Autores: Ana Cláudia de Medeiros, Talita Aparecida Calegário, Erlon Ferreira Martin. Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Kanis. O interesse em produtos naturais vem aumentando; as plantas são grande fonte ativos; as doenças inflamatórias são responsáveis por grande desconforto; a planta foco deste estudo é a Wilbrandia ebracteata; Pertencente a família Cucurbitaceae; Encontrada com maior freqüencia do sul e sudeste do Brasil; conhecida popularmente como Taiuiá; usada na medicina popular no tratamento de prisão de ventre, dermatoses, contraceptivo ou abortivo, anti-helmíntico, amenorréia, úlcera gástrica aguda e doenças reumáticas; Figura 1 – Raiz de WE. Fonte: KREPSKY, 2001. Uma das maiores problemáticas sobre o uso de produtos naturais e fitoterápicos é a falta de estudos que garantam a eficácia e segurança das formulações; existe a necessidade da padronização dos extratos utilizados, garantindo assim, a concentração necessária para a atividade farmacológica e abaixo do nível tóxico. Desenvolver um processo extrativo para obtenção de extrato a partir de Wilbrandia ebracteata, caracterizar em função de seus flavonóides e cucurbitacinas e obter o teor de flavonóides totais expressos como isovitexina. Obtenção da matéria-prima vegetal; Desenvolvimento do processo extrativo; Caracterização química do extrato seco etanólico de Wilbrandia ebracteata: Obtenção do Extrato Seco Etanólico (ESEWE); Identificação de flavonóides; Identificação de cucurbitacinas. Determinação do teor de flavonóides totais expresso como isovitexina. As raízes de Wilbrandia ebracteata foram coletadas na cidade de Grão Pará – SC no período de janeiro de 2008; foram lavadas e secas no ambiente durante 5 dias, após isso foram embaladas e guardadas ao abrigo da luz; a raiz da planta foi submetida a moagem em liquidificador industrial; após isso foi realizada a separação granulométrica, os grânulos com tamanho de 106 e 250 µm foram selecionados para o estudo. Obtenção do Extrato Seco Etanólico (ESEWE): foi obtido por maceração; RMWE na granulometria de 106 µm com etanol (na proporção de 1:8); durante 72 horas. em seguida o extrato foi filtrado; o solvente foi evaporado em evaporador rotatório, restando o extrato seco etanólico de Wilbrandia ebracteata (ESEWE). Identificação de flavonóides; a análise foi realizada por CCD em placa de HPTLC; a amostra de ESEWE e dos padrões foram aplicadas por HPTLC (isovitexina, orientina, passiflorina e rutina); o eluente utilizado foi acetato de etila:ácido acético:água (8:1:1, v/v/v); a análise em HPTLC deu origem aos cromatogramas. Identificação de cucurbitacinas: o ESEWE foi lavado com diclorometano (EE); a análise foi realizada por CCD em placa de HPTLC; a aplicação das amostras e das cucurbitacinas isoladas foi realizada por HPTLC, o eluente utilizado foi éter de petróleo: acetato de etila:isopropanol (20:10:1, v/v/v). As cucurbitacinas pesquisadas foram cucurbitacina B (CB) e dihidrocucurbitacina B (DHCB) isoladas; a análise em HPTLC deu origem aos cromatogramas. Foi construída uma curva de calibração com as concentrações de 0,005; 0,007; 0,010; 0,015; 0,02 mg/mL de isovitexina foi feita uma solução do ESEWE em etanol na concentração de 1 mg/mL, então, foi realizada a reação para determinação do teor de flavonóides totais expresso como isovitexina utilizando a metodologia de cloreto de alumínio; depois de 30 minutos foi realizada a leitura em espectrofotômetro em 390 nm. Desenvolvimento do processo extrativo: Figura 3 – Teor extrativo obtido com a raiz de WE na granulometria de 106 µm, em diferentes tempos de maceração e proporção planta:solvente (g/mL). Fonte: Elaboração dos autores. 2010. Figura 3 – Teor extrativo obtido com a raiz de WE na granulometria de 250 µm, em diferentes tempos de maceração e proporção planta:solvente (g/mL). Fonte: Elaboração dos autores. 2010. Identificação de flavonóides: Figura 4 Fonte: Elaboração dos autores. 2010. Identificação de cucurbitacinas: Figura 5 Figura 4 Fonte: Elaboração dos autores. 2010. Determinação do teor de flavonóides totais expresso como isovitexina. 0,9 0,8 0,7 Absorbância 390 nm 0,6 0,5 Linear Regression for Data1_B: Y=A+B*X Parameter Value Error -----------------------------------------------------------A -0,03546 0,00538 B 43,00536 0,42591 -----------------------------------------------------------R SD N P -----------------------------------------------------------0,99985 0,0052 5 <0.0001 ------------------------------------------------------------ 0,4 0,3 0,2 0,1 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 Isovitexina (g/mL) Figura 6 – Curva analítica (R= 0,99985) para a determinação do teor de flavonóides totais expressos como isovitexina. Fonte: Elaboração dos autores. 2010. Determinação do teor de flavonóides totais expresso como isovitexina. Constatou que 36,5% dos constituintes do extrato seco etanólico são flavonóides. Figura 7 – Molécula química da isovitexina. Fonte: Elaboração dos autores. 2010. Foi constatado que o tempo, tamanho de grânulo e proporção planta:solvente influencia no teor extrativo das raízes de WE Na caracterização química do extrato seco etanólico da raiz da planta foram identificados flavonóide (isovitexina) e cucurbitacina (dihidricucurbitacina B). Pela determinação do teor total de flavonóides expresso com isovitexina foi contatado 36,5% de flavonóides no extrato seco etanólico de das raízes de WE. JUNIOR, Jarbas Mota Siqueira. Atividade antitumoral da dihidrocucurbitacina B, um composto isolado de Wilbrandia ebracteata Cogn: estudos in vitro e in vivo. Tese apresentada ao curso de Pós-Graduação em Farmacologia, Universidade Federal de Santa Catarina. 2007. VALE, Nilton Bezerra do. A farmacobotânica, ainda tem lugar na moderna anestesiologia?. Rev. Bras. Anestesiol.. Vol. 52, nº 3, p. 368-380. 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