crianças,
mas também animais. A partir daí se desenvolve o sentido
abstrato, espiritual e intelectual de “formar”, “instruir”.
Educare guarda também o sentido de “produzir”,
especialmente aplicado à terra em expressões como quod
terra educat, “o que a terra produz”
(CASTELLO, 2007, p. 35).
O termo:
“Nesses sentidos está implícita a origem etimológica de
educare. Habitualmente se supõe que esse vocábulo
provém de educere, composto de ex e duco, que significa
“fazer sair”, “tirar para fora” e, por extensão, “pôr no
mundo”, no sentido de “tirar do ventre da mãe” e, em
alguns contextos, “criar” ou “educar” uma criança.”
(CASTELLO, 2007, p. 35).
Abordagens educacionais:
Na abordagem tradicional, o “foco está na transmissão do
professor ao aluno. Privilegia o especialista, os modelos e o
professor, elemento imprescindível na transmissão de
conteúdos... O ensino, em todas as suas formas, nessa
abordagem, está centrado no professor”
(LOPES, 2010, p. 97).
Abordagens educacionais:
Na abordagem comportamentalista, “supõe-se e objetivase que o professor possa aprender a analisar os elementos
específicos do comportamento e os padrões de interação e,
assim, obter controle sobre eles e modificá-los em direções
determinadas, quando necessário”
(LOPES, 2010, p. 98).
Abordagens educacionais:
A abordagem humanista “enfatiza as relações interpessoais
e o crescimento que delas resulta, centrado no
desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seus
processos de construção e organização pessoal integrada, de
maneira que o professor em si não transmite conteúdo, mas
dá assistência, sendo um facilitador da aprendizagem, haja
vista que esta advém das próprias experiências dos alunos”
(LOPES, 2010, p. 100).
Abordagens educacionais:
Para a abordagem cognitivista, o “conhecimento é
considerado como uma construção contínua. A passagem
de um estado de desenvolvimento para o seguinte é sempre
caracterizada por formação de novas estruturas que não
existiam anteriormente no indivíduo”
(Mizukami).
Abordagens educacionais :
Para a abordagem sociocultural, “vivemos numa sociedade
dividida em classes, onde os privilégios de uns impedem a
maioria de usufruir os bens produzidos. Um desses bens é a
educação, da qual, segundo ele [Paulo Freire], é excluída
grande parte dos menos favorecidos financeiramente...
Freire pontua haver dois tipos de pedagogia, a do
dominante e a do oprimido, e a tarefa pedagógica é prover
uma educação libertária”
(LOPES, 2010, p. 106).
Abordagens educacionais:
No processo de transformação da realidade, Freire pontua
que “a resposta dada pelo homem, a cada desafio, modifica
a realidade em que está inserido e a si próprio, em busca da
aproximação crítica da realidade, que vai desde as “formas
de consciência mais primitivas até a mais crítica e
problematizadora e, consequentemente, criadora”
(LOPES, 2010, pp. 106,7).
Abordagem cristã da educação:
“... É salutar entender que a educação cristã não está
restrita ao conhecimento bíblico dominical de determinada
comunidade, mas ela possui a importante tarefa de mostrar
que o conhecimento real ou verdadeiro procede de Deus e
tem sua causa última nele; com isso, explicita que essa é a
educação que permite ao homem de fato conhecer Deus, a
si mesmo e ao mundo, o que resulta na glorificação a Deus.
É óbvio que somente a abordagem cristã da educação terá
condições de cumprir essa finalidade”
(LOPES, 2010, pp. 109,10).
Abordagem cristã da educação:
“Com efeito, a caridade manda que o que Deus manifestou
para salvação do gênero humano... Se não esconda dos
mortais, mas se manifeste a todo o mundo. Efetivamente, é
da natureza de todos os bens... Que sejam comunicados a
todos; e quanto mais é a riqueza e se põe em comum, tanto
melhor é e tanto mais cabe a todos”
(COMENIUS, Didática Magna).
Abordagem cristã da educação:
“Peço-te também e suplico, em nome de Deus, que
nenhum douto despreze estas coisas, pelo fato de virem de
um homem menos instruído que ele. Na verdade, às vezes,
“mesmo um camponês diz coisas muito oportunas, e talvez
o que tu não sabes o saiba um burrinho”... E Cristo disse
também: “O espírito sopra onde quer; e tu ouves a sua voz,
mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai”
(COMENIUS, Didática Magna).
REFERÊNCIAS
- LOPES, Edson. Fundamentos da educação cristã. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
- COMENIUS. Didática magna. Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. Disponível em:
<http://www2.unifap.br/edfisica/files/2014/12/A_didactica_magna_COMENIUS.pdf> Acesso
em 22 out. 2015.
- CASTELLO, Luis A. Oculto nas palavras: dicionário etimológico para ensinar e
aprender. Trad.: Ingrid Müller Xavier. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
- MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. Disponível
em:
<http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/mod4bloco4/ep4/ABORDAGENS-DO-
PROCESSO.pdf> Acesso em 22 out. 2015.
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