SERRANO, Gloria Pérez (2008). Elaboração de Projectos
Sociais. Casos Práticos. Colecção Educação e Trabalho Social,
nº7. Porto: Porto Editora
Aplicação/Execução, Avaliação, p. 77 a 101
Seminário de Integração Profissional IV
Docente: Ana Carvalho
Discentes: Carina Mendonça
Catarina Leite
O que
conseguimos?
• Avaliação-elemento constitutivo de
qualquer processo Educativo;
• Elemento recente-apresenta ainda certas
limitações e dificuldades.
 Segundo Rivière (1989, pp. 82), no processo de avaliação devemos ter em conta:
1. Quem deve avaliar?
2. Qual deve ser o objecto de avaliação?
3. Necessidade de considerar um objecto num dado âmbito
4. Para que serve a avaliação?
5. Que quadro de referência tem a avaliação?
“O conjunto de actividades que servem para emitir um juízo, fazer uma
ponderação ou medir “algo” (objecto, situação ou processo)” (Ander-Egg, 1984,
cit. Por Serrano, G.P., 2008, pp.82)
 Definição de Avaliação:
“Objecto é examinar a capacidade de um agente para assumir um problema social; para
satisfazer as necessidades sentidas pela população; para transformar uma determinada
situação nas melhores condições possíveis” (Serrano, G.P., 2008, pp.83)
 “Uma análise avaliativa conduz sempre a um diagnóstico que pode sugerir a
alteração de um ou outro meio ou método de acção, mas que pode levar igualmente
à necessidade de mudar de objectivo ou, ainda, a pôr em dúvida as estruturas do
meio económico, cultural e político” (Serrano, G.P., 2008, pp.83)
 “Avaliar é comparar num determinado instante o que foi alcançado mediante uma
acção e o que se deveria ter alcançado de acordo com uma prévia programação”
(Espinoza, 1986, cit. Por Serrano, G.P., 2008, pp.83)
 Esta citação possui três elementos implícitos:
-Situação prevista (programação);
-Situação real;
-Processo de comparação entre ambas as situações.
“A avaliação é o processo de estabelecer um juizo de valor sobre um objeto, com vista a uma
ação, em função da obtenção e interpretação sistemática de dados ou provas sobre este objeto”
(Revière, 1989, cit. Por Serrano, G.P., 2008, pp.84).
- “toda a avaliação implica um juizo de valor”;
- “a avaliação refere-se a um objeto”;
- “a avaliação define-se como uma tarefa sistemática”.
 A avaliação não deve ser encarada como a etapa final de um projeto, deve
estar presente no seu decorrer;
 Questões importantes:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
O quê? (natureza);
Porquê? (fundamentação);
Para quê? (objetivos);
Quanto? (Metas);
Onde? (Localização);
Como? (Metodologia);
Quando? (Calendarização);
Quem? (Recursos Humanos);
Com quê? (Recursos Materiais e Financeiros).
O que avaliamos?
Qualquer coisa pode ser objeto de avaliação;
O objeto a avaliar deve ser determinado no início
do projeto.
 É importante observar o grau de concordância entre as previsões e a realidade,
os desajustamentos podem ser indicadores de carências ou limitações;
 Também se deve ter em conta o nível de satisfação das pessoas que realizam o
projeto, pois constitui um indicador do nível de sucesso ou insucesso do
projeto.
 Para que avaliamos?
• Medir o grau de pertinência, idoneidade, efetividade e eficácia de um
projeto;
• Facilitar o processo de tomada de decisões para melhorar e/ou modificar
um programa ou projeto;
• Estabelecer em que grau se produziram outras consequências imprevistas;
Por que
razão
avaliamos?
Forma de receber feedback sobre as
intervenções e os programas;
Forma de melhorar e progredir;
Forma de responsabilidade social e
política.
 Quais são as funções da educação?
Função
diagnóstica
Função
preditiva
Função
orientadora
Função de
controlo
 Quem avalia?
Auto-avaliação
Avaliação interna
Avaliação externa
Avaliação mista
 Como avaliamos?
• As estratégias de avaliação devem estar ajustadas à função, ao objeto, ao autor e
à situação de avaliação;
• Dois parâmetros essenciais que caraterizam as principais estratégias de
avaliação:
• Por um lado, a estratégia pode ser longitudinal (todo o processo) e/ou transversal
(em momentos precisos de sequência);
• Por outro lado, a estratégia diz respeito a objetivos mais ou menos implicítos.
(De Ketele, 1984:34, cit. Por Serrano, G.P., 2008, pp.90)
 “O avaliador utilizará as técnicas que mais se ajustem ao problema de avaliação
colocado” (Garanto Alós, 1989, cit. Por Serrano, G.P., 2008, pp.91).
Estratégias
descritivas
Estratégias
correlacionais
Estratégias
manipulativas
ACTIVIDADE
I
Normas
Segundo o Committee on Standard for Educational Evaluation, a avaliação deve cumprir algumas
regras:
Útil
Fiável
Ética
Exata
Quando avaliamos?
Três momentos que caraterizam a avaliação:
• Avaliação diagnóstica (antes)
• Avaliação formativa (durante)
• Avaliação sumativa (fim)
Avaliação do diagnóstico
Deve ter-se em conta a avaliação desde o inicio
Garantia do sucesso, depende da eficácia e especificidade com que se analisa a situação
problema
 Avaliação do diagnóstico implica:
• Reconhecimento do que se realiza no próprio terreno onde se executa uma determinada
ação;
• Sintomas ou sinais reais que mostram situações problemáticas.
 Na fase de diagnóstico é necessário prestar atenção à avaliação:
•
•
•
•
Das causas que geraram o problema e as vias para a sua superação;
Da população afetada;
Das consequências que o problema tem sobre os afetados;
Da sua resolução, controlo ou diminuição.
 Avaliação Formativa ou Contínua :
• Durante o desenvolvimento do projeto devemos avaliar o que está a seguir para alcançar
os objetivos previstos e para ver se este tem a capacidade para alterar uma situação
problemática;
• Não deve ser algo pontual;
• Tem um papel muito importante para ajudar a refletir e a avaliar o desenvolvimento do
mesmo projeto;
• Deve ser continua, sistemática e flexivél;
• Esta fase metodológica corresponde à pergunta: como fazer?
 Para realizar a avaliação do processo é necessário:
• Observar o desenrolar das diversas atividades do projeto;
• Analisar as mesmas;
• Aplicar provas de diagnóstico para pôr em relevo os pontos fortes e fracos do
desenvolvimento do projeto.
 Avaliação Sumativa:
• Esta fase final implica a elaboração de uma síntese que se atinge com a
conjugação de todos os elementos proporcionados pela avaliação do
diagnóstico e formativa para chegar a uma formulação global na qual se
ponha em relevo se os objetivos do projeto foram alcançados, ou não, e de
que forma.
Princípios básicos da avaliação:
Objetiva
Válida
• Medir, analisar e concluir sobre os factos tal como são na realidade;
• Deve revelar as virtudes e os defeitos do plano de avaliação, dos
procedimentos e das conclusões;
• Estabelecer se as diferenças dos resultados se devem a inconsistências das
medidas;
Confiável
Oportuna
Prática
• Deve ser aplicado no momento adequado;
• Deve ajudar a identificar e a examinar a parte boa e má do objeto avaliado e
Validação e
proporcionar soluções.
fiabilidade
Fiabilidade:
Fiabilidade
Grau de pertinência,
estabilidade e consistência
das medições
3 métodos: correlação do teste
consigo mesmo (correlação entre
as pontuações fornecidas pelos
testes em diferentes ocasiões
A fiabilidade é
independente da
validação
1. Método da repetição do mesmo
teste;
2. Método das formas paralelas;
3. Método das duas metades.
Validação:
Grau de precisão com o qual um
instrumento foi criado ou se
satisfaz as exigências para o qual É válido quando mede o que
foi criado
diz medir
Existem vários tipos de validação
o Validação aparente: grau com que um teste parece que mede o que diz medir;
o Validação comprovada: aquela que foi verificada de alguma forma;
 Validação empírica: define-se por uma correlação entre o teste e um critério externo de
validação
• Validação preditiva, prospetiva ou de prognóstico (prediz com êxito comportamentos
futuros);
• Validação concorrente, concomitante ou inspetiva (prediz a situação de um individuo
numa variável externa);
• Validação retrospetiva (se o critério foi obtido com antecedência relativamente à medição
do teste).
 Validação teórica: define-se pela correlação entre um teste e um critério
interno de validação
• Validação por amostra ou por conteúdo (os itens são uma amostra
suficientemente representativa da população)
• Validação concetual ou de construto (grau em que o teste mede a variável a que
se refere)
• Validação experimental (grau em que a variável mede um teste que possui
validez congruente e discriminatória)
Carateristicas
Gerais da
avaliação
• Quantitativa;
• Qualitativa.
Avaliação quantitativa
 Método hipotético-dedutivo
Rigoroso controlo das variáveis intervenientes
O investigador tem que observar rigorosamente as normas da metodologia estatística
Enfase quase exclusivo nos produtos ou resultados do ensino
Tendência para se concentrar na diferença de medidas entre o grupo de controlo e o
grupo experimental
 Avaliação qualitativa
 Avaliação qualitativa
 Objetividade
 Nem a educação nem a avaliação podem ser compreendidas como processos tecnológicos
desligados da esfera dos valores
 Requer uma metodologia sensível ás diferenças, aos acontecimentos observáveis e aos
significativos latentes
 Visão selectiva e progressiva
 O propósito é compreender a situação objecto de estudo mediante a consideração das
interpretações, interesses e aspirações dos que nela interagem, para oferecer a informação
que cada um dos participantes necessita como o fim de entender, interpretar e intervir do
modo mais adequado.
ACTIVIDADE
II
 Avaliação do Diagnóstico
“Pode ocorrer antes de se iniciar o processo de aprendizagem ou em determinados momentos ao
longo da sua realização”
 Avaliação Formativa
“Deve ter especial atenção á avaliação dos recursos técnicos ou metodológicos que orientarão as
diversas atividades levadas a cabo no desenvolvimento do projeto”
 Avaliação Sumativa
“Implica a elaboração de uma síntese que se atinge com a conjugação de todos os elementos
proporcionados pela avaliação inicial processual para chegar a uma formulação global na qual se
ponha em relevo se os objetivos do projeto foram alcançados, ou não, e em que medida”
 Avaliação Quantitativa
“O investigador tem que observar rigorosamente as normas estritas da metodologia estatística”
 Avaliação Qualitativa
“Compreender a situação objeto de estudo mediante a consideração das interpretações, interesses
e aspirações de aqueles que nela interagem, para oferecer a informação que cada um dos
participantes necessita, com o fim de entender, interpretar e intervir de modo mais adequado”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 SERRANO, Gloria Pérez (2008). Elaboração de Projectos Sociais. Casos Práticos.
Colecção Educação e Trabalho Social, nº7. Porto: Porto Editora. Aplicação/Execução,
Avaliação, p. 77 a 101
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