Acadêmica: Marina Mattiello Gabriele Departamento de Ortopedia e Traumatologia Dez/ 2010 Ampla gama de anormalidades anatômicas do quadril. • Congênitas ou desenvolvidas na infância. • Apresentação clínica: - Displasia - Subluxação - Luxação Displasia • Alteração da forma, decorrente de fatores ambientais ou anormalidades próprias do desenvolvimento. Subluxação • Perda parcial do contato entre cabeça do fêmur e cavidade acetabular. Luxação • Perda total do contato entre a cabeça do fêmur e cavidade acetabular. • 2 tipos - atípica: alt. Morfogenética (artrogripose) • - típica: alt. isolada (postura intrauterina) Diversas correntes: • Alteração genética • Fator inerente a etnias (italianos, alemães, japoneses) • Facilitador para instabilidade: herança de frouxidão cápsulo-ligamentar. HIPERELASTICIDADE (frouxidão cápsuloligamentar) Desenvolvimento de instabilidade Luxação MÁ POSIÇÃO INTRAUTERINA (fator ambiental) Displasia • Instabilidade do quadril: 05 – 1% nascidos vivos. • DDQ: 0,1% nascidos vivos. • Bilateral: 50 -60% • Quadro mais comum: primeiro filho, oligodrâmnio, apresentação pélvica para o parto. • Italianos, alemães, japoneses. CLÍNICO EXAMES COMPLEMENTARES • Sinais precoces de DDQ • USG • RX CLÍNICO Manobras provocativas: feitas até 2 meses de vida • decúbito dorsal • examinador com todo MMII da criança nas mãos. • flexão dos quadris 90° - 100° • joelhos completamente fletidos • polegar do examinador no trocanter menor • 3° dedo no trocanter maior CLÍNICO •Pressão eixo femoral •Movimento adução do quadril •Pressão suave com o polegar de medial para lateral QUADRIL LUXÁVEL •Tração ao longo do eixo femoral •Movimento abdução do quadril •Pressão suave com 3° dedo de lateral para medial QUADRIL REDUTÍVEL CLÍNICO LIMITAÇÃO DE ABDUÇÃO COM TENSÃO DOS ADUTORES NA RAIZ DA COXA APÓS 2° MÊS CLÍNICO PREGAS GLÚTEAS E POPLÍTEAS CLÍNICO DIFERENÇA NA ALTURA DOS JOELHOS CLÍNICO INSUFICIÊNCIA DO GLÚTEO MÉDIO: SOFRE ENCURTAMENTO E PERDA DO BRAÇO DA ALAVANCA. QUANDO BILATERAL: BÁSCULA DA BACIA, PROTUSÃO ABDOMINAL, HIPERLORDOSE LOMBAR E MARCHA ANSERINA. EXAMES COMPLEMEN TARES 4 A 6 MESES EVIDENCIA ESTRUTURAS CARTILAGINOSAS DO ESQUELETO IMATURO (AINDA NÃO HÁ OSSIFICAÇÃO DO NÚCLEO SECUNDÁRIO FEMORAL) 7 6 5 4 3 2 1 8 1) Junção óssea 2) Cabeça do fêmur 3) Prega sinovial 4) Cápsula articular 5) Labrum acetabular 6) Cartilagem hialina que precede o teto acetabular 7) Teto acetabular (porção óssea) 8) Borda óssea: ponto de viragem de concavidade para convexidade EXAMES COMPLEMEN TARES INFERIR INDIRETAMENTE A MÁ RELAÇÃO ENTRE FÊMUR PROXIMAL E CAVIDADE ACETABULAR: ARCO DE MENARD - SHENTON • Formado pela porção superior do forame obturado, prolongando-se até porção medial do colo femoral ÍNDICE ACETABULAR • Linha horizontal de Hilgenreiner (passa pelas cartilagens do fundo acetabular) • Linha que demarca o teto ossificado da cav. acetabular DIAGRAMA DE PUTTI • Ossificação da epífise femoral (só após 4-6 meses de vida) • Presente no quadrante inferomedial formado pela Linha de Hilgenreiner (horiz.) e Linha de Perkins (limite externo do teto acetabular) EXAMES COMPLEMEN TARES EXAMES COMPLEMEN TARES 1. Linha de Hilgenreiner. 2. Linha de Perkins. 3. Quadrantes de Ombredanne (I, II, III, IV) A metáfise proximal do fêmur, no quadril normal, deverá encontrarse no quadrante ínfero-medial. 4. Arco de ShentonMenard normal. 5. Arco de ShentonMenard descontínuo α -Índice acetabular DE O A 4 MESES DE VIDA SUSPENSÓRIO DE PAVLIK SÓ HÁ FROUXIDÃO FLEXÃO SUPERIOR A 90° E ABDUÇÃO NÃO SUPERIOR A 70° MANTER NO MÍNIMO 3 MESES DOS 4 AOS 18 MESES JÁ HÁ SUB OU LUXAÇÃO REDUÇÃO SEGUIDA DE MANUTENÇÃO TRAÇÃO PRÉVIA AO ZÊNITE REDUÇÃO SOB ANESTESIA TENOTOMIA DOS ADUTORES IMOBILIZAÇÃO GESSADA (TÓRAX AO ⅓ INF DA PERNA) 6 SEM IMOBILIZAÇÃO GESSADA COM JOELHOS LIVRES POR 4 MESES APARELHO DE VILENSKI POR MAIS 1 MÊS (BARRA ENTRE TNZ) MAIOR QUE 18 MESES OPERAÇÃO SALTER (OSTEOTOMIA PELVICA, CUNHA NO OSSO ILÍACO, FIXAÇÃO REGIÃO SUPRA ACETABULAR) OSTEOTOMIA FEMORAL (P/ ENCURTAMENTO ÓSSEO) GESSO PÉLVICO-PODÁLICO ( 6 SEM) APARELHO DE VILENSKY (1 MÊS) Perda das relações anatômicas normais entre as partes do pé com a perna Individuo apresenta deformidade ao nascer Comprometimento de partes moles e ósseas Principais tipos: - equinovaro (mais comum : PTC) - metatarsovaro - calcaneovalgo - talovertical Sem causa exata Caráter poligênico Surge como deformidade isolada ou associada a síndromes 2,17/ 1000 nascidos vivos 50% unilateral OSSO MÚSCULO • Calcâneo, tálus e navicular • Desvio medial e plantar • Músc mediais e plantares retraídos • Fibular longo e curto alongados articulares mediais do CÁPSULA E • Cápsulas pé, ligamentos e aponeurose LIGAMENTOS plantar retraídos PELE E TELA SUBCUTÂNEA • Formação de higroma na área de apoio dorsolateral ISOLADO • Deformidades típicas do pé, tornozelo e perna. Uni ou bilaterais. COMPLEXO • PTC faz parte de uma doença maior (ex: artrogripose, mielodisplasia) ou há deformidades em diferentes regiões do corpo (ex: DDQ) CLÍNICO • Deformidade no pé e também no tornozelo e perna. • Diminuição volume da perna (hipotrofia da panturrilha) • Palpação: Diminuição mobilidade (RIGIDEZ) Retração tendão calcâneo, musc, aponeurose plantar EXAMES COMPLEMEN TARES DORSOPLANTAR: Relação eixo longitudinal calcâneo e tálus: âng Kite diminuido (grau de varo retropé) Relação eixo longitudinal tálus e osso metatarsal I: grau de adução do antepé LATERAL: Relação eixo longitudinal calcâneo e tálus: âng diminuido (indica equino no calcâneo) Relação eixo longitudinal tálus e metatarsal I: âng indica cavo • Objetivo: pé plantígrado, flexível, indolor e que possibilite uso de calçado. Manipulação suave Gesso: método de Ponseti Aparelho de DenisBrowne Manipulação • Suaves • Para abduzir o antepé Gesso: método de Ponseti • Troca de gessos semanalmente por 4-7 sem • Cruropodálico com joelho a 90° Aparelho de Denis-Browne • Fase de manutenção (abdução 70°) • 23hrs/dia nos 3 primeiros meses, e para durmir até os 4 anos • Ortopedia e traumatologia: Conceitos Básicos Avanzi O., Mercadante O., Miyazaki A. Segunda Edição; Editora Roca • Diagnóstico e tratamento da displasia do desenvolvimento do quadril Milani, Ishida, José Laredo Filho, Sérgio Satoshi Kuwajima,Eiffel Tsuyoshi Dobashi www.apm.org.br/fechado/d.../rdt%207(2)%20pg%2029-34.pdf • The use of ultrasonography in developmental dysplasia of the hip Acta Orthop Traumatol Turc 2007; 41 Suppl 1:6-13