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Professor Dr. Aníbal
Cavaco Silva
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Aníbal António Cavaco Silva
(Boliqueime, Loulé, 15 de Julho de 1939)
Foi primeiro-ministro de Portugal de 6 de Novembro de 1985 a 28
de Outubro de 1995, tendo sido o homem que mais tempo governou
em Portugal, desde o 25 de Abril. A 22 de Janeiro de 2006 foi eleito
Presidente da República, tendo tomado posse em 9 de Março do
mesmo ano.
Carreira docente e Banco de Portugal
• Cavaco Silva licenciou-se e foi professor no ISCEF (actual
ISEG) e doutorou-se em economia na Universidade de York,
Inglaterra em 1974. Ao regressar a Portugal, trabalhou
sucessivamente no Instituto de Ciências, na Universidade
Nova de Lisboa, na Universidade Católica e no Banco de
Portugal. Neste último, foi Director do Departamento de
Estudos Económicos
Ministro das finanças e plano
• Cavaco Silva ocupou o cargo de Ministro das Finanças e Plano no
Governo de Francisco Sá Carneiro, em 1980, ganhando uma
reputação de economista liberal. Após a morte do Primeiro-Ministro
num acidente de aviação, recusou continuar no segundo governo
formado pela AD (Aliança Democrática), chefiado por Francisco
Pinto Balsemão (1981).
Líder do PSD e Primeiro-Ministro
Foi eleito Presidente do PSD a 2 de Junho de 1985 no congresso da
Figueira da Foz. A sua eleição ditaria o fim do Bloco Central, do qual
nunca foi apoiante.
• As eleições gerais seguintes foram complicadas pela chegada de um
partido político novo, o Partido Renovador Democrático (PRD),
organizado pelo Presidente da República cessante, o General
António Ramalho Eanes, pela sua esposa, Manuela Eanes, e por
diversos apoiantes. Em 250 deputados que Parlamento tinha na
época, o PRD conquistou 45 assentos - à custa de todos os partidos
excepto o PSD. Apesar de Cavaco Silva ter conseguido menos de
30% dos votos e apenas 88 deputados, o PSD era o único partido
político tradicional a não sofrer perdas substanciais. Cavaco Silva
foi empossado como Primeiro-Ministro pelo Presidente Eanes a 6 de
Novembro de 1985.
Líder do PSD e Primeiro-Ministro
• Os aumentos na função pública, os cortes nos impostos e a liberalização
económica, incluindo privatizações de empresas públicas, deram origem a um
crescimento económico apreciável, que fez subir a popularidade de Cavaco
Silva. Foi inibido, no entando, por um parlamento controlado pela oposição. Na
maioria das votações, o PSD podia contar com 22 votos do Centro Democrático
Social (CDS), mas os dois partidos juntos tinham só 110 lugares, menos 16 que a
maioria absoluta. O PS e a APU tinham 57 e 38 deputados respectivamente, que
não pareciam dispostos a apoiar o Governo. Cavaco Silva poderia governar
apenas se os 45 representantes do PRD votassem favoravelmente as suas
propostas. No entanto, em 1987, o PRD aprovou, juntamente com o PS e a APU,
uma moção de censura ao Governo, provocando a queda do mesmo e forçando
o recém-eleito Presidente Mário Soares a convocar eleições legislativas
antecipadas.
Primeira maioria absoluta
Com um resultado que espantou mesmo os seus apoiantes mais
optimistas, os sociais democratas de Cavaco Silva conseguiram
50,22% dos votos, e 148 dos 250 deputados. Os segundo e terceiro
partidos mais votados seriam o PS, com apenas 60 deputados, e a
CDU, com 31. O CDS e o PRD foram praticamente eliminados da vida
política, obtendo apenas 4 e 7 deputados, respectivamente. Foi a
primeira vez na história da política portuguesa que um único partido
assegurava uma maioria absoluta.
Segunda maioria absoluta
A eleição de 1991 foi outro triunfo para Cavaco Silva, com a maior maioria
absoluta de sempre da democracia Portuguesa (50,60%). As políticas
económicas sofreram a contestação da oposição: Cavaco Silva responderia
com uma frase que se tornou célebre, Deixem-me trabalhar, e lançou a sua
teoria das forças de bloqueio. De acordo com o governante, aqueles que se
opunham, não concordavam ou criticavam as suas políticas faziam parte
destas forças. Entre os "bloqueadores" foram incluídos, se não pelo próprio
Cavaco Silva, pelo menos ao nível da opinião publicada, o então Presidente
da República, Mário Soares, que com as suas Presidências Abertas dava eco
a muita da contestação social que se fazia sentir no País, e Sousa Franco,
Presidente do Tribunal de Contas e ex-Presidente do PSD, que chumbou
muitas vezes as contas enviadas pelo Governo de Cavaco Silva.
Presidência da República
Tomou posse, jurando a Constituição, na Assembleia da
República, em 9 de Março de 2006, numa cerimónia a que
assistiram os ex-Presidentes Ramalho Eanes e Mário Soares,
os Príncipes das Astúrias, o ex-Presidente dos Estados Unidos
da América, George Bush, o Presidente de Timor-Leste, Xanana
Gusmão, entre outras personalidades nacionais e estrangeiras.
• O seu primeiro acto oficial foi agraciar o seu antecessor na
Presidência da República, Jorge Sampaio, com o grande colar
da Ordem da Liberdade.
Denise Garcia
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