INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO – IFMT
Departamento de Construção Civil - DACC
DESENHO TÉCNICO
Prof. Dr. Geraldo Antonio Gomes Almeida
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O Desenho é uma forma de linguagem usada para externar a capacidade
criativa de um individuo. Através do desenho podemos nos comunicar e
materializar as ideias, objetos, fatos ocorridos, paisagens, projetos,
estruturas complexas, etc.
Desenho Técnico é usado pelos projetistas para transmitir uma ideia de
produto, que deve ser construído da maneira estabelecida pelo desenho e
técnicas construtivas.
O Desenho Técnico segue normas, simbologias e padronizações que vêm
facilitar a leitura e permitir a perfeita compreensão do projeto e dos
detalhes necessários à sua execução.
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1. NORMAS:
As seguintes normas se aplicam diretamente ao desenho técnico no
Brasil:
NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico
NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico
Sendo complementadas pelas seguintes normas:
NBR 8402 – Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos
NBR 8403 – Aplicação de Linhas em Desenho Técnico
NBR 12296 – Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em
Desenho Técnico.
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2. INSTRUMENTOS USADOS:
2.1. Lápis e lapiseiras
O lápis surge na Alemanha pela primeira vez em 1644. Em 1761 na aldeia de
Stein, perto de Nuremberg, Kaspar Faber inicia sua própria fábrica de
produção de lápis na Alemanha.
A partir de 1839 ocorre um aperfeiçoamento do chamado processo de
fabricação da grafite, com a adição de argila. A partir de então argila e
grafite moídos são misturados até formarem uma pequena vara e depois
queimados. Através da mistura de argila com grafite tornou-se então
possível fabricar lápis com diferentes graus de dureza.
A lapiseira (porta-minas ou lápis de minas) foi patenteada pela primeira vez
na Grã-Bretanha em 1822 por Sampson Mordan e John Isaac Hawkins. O
primeiro porta-minas com mola para alimentar o grafite foi patenteada em
1877. A mina de grafite de 0,9mm (que não precisava mais ser apontada) foi
introduzida em 1938, e mais tarde foi seguido pelas versões de 0,7mm,
0,5mm e 0,3mm.
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2.1. Lápis e lapiseiras
TABELA DE GRADUAÇÕES DE GRAFITE
9H 8H 7H 6H 5H 4H 3H 2H H F HB B 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B 9B
Lápis H: Nessa graduação o grafite é mais duro. O H vem de hard, do inglês,
que quer dizer duro.
Lápis B: Nessa graduação o grafite é mais macio, o B vem de black, preto pois
o grafite, por ser mais macio, deixa o traço mais escuro.
Nesses dois casos, o número que segue a letra, por exemplo 2H ou 6B, é o
índice diferenciador do grau da dureza ou maciez do grafite do lápis.
Para os lápis que apresentam a letra H, quanto maior o número ao lado do H,
maior a dureza do grafite, ou seja, mais esforço será necessário para fazer o
traço. O lápis HB, o HB vem de hard/brand, dureza média, é o lápis
normalmente usado para escrita.
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2.2. Esquadros
São usados em pares: um de 45° e outro de 30° / 60°. A combinação de
ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como
traçar retas paralelas e perpendiculares. Para traçar retas paralelas, segure
um dos esquadros, guiando o segundo esquadro através do papel. Caso o
segundo esquadro chegue na ponta do primeiro, segure o segundo
esquadro e ajuste o primeiro para continuar o traçado.
Fig. 1. Traçando paralelas com esquadros
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2.2. Esquadros
Fig. 2. Traçando perpendiculares com esquadros
2.2.1. Exercícios:
Utilizando o par de esquadros traçar paralelas formando com a horizontal
ângulos de 45° e 60 °, distanciando 5 mm entre elas.
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2.3. Compasso
Usado para traçar circunferências e para transportar medidas lineares e
angulares. O compasso tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com
grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para canetas de
nanquim ou tira-linhas. Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando
se fecha o compasso, caso contrário o instrumento está descalibrado. A ponta
de grafite deve ser apontada em “bizel”.
Fig. 3. Compassos e adaptadores
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2.3. Compasso: Traçar um ângulo de 60°
Fig. 4. traçando ângulos com Compassos
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2.4. Escalímetro
Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. Seu uso
elimina o uso de cálculos para converter medidas, reduzindo o tempo de
execução do projeto.
O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com escalas típicas de
arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a
1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma régua comum (1:1). O uso de escalas
será explicado mais adiante.
Fig. 5. Escalímetro
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2.5. Papel
Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de
resistência e durabilidade apropriadas; A escolha do tipo de papel deve ser
feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de
reprodução.
Papel transparente: Manteiga, vegetal, poliéster, outos.
Papel opaco: Canson, schoeller ou sulfite grosso.
Para os desenhos feitos a tinta (nanquim), são utilizados o papel vegetal,
semitransparente e seu peso varia de 50 a 120 g por m2. Os projetos realizados
através de recursos computacionais são plotados em folhas sulfite e cortados
nos tamanhos adequados.
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2.6. Folha
O formato usado é o baseado na norma NBR 10068, denominado A0 (Azero). Trata-se de uma folha com 1 m², cujas proporções da altura e largura
são de 1: √2 . Todos os formatos seguintes são proporcionais: o formato A1
tem metade da área do formato A0, etc.
Todos os formatos devem
possuir margens: 25 mm
no lado esquerdo, 10 mm
nos outros lados
(formatos A0 e A1) ou 7
mm (formatos A2, A3 e
A4). Também costuma-se
desenhar a legenda no
canto inferior direito.
Fig. 6. Formatos série A
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2.7. Dobragem
Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta, de forma que
a legenda esteja visível com o desenho dobrado.
Fig. 7. Dobragem de alguns formatos
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