Psicologia Comportamental
Aula 6
Bernardo Gomes
Setembro 2011
Aula Passada
 Capítulo 4, 5 e 6 de Sidman
 Exercício Folclórico
 Hoje:
 Fuga (cap. 7)
 Esquiva (cap. 9)
Por que Fugimos Tanto?
Relacionamentos
Saúde
Vida
Eficaz?
Tipos de Desistência
• Lembrando: ↑Reforçamento Negativo = ↑
Fuga. Mas e quando a realidade se impõe?
– Crise de Gerenciamento (ex: pagar uma conta
em cima da hora)
– Deixar o “Zé” fazer isso (ex: delegar
excessivo)
– Fazer nada (ex: mudar hábitos de consumo)
ou de saúde)
O Desistir Massivo




Desistir da escola
Desistir da família
Desistir da religião
Desistir da sociedade
Se ambiente coercivo
=
Fuga
Escola
 Se há um problema de disciplina: Coerção
(mais trabalho, chapéu de burro, expulsão)
 Falta de treinamento dos professores: Na
prática pouco sabem como não ser coercivo
 Ambiente mais violento: Aumento do
contracontrole de pixações, quebra de
material, gangues etc.
 Perda de reforçadores já escassos:
Defasagem salarial de professores
 Novas estratégias no ensino: Ausência de
repetências, níveis mais altos exigidos dos
alunos etc.
Família
 Diferenças culturais: Nos EUA os filhos
saem de casa cedo, no Brasil eles (cada
vez mais) NÃO saem
 Mas aqui e lá: Altos níveis de divórcio,
problemas de conduta dos filhos em
relação aos pais, paternidade e
maternidade precoces e baixos de contato
entre o membros
Religião
 Não é crença em si que ele questiona, mas
estruturas institucionais que são organizadas
 Embora promovam o discurso da paz e do
amor: eles vem através de extensa coerção
moral. Donde, como consequência: Fuga
 Diferentes planos de atuação: a influência
das religiões sobre questões “mundanas”
 Coerção última: Uma eternidade de
sofrimento pós-vida.
 Outros reforçadores promovidos pela
religião: Pintura, arquitetura etc.
Sociedade
 Ampla gama de representantes: desde de Hippies
a terroristas – todo aquele que vive a margem da
sociedade
 Resposta da sociedade: Punição
 Mas o que ganham estes desistentes? Hipótese
levantada: Eles NUNCA de fato foram aceitos
(pouco acesso a reforçadores +)
 Resultado: Contracontrole (organizações
marginalizadas, seitas etc.)
 Na prática não se escapa da sociedade: Mesmo a
margem a relação raramente deixa de existir ou
quando deixa o indivíduo tende a ser esquecido
O Desistir Último
 Suicídio como “recurso” comportamental
 Comportamento DEMASIADO complexo:
crucificação pessoal? Ganho de reforçadores
adicionais (atenção, afeto pós-evento)?
Diferenciação entre tentativas frustradas e
“bem-sucedidas”? Tentativa de livrar-se de
culpa (punição) excessiva? Coerção
(punição) sobre os que ficam?
 Bastante difícil entender alguns
comportamentos usando apenas as
contingências de história de vida (multicausalidade).
A Esquiva
 Lembrando:
Diante do estímulo:
Fuga
Evito o estímulo:
Esquiva
Pressione a Barra... Ou Então...
 A esquiva muitas vezes é o único caminho que
evita algum choque.
 O objetivo passa a ser não tomar choques –
evitar a punição:
- Alunos que estudam para não tirar notas
baixas
- Pessoas que se comportam para não serem
presas
 Se não der para esquivar → Fuga
+
comum
O que mais se aprende na esquiva?
 Evitar outros comportamentos – Desistir
de realizar qualquer outra coisa quando
na presença do sinal (Sd)
 Rigidez no comportamento – Nada que
fuja a “regra” será seguido (reforçado
positivamente) e se nada for feito nada
poderá ser condenado (punido)
 Aumento do comportamento agressivo Única forma encontrada de obter
reforçadores
Como aprendemos a esquivar
 Quanto mais intensos e frequentes os choques:
mais rápido é a aprendizagem
 Mais comumente a aprendizagem é lenta:
– Aguardar vários choques cumulativos (Saúde,
educação etc.) – A imediaticidade da fuga é mais
efetiva que uma esquiva bem-sucedida de sinais
fracos. Ex: Parar de fumar apenas após um câncer.
– O problema nuclear (e o do meio ambiente) –
Choque não experimentado ainda, mas se ocorrer..
– Choques infreqüentes e atrasados não são efetivos –
A pessoa pode concluir que não acontecerá. Ex: Não
parar de fumar.
As Superstições
 Alguns comportamentos de esquiva, pelo fato de
impedir que algo aconteça, podem ser estabelecidas
novas relações causais entre contingências. Ou seja,
se não ocorre nada graças à esquiva pode ser que
ocorra uma aprendizagem nova sem relação com o
comportamento que de fato adia a punição.
 Em última análise muitas vezes a esquiva não é
ESPECÍFICA quanto ao que de fato precisa ser feito e
o organismos pode aprender outros comportamentos
desnecessários (bagagem comportamental excessiva)
 Ex: Toda e qualquer supertição destinada a evitar algo
ruim.
 Ex Clínico: TOC
Evitando o Inevitável
• O sucesso da esquiva, na maioria das
vezes faz com que ela mesmo seja
EXTINTA.
• Para haver manutenção da esquiva se faz
necessário algumas punições
(PARADOXO DA ESQUIVA)
Paradoxo da esquiva e eficácia na
aprendizagem
 Se o aluno estuda para não tirar nota baixa,
será necessária uma nota baixa (punição)
para mantê-lo estudando
 Se o aluno estuda a fim de ampliar suas
possibilidades acadêmicas, ele somente
parará quando estas forem alcançadas
 Em última análise:
– R - : Sucesso gera (ou precisa) fracasso
– R +: Sucesso gera mais sucesso
Nota: Controle coercitivo extremo – Casos de Guerra
Fuga da Esquiva
 O que é mais comum (quando possível):
Fuga da escola, da prisão, da instituição etc.
 Quando não possível: Rebelião, suicídio (?),
etc.
 O que se espera das instituições? O que
pode a análise do comportamento fazer?
 As leis do comportamento como norteadoras
de previsão de acontecimentos
Próxima Aula
 Revisão
 Discussão do Exercício folclórico
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