MC44 – Modelagem e Simulação Computacional em Recursos Hídricos Geração de Escoamento Prof. Benedito C. Silva IRN / UNIFEI Adaptado de Walter Collischonn, IPH - UFRGS Tipos de Escoamento na bacia • Escoamento superficial • Escoamento sub-superficial • Escoamento subterrâneo Tipos de escoamento bacia • Superficial • Sub-superficial ?? • Subterrâneo Início da chuva: - Infiltração - escoamento superficial (se a intensidade for maior do que a capacidade de infiltração) Após algum tempo com chuva... - Infiltração - escoamento superficial - escoamento subterrâneo Camada saturada Em alguns casos... - Infiltração escoamento superficial escoamento subterrâneo Escoamento sub-superficial Depois da chuva... - Escoamento sub-superficial - Escoamento subterrâneo Camada saturada Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada • Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada • Estiagem: apenas escoamento subterrâneo Camada saturada • Estiagem muito longa = rio seco Rios intermitentes Camada saturada Escoamento superficial • Geração de escoamento na bacia • Escoamento até a rede de drenagem • Escoamento em rios e canais • Escoamento em reservatórios Formação do Escoamento Superficial • Precipitação que atinge áreas impermeáveis • Precipitação intensa que atinge áreas de capacidade de infiltração limitada • Precipitação que atinge áreas saturadas Fonte: Rampelloto et al. 2001 Áreas Impermeáveis Telhados Ruas Passeios • Geração de escoamento superficial é quase imediata • Infiltração é quase nula Áreas de capacidade de infiltração limitadas Gramados Solos Compactados Solos muito argilosos • Capacidade de infiltração é baixa • Rápida saturação e formação de escoamento superficial Intensidade da chuva x capacidade de infiltração Precipitação Escoamento Infiltração Capacidade de Infiltração tempo Geração de escoamento Infiltração Precipitação • Considere uma chuva com intensidade constante • Infiltra completamente no início • Gera escoamento no fim início do escoamento intensidade da chuva capacidade de infiltração tempo Infiltração Precipitação Infiltração ao longo do tempo • Considere chuva com intensidade constante • Infiltra completamente no início • Gera escoamento no fim início do escoamento intensidade da chuva capacidade de infiltração tempo volume infiltrado Infiltração Precipitação Escoamento ao longo do tempo • Considere chuva com intensidade constante • Infiltra completamente no início • Gera escoamento no fim início do escoamento volume escoado intensidade da chuva capacidade de infiltração tempo volume infiltrado Escoamento em áreas de solo saturado Precipitação Infiltração Escoamento em áreas de solo saturado Precipitação Solo saturado Escoamento em áreas de solo saturado Precipitação Escoamento Solo saturado Geração de Escoamento • Intensidade da precipitação é maior do que a capacidade de infiltração do solo • Processo hortoniano (Horton, 1934) I (mm/h) Q (mm/h) F (mm/h) Q=I–F Geração de Escoamento • Precipitação atinge áreas saturadas • Processo duniano (Dunne) Q (mm/h) Resumindo • Existem dois principais processos reconhecidos na formação do escoamento superficial: • precipitação de intensidade superior à capacidade de infiltração (processo Hortoniano); • e precipitação sobre solos saturados (processo Dunneano). Geração de escoamento pelo processo Hortoniano • Se uma chuva com intensidade de 30 mm.h-1 atinge um solo cuja capacidade de infiltração é de 20 mm.h1, uma parte da chuva (10 mm.h-1) se transforma em escoamento superficial. • Este é o processo de geração de escoamento por excesso de chuva em relação à capacidade de infiltração, também conhecido como processo Hortoniano, porque foi primeiramente reconhecido por Horton (1934). Será que ocorre mesmo? • O processo Hortoniano é importante em bacias urbanas, em áreas com solo modificado pela ação do homem, ou em chuvas muito intensas, mas é raramente visto em bacias naturais durante chuvas menos intensas. Geração de escoamento pelo processo Dunneano • O escoamento superficial é quase que totalmente originado pela parcela da precipitação que atinge zonas de solo saturado. • Solos saturados são normalmente encontrados próximos à rede de drenagem, onde o nível do lençol freático está mais próximo da superfície. Variable Source-Area concept • Conceito de área de contribuição variável – Numa dada bacia, a extensão das áreas saturadas varia fortemente com o tempo, refletindo a condição de umidade geral da bacia. • Área em que pode ocorrer a formação de escoamento superficial varia ao longo do tempo. Área de contribuição variável Bacia relativamente seca Bacia relativamente úmida Mapa de áreas saturadas numa bacia mostrando a expansão da região saturada durante um evento de chuva. A região escura é a região saturada no início da chuva. A região cinza claro está saturada no final da chuva. Nesta região o lençol freático atingiu o nível da superfície do terreno. [Dunne and Leopold, 1978] Região saturada de acordo com a época do ano: •preto: verão •cinza claro: outono •cinza escuro: inverno [Dunne and Leopold, 1978] Runoff generation processes Infiltration excess overland flow aka Horton overland flow P qo P f P f Partial area infiltration excess overland flow P qo P P f Geração de escoamento por ocorrência de chuva em região saturada Saturation excess overland flow P qo P qs qr P Saturation in zones of convergent topography Áreas saturadas normalmente ficam próximas da rede de drenagem Matas ciliares em regiões secas Hidrograma de Vazões Resposta da bacia a uma Chuva de curta duração 15 minutos tempo P Q tempo Hidrograma O hidrograma é o gráfico que relaciona a vazão ao tempo e é resultado da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico. Hidrograma 1 Hidrograma 2 Hidrograma 3 Hidrograma 4 Hidrograma 5 Hidrograma 6 Hidrograma 7 Hidrograma 8 Hidrograma 9 Hidrograma 10 Hidrograma 11 Hidrograma 12 Hidrograma 13 Hidrograma 14 Hidrograma 15 Hidrograma 16 Fases do hidrograma 1 – Início do escoamento superficial 2 – Ascensão do hidrograma 3 – Pico do hidrograma 4 – Recessão do hidrograma 5 – Fim do escoamento superficial 6 – Recessão do escoamento subterrâneo 3 2 4 Superficial e Sub-superficial 5 6 1 Escoamento subterrâneo Fases do hidrograma pico Superficial e Sub-superficial recessão Escoamento subterrâneo Forma do hidrograma Bacia montanhosa Q Bacia plana tempo Forma do hidrograma Bacia urbana Q Bacia rural tempo Obras de drenagem tornam o escoamento mais rápido Forma da bacia X hidrograma Bacia circular Q Bacia alongada tempo Tipo de solo x forma do hidrograma Bacia com solo raso Q Bacia com solo profundo tempo Hidrograma - exemplo 3000 Rio São Francisco em Porto das Andorinhas 2500 Vazão (m3/s) 2000 1500 1000 500 0 9/1/91 12/1/91 3/1/92 6/1/92 9/1/92 Influência do tipo de solo 800 Rio Corrente Rio Verde Grande 700 Solo profundo 600 500 3 Vazão (m /s) Áreas: 30.000 km2 400 300 200 Solo raso 100 0 1/1/77 1/1/79 1/1/81 1/1/83 1/1/85 1/1/87 Separação dos escoamentos Separação dos escoamentos no hidrograma • Para saber como a bacia vai responder à chuva é importante saber as parcelas de água que vão atingir os rios através de cada um dos tipos de escoamento. • Em muitas aplicações o escoamento superficial é o mais importante – Vazões máximas – Hidrogramas de projeto – Previsão de cheias Separação do Escoamento • A separação do escoamento de base Qb do escoamento superficial (Qs) é realizada a partir da ligação dos pontos A e C do hidrograma por uma linha reta. • Qs encontra-se acima da reta AC • Qb encontra-se abaixo da reta AC Q Escoamento Superficial C A Escoamento de Base t ti tf tb Separação do Escoamento Precipitação Efetiva (Pe): i, f t Parte da Chuva que infiltra • A O ponto A é caracterizado pelo início da ascensão do hidrograma; Escoamento Superficial Q C A Escoamento de Base t ti tf tb • C O ponto C é caracterizado pelo término do escoamento superficial e pelo início da recessão, ou pela mudança de declividade no hidrograma. A parcela da chuva que se transforma em escoamento superficial é chamada chuva efetiva. Separação do Escoamento Retirando-se a parcela do escoamento subterrâneo (infiltrado), obtém-se o hidrograma do escoamento superficial (Qs) A ti B C tf t Separação de Escoamento Precipitação tempo P Q tempo Separação de Escoamento Escoamento Infiltração tempo P Q tempo Separação de Escoamento Escoamento Infiltração tempo P infiltração decresce durante o evento de chuva Q tempo Separação de Escoamento Escoamento Infiltração tempo P parcela que não infiltra é responsável pelo aumento da vazão no rio Q tempo Modelos de Separação do Escoamento • São modelos para determinar qual a parcela da chuva irá escoar superficialmente e qual parcela irá infiltrar. Alguns modelos: – capacidade de infiltração constante – infiltração proporcional à intensidade de chuva – Equação de Horton – Método de Green-Ampt – método SCS – Outros métodos Como calcular? Infiltração Constante Escoamento Infiltração tempo Infiltração constante P Q tempo Infiltração Proporcional Escoamento Infiltração tempo Infiltração proporcional P Q tempo Como estimar chuva “efetiva” • Um dos métodos mais simples e mais utilizados para estimar o volume de escoamento superficial resultante de um evento de chuva é o método desenvolvido pelo National Resources Conservatoin Center dos EUA (antigo Soil Conservation Service – SCS). O método SCS Para uma dada chuva, obtém escoamento, considerando um parâmetro (CN) • A parcela da chuva que se transforma em escoamento superficial é chamada chuva efetiva. Origem do método SCS • US Soil Conservation Service (atual Natural Resources Conservation Service) • Surgido na década de 1950 • Preocupação com erosão • Estimativa expedita de volumes escoados para determinadas chuvas Origem do método SCS P=Q+F • P = chuva • Q = escoamento (chuva efetiva) • F = “perdas” (infiltração, interceptação, armazenamento...) Origem do método SCS Observação de dados de P e Q em pequenas bacias Hastings, Nebraska WS44028 (1941-1954) 5 • P = chuva • Q = escoamento • F = “perdas” CN(III) = 94 3 CN(II) = 85 Q(in) P=Q+F 4 2 CN(I) = 70 1 0 0 1 2 3 P(in) 4 5 Origem do método SCS Q=P Q P Origem do método SCS Q=P Q Linha idealizada P Origem do método SCS Q=P Q F “perdas” Linha idealizada P Origem do método SCS Q=P Q Linha idealizada S = limite de F quando P vai a infinito P Origem do método SCS Q=P Q Hipótese S = limite de F quando P vai a infinito S (não muito convincente...): Q F P S F Q P Origem do método SCS Hipótese: Q F P S m as P QF ou F P Q então Q P Q P S rearranjando P2 Q PS • • • • P = chuva Q = escoamento F = “perdas” S = limite das perdas Origem do método SCS • Versão inicial P2 Q PS • Mas... • Percebeu-se que em muitos casos não havia escoamento nenhum para P baixa • Passou-se a considerar chuva a partir de determinado limite: P>Ia Q P Ia2 P Ia S Origem do método SCS • Para simplificar ainda mais o método, considerou-se que o valor de Ia (“perdas iniciais”) poderia ser estimado por Ia S 0 ,2 Método SCS • Método SCS Q P Ia2 P Ia S Q0 quando S Ia 5 S quando 25400 254 CN P Ia Q = escoamento em mm P = chuva acumulada em mm Ia = Perdas iniciais S = parâmetro de armazenamento P Ia Valores de CN: Método do Soil Conservation Service • Simples • Valores de CN tabelados para diversos tipos de solos e usos do solo • Utilizado principalmente para projeto em locais sem dados de vazão • Usar com chuvas de projeto (eventos relativamente simples e de curta duração) Efeito de CN 75 55 40 Exemplo Qual é a lâmina escoada superficialmente durante um evento de chuva de precipitação total P=70 mm numa bacia do tipo B e com cobertura de floretas? A bacia tem solos do tipo B e está coberta por florestas. Conforme a tabela anterior o valor do parâmetro CN é 63 para esta combinação. A partir deste valor de CN obtém-se o valor de S: 25400 S 254 149 ,2 mm CN A partir do valor de S obtém-se o valor de Ia= 29,8. Como P > Ia, o escoamento superficial é dado por: (P Ia)2 Q 8,5 mm (P Ia S) Portanto, a chuva de 70 mm provoca um escoamento de 8,5 mm. Método do SCS Perdas iniciais = 0,2 . S 25400 S 254 CN CN tabelado de acordo com características da superfície 0 < CN O 100 25 < CN O 100 tipo de solo e Método do SCS Exemplo de tabela: Perdas iniciais = 0,2 . S S 25400 254 CN Tipos de solos do SCS: A – arenosos e profundos B – menos arenosos ou profundos C – argilosos D – muito argilosos e rasos Superfície Solo A Solo B Solo C Solo D Florestas 25 55 70 77 Zonas industriais 81 88 91 93 Zonas comerciais 89 92 94 95 Estacionam entos 98 98 98 98 Telhados 98 98 98 98 Plantações 67 77 83 87 Uso do solo Superfície A B C D Solo lavrado com sulcos retilíneos 77 86 91 94 em fileiras retas 70 80 87 90 Plantações em curvas de nível 67 77 83 87 regulares terraceado em nível 64 76 84 88 Em fileiras retas 64 76 84 88 Plantações de Em curvas de nível 62 74 82 85 cereais terraceado em nível 60 71 79 82 Em fileiras retas 62 75 83 87 Plantações de Em curvas de nível 60 72 81 84 legumes ou Terraceado em nível 57 70 78 89 cultivados Pobres 68 79 86 89 Normais 49 69 79 94 Boas 39 61 74 80 Pobres, em curvas de nível 47 67 81 88 Normais, em curvas de nível 25 59 75 83 Boas, em curvas de nível 6 35 70 79 Campos Normais 30 58 71 78 permanentes Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83 Normais 36 60 73 79 Densas, de alta transpiração 25 55 70 77 Chácaras Normais 56 75 86 91 Estradas de Más 72 82 87 89 terra de superfície dura 74 84 90 92 Florestas muito esparsas, baixa transpiração 56 75 86 91 esparsas 46 68 78 84 densas, alta transpiração 26 52 62 69 normais 36 60 70 76 Pastagens Valores de CN Grupos Hidrológicos de Solos Grupo A solos arenosos, com baixo teor de argila total (inferior a 8%), sem rochas, sem camada argilosa e nem mesmo densificada até a profundidade de 1,5m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1% Grupo B solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas este limite pode subir a 20% graças a maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente, a 1,2% e 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5m, mas é quase sempre presente uma camada mais densificada que a camada superficial Grupo C solos barrentos, com teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até a profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, estes dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60cm de profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade Grupo D solos argilosos (30 a 40% de argila total) e com camada densificada a uns 50cm de profundidade ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermeável ou horizonte de seixos rolados Condições de Umidade do Solo Condição I solos secos: as chuvas nos últimos 5 dias não ultrapassaram 15mm Condição II situação média na época das cheias: as chuvas nos últimos 5 dias totalizaram entre 15 e 40mm solo úmido (próximo da saturação): as chuvas nos últimos 5 dias foram superiores a 40mm e as condições Condição III meteorológicas foram desfavoráveis a altas taxas de evaporação Condições de Umidade do Solo Os valores de CN apresentados anteriormente referem-se sempre à condição II. Para converter o valor de CN para as condições I e III existem as seguintes expressões: 4,2 CNII CNI 10 0,058 CNII 23 CNII CNIII 10 0,13 CNII Método SCS • Condição antecedente de umidade – AMC I – solos secos – AMC II – situação média – AMC III – solos encharcados CN original 95 AMC I AMC III 87 98 90 78 96 80 63 91 70 51 85 60 40 78 Exemplo • Qual é o escoamento superficial gerado pelo evento de chuva dado na tabela abaixo numa bacia com CN = 80? Tempo (min) Chuva (mm) 10 5.0 20 7.0 30 9.0 40 8.0 50 4.0 60 2.0 Chuva (mm) 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Chuva (mm) 10 20 30 40 50 60 Solução • O primeiro passo é estimar CN. No caso, foi dado e é igual a 80 • Com CN estimar S 25400 25400 S 254 254 63, 7 CN 80 • Com S estimar Ia S 63,5 Ia 12, 7 5 5 Solução Calcular a chuva acumulada Tempo (min) Chuva (mm) Chuva acumulada (mm) 10 5.0 5.0 20 7.0 12.0 30 9.0 21.0 40 8.0 29.0 50 4.0 33.0 60 2.0 35.0 Cálculo da parcela que irá escoar superficialmente Chuva acumulada maior que Ia? Sim, use: 2 P 0,2 S Q P 0,8 S para calcular escoamento acumulado, onde P é a precipitação acumulada Não, então Q = 0 Tempo (min) Chuva (mm) Chuva acumulada (mm) Escoamento acumulado (mm) 10 5.0 5.0 0.0 20 7.0 12.0 0.0 30 9.0 21.0 1.0 40 8.0 29.0 3.3 50 4.0 33.0 4.9 60 2.0 35.0 5.8 Calcular escoamento incremental Escoamento incremental é o escoamento acumulado até o fim do intervalo k menos o escoamento acumulado até o fim do intervalo k-1 A infiltração em cada intervalo será a Chuva menos o Escoamento Tempo (min) Chuva (mm) Chuva acumulada (mm) Escoamento acumulado (mm) Escoamento (mm) Infiltração (mm) 10 5.0 5.0 0.0 0.0 5.0 20 7.0 12.0 0.0 0.0 7.0 30 9.0 21.0 1.0 1.0 8.0 40 8.0 29.0 3.3 2.3 5.6 50 4.0 33.0 4.9 1.6 2.4 60 2.0 35.0 5.8 0.9 1.1 Exemplo SCS Chuva 10 20 30 Chuva acumulada 40 50 60 10 0 0 5 10 10 20 30 40 50 60 20 15 30 20 25 40 30 50 Chuva, escoamento e infiltração acumulada 10 0 10 20 30 40 50 20 30 40 50 Chuva, escoamento e infiltração 60 10 0 2 4 6 8 10 12 14 20 30 40 50 60 Exemplo Efeito do CN CN = 80 CN = 90 Chuva, escoamento e infiltração Chuva, escoamento e infiltração 10 20 30 40 50 60 10 0 0 2 2 4 4 6 6 8 10 12 14 8 10 12 14 20 30 40 50 60 CN composto • Bacia com 30 % de área urbana densa (CN = 95) e 70 % de área rural, com pastagens, cultivos e florestas (CN = 78) CNmedio 0,30 CNurbano 0,70 CNrural CNmedio 83,1 Analisar o efeito da urbanização O exemplo a seguir mostra como é possível usar o cálculo do escoamento pelo método SCS para avaliar o efeito hidrológico da urbanização de uma bacia. – situação original: 30% urbana; 70% rural – situação modificada: 100% urbana Exemplo SCS • Bacia com 30 % de área urbana densa (CN = 95) e 70 % de área rural, com pastagens, cultivos e florestas (CN = 78) Chuva, escoamento e infiltração 10 Chuva acumulada = 35 mm Chuva efetiva = 8 mm Infiltração = 27 mm 0 2 4 6 8 10 12 14 20 30 40 50 60 Exemplo SCS cenário futuro • Bacia com 100 % de área urbana densa (CN = 95) e 0 % de área rural, com pastagens, cultivos e florestas (CN = 78) Chuva, escoamento e infiltração 10 Chuva acumulada = 35 mm Chuva efetiva = 22,9 mm Infiltração = 12,1 mm 20 30 40 0 2 4 6 8 10 12 14 Quase 3 vezes mais escoamento! 50 60 Q pós-urbanização pré-urbanização DQ Dt t Agra, 2002 Considerações finais • Modelo SCS é simplificado – Diferentes usuários chegarão a resultados diferentes dependendo do CN adotado – Bacias pequenas – Se possível, verificar em locais com dados e para eventos simples