O Guarani – José de Alencar José de Alencar (José Martiniano de Alencar) nasceu em Messejana, CE, em 1º de maio de 1829, foi advogado, jornalista, politico, orador, romancista e teatrólogo. A obra “O Guarani” faz parte da trilogia indianista. Escrito originalmente em folhetim, com 54 capítulos, O Guarani teve tal êxito na edição folhetinesca que, foi publicado em livro, com alterações mínimas. GERAIS - CARACTERÍSTICAS Culto a Natureza: o autor interrompe Herói x vilão: Bem x Mal; Anjo x a narrativa para exaltar a natureza Demônio. selvagem, exuberante e majestosa de O nacionalismo: exaltação do nosso país. Idealização da Mulher: A literatura romântica, em geral, busca sempre o ideal (o que deve ser não o que é). Pessimismo (a morte): quando a lei do coração não consegue vencer as coações dos interesses sociais ou familiares, a morte surge como solução. passado nacional. Idealização de um herói: possui coragem, postura idealista e desejo de justiça e moral, este herói esta inserido no contexto do romance ao qual pertence, podendo também ser uma heroína. GERAIS – TIPOS ROMÂNTICOS Indianista: Traz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como um mítico herói nacional. Histórico: Volta-se para o passado. Urbana: Temas ligados à vida Regionalista: Focaliza a gente do interior, com seus na cidade. costumes e valores. ESPECIFICA DA OBRA Culto a Natureza O nacionalismo Idealização da Mulher Idealização de um herói Pessimismo (a morte) Indianista Herói x vilão Histórico Em uma fazenda no interior do Rio de Janeiro, moram D. Antônio de Mariz e sua família, formada pela esposa D. Lauriana, o filho D. Diogo e a filha Cecília. A casa abriga ainda a mestiça Isabel (na verdade, filha bastarda de D. Antônio), apaixonada pelo moço Álvaro, que, no entanto, só tinha olhos para Cecília. O índio Peri, que salvou certa vez Cecília de ser atingida por uma pedra, permaneceu no lugar a pedido da moça, morando em uma cabana. Peri passa a se dedicar inteiramente à satisfação de todas as vontades de Cecília, a quem chama simplesmente de Ceci. Acidentalmente, D. Diogo mata uma índia aimoré. Como vingança, a família da moça tenta matar Ceci, mas Peri intercepta a ação. A partir desse momento, a possibilidade de ataque da tribo é cada vez maior. E este não é o único perigo a rondar a casa de D. Antônio. Um dos empregados, Loredano, está ali com o objetivo de se apoderar de uma mina de prata que fica abaixo da casa. Pretendia incendiá-la e ainda raptar Ceci. Quando ele e seus capangas combinam seu plano de ataque, são ouvidos por Peri. Contra si, o índio tem o ódio de D. Lauriana, que considera sua presença ali uma ameaça a todos. Consegue convencer o esposo a expulsá-lo, mas quando Peri relata a iminência do ataque aimoré, como vingança pela morte da índia, D. Lauriana permite que ele permaneça na casa. Histórico – nacionalista: “Em 1567 acompanhou Mem de Sá ao Rio de Janeiro, e depois da vitória alcançada pelos portugueses, auxiliou o governador nos trabalhos da fundação da cidade e consolidação do domínio de Portugal nessa capitania. Fez parte em 1578 da célebre expedição do Dr. Antônio de Salema contra os franceses, que haviam estabelecido uma feitoria em Cabo Frio para fazerem o contrabando de pau-brasil.” (Alencar,1996,p.6) Indianista - idealização de um herói: “Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade. Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.” (Alencar,1996,p.14) Indianista sentimental - pessimismo: “— Tendes razão! Só a morte pode desligar de um primeiro e santo amor aos corações como os nossos!” (...) “Isabel não tinha mais forças para resistir e realizar o seu heróico sacrifício; deixou cair a cabeça desfalecida, e seus lábios se uniram outra vez num longo beijo, em que essas duas almas irmãs, confundindo-se numa só, voaram ao céu, e foram abrigar-se no seio do Criador.” (Alencar,1996,p.174 e225) O objetivo de José de Alencar era uma produção voltada ao projeto de construção da cultura brasileira no qual o romance vinha buscando um tema nacional e uma língua mais brasileira que ganha papel de destaque, principalmente devido a então recente independência do Brasil. Esse objetivo é alcançado com sucesso, já que o livro inicialmente em forma de folhetim, publicado durante três meses no ano de 1857 era esperado ansiosamente pelos leitores a cada capítulo. Tornando-o um dos maiores representantes da primeira fase do modernismo brasileiro que mostrava a realidade brasileira de sua época, exibindo as belezas do Brasil e o índio. Não ha melhor modo de compor a obra se não a que foi escrita, porém no ponto de vista dos leitores a sempre alguma coisa que poderia ser mudada. A meu ver a história tem um desenvolvimento de muito suspense que nos prende até o fim desta. O desfecho de cada personagem é quase imutável, se considerado os valores dos heróis românticos e da sociedade da época, com exceção de Peri e Cecilia que tem seu desfecho em aberto, criando varias dúvidas. Então para melhor compor a obra gostaria de ver um final escrito por José de Alencar e não um provável final. ALENCAR, José de. O guarani. 20ª ed., São Paulo: Ática, 1996. Blogger, O Guarani, de José de Alencar. Disponível em: <http://oguarani301.blogspot.com.br/2009/04/romantismo-escolaliteraria-onde-os.html> (Acesso em: 10 de julho de 2014) Folha da Região. O Guarani. Disponível em:<http://www.folhadaregiao.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/oguarani> (Acesso em: 10 de julho de 2014) Globo.com, O Guarani. Disponível em:< http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-guarani.html> (Acesso em: 10 de julho de 2014) Guia do estudante, "O Guarani" - Análise da obra de José de Alencar. Disponível em:< http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/guarani-analise-obra-jose-alencar-700309.shtml> (Acesso em: 10 de julho de 2014) PasseiWeb, O Guarani, de José de Alencar. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_guarani> (Acesso em: 10 de julho de 2014) Racha Cuca. Romantismo no Brasil – prosa. Disponível em:<http://rachacuca.com.br/educacao/literatura/romantismo-nobrasil-prosa/> (Acesso em: 10 de julho de 2014) ReoCities,O Guarani. Disponível em:< http://www.reocities.com/StarLunch/Vestibular/lit/gua.html> (Acesso em: 10 de julho de 2014) SuaPesquisa .com, José de Alencar. Disponível em:<http://www.suapesquisa.com/josedealencar/ > (Acesso em: 10 de julho de 2014) Mesmo após Peri aprender a língua do Fidalgo, Peri continua chamando Cecília de Ceci, por que? Qual é o significado deste nome? No romance podemos encontrar a idealização de um cavalheiro/heroi. O autor faz uma comparação entre os dois personagens, quais são eles? Justifique. Por qual motivo D. Antônio pede a Peri que se converta ao cristianismo antes de fugir com Ceci? Há uma passagem por uma característica romântica: o pessimismo. Em qual parte do romance percebemos tal característica? Justifique. Quais características Alencar utilizou em sua obra ‘’ O Guarani’’ ? Ceci significa magoar segundo o livro; Isso se deve a atitude de desprezo de Cecília com o índio. Álvaro e Peri. Álvaro por possuir honra e lealdade em suas ações e Peri pelo sacrifício e dedicação para cuidar da vida de Cecília. Na época o cristianismo era religião dos portugueses e como Peri iria fugir com Ceci e viver com ela era importante para D. Antônio que Peri também se tornasse católico. Tal característica é percebida quando Peri vai lutar em sua própria aldeia e decidi tomar veneno, pois se morresse em combate os índios devorariam sua carne e podendo todos morrer sendo essa a única solução para o fim da guerra. Alencar sempre escreve suas obras dentro de quatro características sendo elas: indianista e histórico( prosa romântica) e pessimismo e nacionalismo como características comuns românticas.