Revolução Industrial “Os mercados semanais (...) são extremamente bem regulados para impedir compras antecipadas e compras para futuras revenda. Ninguém a não ser os habitantes da cidade tem permissão de comprar durante a primeira hora, que vai das oito às nove da manhã; às nove, outros podem comprar; mas nada do que ainda não foi vendido pode ser etirado do mercado até uma hora, com exceção dos peixes (...)” (Mercado de Preston 1795) “O que se vê não é mais do que bazares de quinquilharias e badulaques (...) As taxas são quase nulas; e se muitos habitantes ainda lembram que cem, duzentas, talvez trezentas, e , em alguns burgos, quatrocentas cargas de cereais costumavam vir a cidade num dia, agora a grama cresce na praça do mercado.” (Panfleto anônimo, 1718) “ouvindo que ele ia passar com os cereais, a turba disse-lhe que não devia passar pela cidade, pois ele era um patife, um atravessador de cereais, e alguns gritavam: Vamos apedrejá-lo – outros: Arranquem-no do cavalo! – ainda outros: Derrubemno, e cuidem para acertá-lo em cheio; quando ele (...) lhes perguntou o que os levava a se rebelar de forma tão desumana em detrimento de si mesmos e do país, eles continuavam a gritar que ele era um patife e que ia levar os cereais para a França.” (Norwich, 1709) Peter Clemeseson & Moses Luthart, esta nota para lhes avisar que vocês devem abandonar o seu negócio ilegal ou morrer. E que vá para o inferno a sua compra de cereais, que mata de fome os habitantes pobres da cidade e dos subúrbios de Carlisle, para mandar os grãos para a França e conseguir a subvenção dada pela lei a quem exporta os cereais para fora do país, mas por Deus Todo-poderoso nós lhe daremos uma subvenção ás custas de suas vidas, malditos patifes (...) (Aviso fixado no mercado de Carlisle, 1783) “Eles visitaram fazendeiros, moleiros, padeiros e vendedores ambulantes, e venderam cereais, farinha, pão, queijos, manteiga, toucinho por preços que eles mesmo fixaram. Em geral devolviam o produto (isto é, o dinheiro) aos proprietários ou, na ausência, deixavam-lhes o dinheiro; e comportavam-se com grande regularidade e decência, quando não encontravam resistência, e com insultos e violência , se havia oposição.” (Relato do xerife de Gloucesvam, 1766) Hardy certamente era um artesão. Nascido em 1752, foi aprendiz de sapateiro em Stirligshire; teve mostras do novo industrialismo como pedreiro da Fundição de Ferro Carron; e veio jovem para Londres, logo antes da Guerra Americana. Lá trabalhou num desses numerosos ofícios em que o artesão aspira se tornar independente e, com sorte, a se tornar um mestre – tal como ialmente aconteceu com Hardy.” (E. P. Thompson, A formação da Classe Operária inglesa, pp. 18) O surgimento das fábricas (Spinning Jane – 1764) (Motor a Vapor– 1765) (Tear a vapor – 1780) As cidades Inglesas População de Londres (1800 – 2000) População de Manchester (1800 – 2000) A Transformação da Paisagem (Gravura: Cidade Européia, 1440, in. A História das Cidades, Leonardo Benevolo) (Gravura: Cidade Européia,1840, in. A História das Cidades, Leonardo Benevolo) (Gravura: Cidade Européia, 1440 - 1840, in. A História das Cidades, Leonardo Benevolo) (Gravura: Bairro Operário, in. A História das Cidades, Leonardo Benevolo) O trabalho nas fábricas e a formação do movimento operário Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar para a refeição. (O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849) “Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar para a refeição.” (O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849) Os primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais noticiavam que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção agrícola. Ainda assim a temperatura nunca passava de 29°C durante a parte mais quente do dia. Qual era então a situação das pobre crianças que estavam condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma temperatura média de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu peito, e uma língua em sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um sistema que produz tamanha escravidão e crueldade? (William Cobbett fez um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos feita em setembro de 1824) Os primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais noticiavam que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção agrícola. Ainda assim a temperatura nunca passava de 29°C durante a parte mais quente do dia. Qual era então a situação das pobre crianças que estavam condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma temperatura média de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu peito, e uma língua em sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um sistema que produz tamanha escravidão e crueldade? (William Cobbett fez um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos feita em setembro de 1824) “Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isso é, preparando a lã para a maquina; Mas a alça o prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para dentro do mecanismo; e nós encontramos de seus membros em um lugar, outro acolá, e ele foi cortado em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente mutilado.” (John Allett começou a trabalhar numa fábrica de tecidos quando tinha apenas quatorze anos Depoimento ao congresso britânico) “Acabou de ser dada a informação de que você é dono daquelas abomináveis Cisalhadeiras, e fui solicitado pelos meus Homens para lhe escrever e fazer-lhe uma Advertência clara para demolí-las. (...) Fique avisado que, se não forem retirados até o final da próxima semana, destacarei um de meus Tenentes com pelo menos 300 Homens para destruí-las (...) aumentaremos a sua desgraça incendiando seus Edifícios até as Cinzas e se você tiver o atrevimento de disparar em algum dos meus Homens, eles tem ordens de matá-los & incendiar todos os seus Alojamentos; tenha a Bondade de informar aos seus Vizinhos que o mesmo destino os espera se suas Armações não forem rapidamente retiradas” (Carta anônima para Sr. Smith, manufatureiro de Huddersfield, séc. XVIII) O Movimento Ludista (Richard Carlile, The Peterloo, 1819) O Movimento Cartista (Charge de George Cruikshank, 1819, Social Reform)