Processos de purificação social a propósito da manifestação de 15 de Setembro de 2012 em Portugal António Pedro Dores Outubro 2012 Sente-se uma crise global • Portugal, país com índices de participação dos mais baixos, vive mega manifs • A incerteza sobre o futuro ganha mais um actor: o povo • Nos diferentes países a história de cada um vem ao de cima • Internet e iniciativas globais espoletam possibilidades de mobilização Conceito de mov social • Modelo mov operário, parceiro social • Não são modelo mov feminista ou nazi • Podem os actuais mov sociais provocados pela crise financeira reverter a democracia ou transformá-la? Norte de África, Europa EUA? • Mov indignados são formados por classes sociais a dispensar Economia vs sociedade • A economia não suporta a sociedade em que se vive: vai mudar a economia ou a sociedade? • O exercício da violência, em geral repugnante, começa a ser encarado como uma necessidade de auto-defesa social • Risco nazi passa a poder dar votos Dois tipos de mov • Sindical operário e institucionalizado • Expontâneo de licenciados sem inserção institucional • Resultado da actividade política (nomeadamente de deslocalização da economia e de urbanização diferenciada) que é possível agora desfazer. Diferenças com 1968 • Iniciativa local estudantil vs governamental • Convergência de quem nunca se tinha encontrado vs reconciliação de alvos da dualização do mercado de trabalho • Tempos favoráveis à liberdade vs tempos securitários • Necessidade de aprender a sobreviver a processos de vitimação profissional e nacional História dos mov em Portugal • Inspiração global FSM, Primavera Árabe, Indignados e Occupy • Contenção nacional: escassez da participação, abuso político dos partidos, repressão institucionalmente organizada (sobretudo na área da justiça) e não escrutinada. Consciência colectiva • Evidência do logro da sociedade do conhecimento • Aumentam as distâncias ao centro, com custos de desintegração social • Destruição de forças produtivas e instrumentos de auto-governação • A política de convergência revela-se hipocritamente menosprezo explorador Sacríficio • Culpabilização da vítima soberana como bode expiatório das opções governativas • Utilização da apropriação da degradação das instituições democráticas como instrumento de vitimização Fim http://iscte.pt/~apad http://iscte.pt/~apad/estesp http://iscte.pt/~apad/estesp/trilogia.htm