UVA – PÓS GRADUAÇÃO. ENSINO DA ARTE Professora: Eloísa Sabóia Trabalho referente aos textos: “Fundamentos Teóricos do Ensino de História da Arte” – Annie Smith “Excelência no Ensino de Arte “ - Ralph Smith” ALUNOS: - Arlen - Leandro “Fundamentos Teóricos do Ensino de História da Arte” – Annie Smith Annie Smith traz na introdução de seu texto um convite ao leitor para uma reflexão sobre a forma de ensinar história da arte, revelando o quanto é comum os professores ensinarem da mesma forma como foram ensinados. Ou seja, em sua prática docente, este tipo de professor reproduz práticas de seus antigos professores, formando um grupo no qual a própria autora se inclui. Desta afirmação, a autora inicia um esboço sobre as possíveis formas de práticas docentes no ensino de história da arte e, além disso, procura fazer com que o leitor encontre, através de definições conceituais de diversos historiadores, uma possível conclusão do que seria o conceito de história da arte enquanto ciência ou disciplina. A autora procura em seus argumentos oferecer também teorias do saber histórico e do saber pedagógico que combinadas, formam as teorias para a prática do ensino da história da arte, tais como, as cíclicas; as espirais; as cronológicas; as biográficas; as que enfatizam idéias políticas, econômicas e sociais; as que buscam métodos de memorização, repetição, comparação ou descoberta; as que aplicam formas lúdicas, como jogos, dramatizações; as que enfatizam sensações de prazer, dor, tortura ou castigo... Alguns Conceitos: - Mark Rothko: “A história da arte é uma ciência. Ela tem princípios e técnicas definidos. Nela não há intuição ou adivinhação. [...] A história da arte com certeza não é uma ciência. O historiador de arte nunca pode adentrar um núcleo misterioso como faz um cientista em busca da verdade.” - Harold Rosemberg: “Hoje a crítica de arte é a história da arte”. -Helen Gardner: “A história da arte é o registro de mudanças de estilos no tempo”. - Frederick Hartt: “A única coisa certa nos estudos históricos da arte é a obra de arte”. - Joshua Taylor: “Precisamos nos lembrar que a história da arte não existe. Só existem histórias de aspectos diferentes da história da arte.” - Rudolf Wittkower: “A história da arte é a disciplina das ciências humanas que mais se parece com um camaleão”. A autora lembra que os historiadores são frutos de seu tempo, e que para entender suas afirmações, também é preciso conhecer o tempo vivido pelos historiadores. Mais ao fim de sua palavras, ironiza a prática docente do uso dos slides, ferramenta muito usada nas aulas de artes ou história da arte, sobretudo quando se faz necessário apresentar as artes visuais aos alunos em uma sala ampla. Ela própria apresenta aos ouvintes suas idéias através dos slides e também revela que passou por várias práticas teóricas com os seus exemplos de experiências vividas em sala de aula, mostrando assim todo o universo de frustrações e contradições das teorias que são amplamente difundidas. Excelência no Ensino da Arte – Ralph Smith. Ênfase na “qualidade do ensino” em todas as esferas da instituição escolar. A civilização da Grécia antiga é tomada como referência. A Excelência no Ensino da Arte, para ser atingida, precisa alcançar três objetivos: compreensão histórica, apreciação estética e pensamento crítico. Para que esses objetivos sejam alcançados, os professores de artes devem estar preparados nas artes humanísticas – história, filosofia, crítica de arte. Questiona-se se os professores de 2º. Grau (atual ensino médio) estão sendo preparados adequadamente para lidar com tais responsabilidades acadêmicas. Em caso negativo, existem novos modelos para preparar esses professores? Questões: apenas os atuais modelos de ensino de artes visuais precisam ser reexaminados, ou também aqueles que se referem ao ensino em geral? A excessiva segmentação do ensino de arte não inibe o aprendizado efetivo das artes? Constatação feita por John Goodland: o ensino de artes encontra-se desorganizado, sendo oferecida uma excessiva ênfase ao fazer artístico, porém, insuficiente no estudo das artes como objeto cultural; afirma ainda que “enquanto os estudantes tendem a gostar das aulas de arte, consideram que estas aulas são fáceis e sem grande importância.” Ralph Smith afirma que os jovens atuais estão sendo mais atraídos por outros campos profissionais do que pela educação. Entende-se que para a obtenção de um currículo de excelência no ensino de artes implica no reconhecimento das reivindicações da arte tradicional e da arte contemporânea, bem como o cuidado com ações opressivas, que sugerem a transmissão ou reprodução de ideologias elitizadas.