PATRICK VIEIRA, MARCUS VINICIUS, WESLLY FERREIRA, SHIZUE I. SHIMIZU, ANNE L. SCARINCI E.E. TARCÍSIO ALVARES LOBO E INSTITUTO DE FÍSICA - USP APOIO FINANCEIRO: CAPES Descobrimos que o plano de ensino requer, ao longo de sua aplicação, mudanças, de forma a se adequar melhor ao contexto real no qual está sendo aplicado. Esse trabalho surgiu da necessidade de analisar as mudanças que ocorreram no nosso plano de ensino, assim como os efeitos dessas mudanças para a aprendizagem. • MUDANÇAS DE PLANO: PENSADAS A PARTIR DAS DIFICULDADES DOS ALUNOS EM COMPREENDER E APLICAR OS CONCEITOS ABORDADOS EM AULA. • A MUDANÇA OCORREU COM O DECORRER DAS AULAS, OU SEJA, A CADA AULA O PLANO ERA REPENSADO E ELABORADO. Nosso plano foi realizado com alunos do 8º ano do EF. As aulas abordaram o conteúdo de eletricidade e magnetismo em uma sequência de 7 atividades (cerca de 15 aulas): 1- Compreender que o ímã atrai outro objetos e que pode atrair ou repelir outro ímã 2- Entender o que são polos geográficos e magnéticos na Terra. Compreender as interações entre ímãs, bússolas e magnetismo terrestre. Inseparabilidade dos polos de um ímã. 3- Quais materiais são ou não magnéticos. 4- Compreender os domínios magnéticos, os processos de magnetização e desmagnetização. 5- Limalha de ferro como indício da existência de um campo magnético 6- Compreender a Perturbação em torno dos imãs e suas representações, associação da perturbação às forças de atração e repulsão e a associação do campo magnético da terra ao do imã e bussolas. 7- Verificação, por meio do experimento de Oersted, que fenômenos elétricos e fenômenos magnéticos têm relação. No plano inicial, nas atividades 2 e 4, o propósito era uma aula expositiva que percebemos que pouco incluiria a participação ativa do aluno e a construção de conceitos. Por isso, fizemos alterações para uma aula em que os alunos fariam os experimentos (em vez de nós fazermos uma demonstração). Verificamos que essa mudança foi também favorável para despertar a curiosidade do aluno. Mudanças no plano também podem ocorrer última hora. Prova disso foi a nossa atividade 6, qual a aplicação do plano foi mudada no decorrer aula e um novo experimento foi aplicado em vez fechamento do assunto como planejado. de na da do A ideia inicial era retomar conceitos já trabalhados na atividade 5 e fazer uma síntese, expositiva, sobre todo o conteúdo. Porém, como estávamos sem aulas há duas semanas, os alunos não lembravam o que havia acontecido no experimento e, com isso, a retomada ficou inviável. Por isso, em vez de fazer a aula expositiva, aplicamos mais um experimento com os alunos (limalha de ferro com bússola para que eles verificassem a orientação do campo magnético). Após esse experimento, os alunos haviam se familiarizado novamente com o conceito de campo e, com isso, retomamos a aplicação “normalizada” do plano. Com a bússola, eles verificaram a interação com o magnetismo da Terra e de outros ímãs. Aprenderam a usar a bússola (Ativ. 1 e 2). Observaram as interações entre ímãs e determinaram os polos dos ímãs, marcando-os adequadamente (ativ. 2) Verificaram também quais materiais eram atraídos (e portanto, magnetizados) pelos ímãs. Mudanças acarretam novas mudanças. A avaliação que seria aplicada aos alunos, de acordo com o plano da atividade 6 tratava de alguns exercícios com questões dissertativas. Com a mudança da aula 6 para uma aula de base experimental, os alunos produziram desenhos que mostravam as linhas de campo (a partir da visualização das limalhas). A atividade avaliativa, então, usou o desenho deles e as interpretações que eles esquematizaram. As modificações funcionaram? Acreditamos que sim. Ao decorrer das, aulas percebemos que os alunos se envolviam ao citarmos os assuntos que já haviam sido apresentados e trabalhados. Isso mostra que eles entenderam os conceitos ensinados.