Materiais de Construção Civil II
 Estudos arqueológicos indicam que no período Pré-neolítico há 25000
anos antes de Cristo, já existiam utensílios cerâmicos, assim como,
tijolos, telhas e blocos para a construção civil.
 Através de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Tecnologia de
Lisboa descobriu que há 4000 anos antes de Cristo já existiam peças
cerâmicas muito bem definidas mas que não se utilizavam do processo
do cozimento da mesma.
 Civilizações Assíria e Persa: desenvolveram tijolos secos ao sol, os
adobes, e por volta de 3.000 AC surgiram os primeiros tijolos
queimados em fornos
 Sua utilização espalhou-se pela Europa e Ásia, persistindo até os dias
atuais, sendo também levada à América através dos colonizadores
europeus, onde foi largamente utilizada desde o século XVII.
 No Brasil, o uso de tijolos maciços e telhas cerâmicas ocorre desde o
descobrimento.
 O processo de fabricação sofreu poucas transformações ao longo dos
anos, sendo que a tecnologia utilizada atualmente na produção de
telhas e blocos cerâmicos foi desenvolvida nas décadas de 1950 e 1960 e
pouco se tem feito com o objetivo de modernizar e melhorar a
produtividade das empresas de cerâmica vermelha ou estrutural.
 Na década de 1990 iniciaram os programas de certificação das
empresas, produtos e serviços no setor da construção civil.
 Cerâmica é uma pedra artificial obtida através da
moldagem, secagem e cozedura de argilas, ou de
misturas contendo argilas, podendo ou não ser
suprimida alguma das etapas, mas não se substitui a
argila.
 É um material terroso que em contato com a água, adquire
alta plasticidade. Pensava-se que a argila era originária da
caulinita (Al2O32SiO22H2O), porém sabe-se hoje que elas
são formadas de partículas cristalinas, estritamente
pequenas e de um número restrito de materiais, os
argilominerais. Estes são silicatos hidratados de alumínio,
ferro e magnésio, juntamente com a sílica, alumina, mica,
ferro, cálcio, magnésio e matéria orgânica, resultantes da
desagregação das rochas ígneas, por ação da água e do gás
carbônico, e como encontramos vários tipos de rochas
ígneas, encontraremos também vários tipos diferentes de
argilominerais.
 Na superfície das rochas.
 Nos veios e trincas das rochas.
 Nas camadas sedimentares.
 Quanto ao seu local de depósito
• Residuais
• Sedimentares
 Quanto a quantidade de colóides
• Gorda
• Magra
Em química, COLÓIDES (ou siste
mas coloidais) são sistemas nos
quais um ou
mais componentes apresentam
pelo menos uma de suas
dimensões dentro do intervalo
de 1nm a 1µm.
 Argilas de cor de cozimento brancas: Caulins e argilas
plásticas
 Argilas refratárias: caulins, refratárias e argilas
altamente aluminosas.
 Argilas para produtos de Grés.
 Argilas para materiais cerâmicos estruturais: Amarelas
e vermelhas.
 Plasticidade
Plasticidade de um corpo se dá quando ele pode ser
continuamente deformado, não possuindo limite de elasticidade.
 Retração
Quando a argila está “molhada”, temos uma evaporação de água
semelhante a evaporação de água de uma poça, porém a medida
que a água evapora, essa velocidade de evaporação diminui, pois a
água começa a passar das camadas mais internas para as mais
externas através da capilaridade, além de que ela vai deixando
espaços vazios que ao serem ocupados causam uma certa retração
na cerâmica.
 Efeito do calor
•De 20 a 150°C ocorre a perda de água proveniente dos
capilares e água de amassamento
•De 150 a 600°C perde-se água absorvida e a argila começa a
enrijecer
•De 600°C para cima perde–se água das moléculas,a água de
constituição, neste estágio temos alterações químicas,
como: a transformação dos carbonetos em óxidos.
•A partir dos 950°C começa a vitrificação, pois a sílica de
constituição e as areias formam uma quantidade de vidro
suficiente para aglutinar os demais componentes,
conferindo ao material maior resistência e compactação.
 Constituintes das argilas
Elementos
Alumina
Carbonato e sulfato de
cálcio e magnésio
Matéria orgânica
Sílica livre
Silicatos e fosfatos
Sais solúveis
Principais propriedades
Proporciona estabilidade dimensional em temperaturas elevadas
Resultam em expansão volumétrica
Agem como fundentes
Resulta em retração, fissuras durante os processos de sazonamento e
queima e diferenças de coloração em um mesmo componente
cerâmico
Diminui a retração durante os processos de sazonamento e queima
Reduz a plasticidade da argila
São fundentes, alguns aumentam a resistência da cerâmica
Proporcionam o aparecimento de eflorescências nos componentes
cerâmicos
 Difração de raios X
 Distribuição granulométrica
 Plasticidade
 Umidade de conformação
 Contração linear
 Massa específica
 Porosidade
 Tensão de ruptura à flexão
Ensaio
Tensão de ruptura à flexão em
corpos-de-prova secos a 110°C
Tensão de ruptura à flexão após
a queima
Absorção de água após a
queima
Blocos
Lajotas
Telhas
Tijolos
> 2,5 MPa
-
> 3,0 MPa
> 1,5 MPa
> 5,5 MPa
-
> 6,5 MPa
> 2,0 MPa
< 25%
< 1%
< 20%
-
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