Escola Profissional de vouzela { Gravidez na Adolescencia Introdução: A adolescência implica um período de mudanças físicas e emocionais que é considerado, por vários autores e até mesmo psicologos, como um “momento de crise”. Não podemos descrever a adolescência como uma simples adaptação às transformações corporais, mas sim, como um importante período no Ciclo de Vida, que corresponde a diferentes mudanças, tanto a nível social e familiar como sexual. Gravidez indesejada: Uma gravidez indesejada na adolescência ocorre por várias razões: porque o método contracetivo falhou ou pela má utilização do mesmo; porque não se utilizou qualquer proteção durante as relações sexuais; por falta de informação; pela existência do pensamento mágico de que “só acontece aos outros” ou, ainda, por mitos à volta das relações sexuais. Gravidez desejada: Existem, também, gravidezes que são desejadas durante a adolescência e que são determinadas por padrões culturais ou por questões mais complexas como, por exemplo, o sentir que estando grávida se consegue o amor do namorado; a fantasia de que a gravidez lhe trará mais afeto, atenção por parte dos outros; como forma de sair de casa dos pais mais rapidamente ou até mesmo pela idealização de que o bebé lhe trará o “papel da sua vida”. A decisão de ter um filho implica ponderação e diálogo sobre a responsabilidade de o ter, sobre a forma como um filho altera completamente a nossa vida e sobre as coisas de que é preciso prescindir depois da maternidade/paternidade. Problemas a enfrentar: Grávidas na adolescência enfrentam muitas das mesmas questões obstetrícia que as das mulheres entre os 20 e 30 anos. Com isso, abre-se a questão da maternidade monoparental que apresenta particular incidência na gravidez adolescente. É importante que quando diagnosticada a gravidez a adolescente comece o pré-natal, receba apoio da família e do seu contexto social, tenha auxílio e acompanhamento psicológico e obstetra adequados à situação. Problemas a enfrentar (continuação): A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebê, muito menos de uma família. Entretanto, o seu organismo já está preparado para prosseguir com a gestação, já que, a partir do momento da menstruação, a maturidade sexual já está estabelecida. Outra polêmica, é o de mães solteiras, por serem muito jovens. Os rapazes e as meninas não assumem um compromisso sério e na maioria dos casos quando surge a gravidez um dos dois abandona a relação sem se importar com as consequências. Este é apenas um dos motivos que faz crescer consideravelmente a cada ano o número de pais e mães jovens e solteiros . Decidir prosseguir com a gravidez: Depois de dada a notícia aos pais, podem surgir grandes dificuldades de relacionamento familiar porque, perante o confronto com a gravidez da filha, os pais podem ser invadidos por sentimentos de desilusão, de fracasso, de culpa, de zanga e de grande frustração. Por outro lado, a jovem pode entrar em conflito consigo própria pela necessidade de integrar a gravidez e a expectativa da maternidade, nos seus projetos e interesses pessoais. O receio das alterações no relacionamento com o seu namorado e em conseguir gerir a relação com o seu grupo de amigos também pode constituir uma grande fonte de stress na rapariga. Qual a forma de tornar toda esta situação mais fácil? Os jovens que vão ser pais deverão ser apoiados de um modo coerente, consciente e realista. O bem estar afetivo é muito importante para a jovem grávida e também para o jovem que vai ser pai, que deve ser ouvido e a quem devem ser criadas as condições para a expressão de sentimentos em relação a si próprio, à gravidez e à alteração dos seus projetos pessoais e profissionais. É possível continuar a sair com o grupo de amigos e namorar, mas de forma diferente. A gravidez não torna os adolescentes em adultos de uma hora para a outra, mas provoca grandes mudanças no seu ciclo de vida. (continuação): É importante a gravidez ser acompanhada por um médico, de modo a ir sendo vigiada a viabilidade da gravidez e o desenvolvimento do feto bem como a saúde da jovem. Este é um assunto que não deve ser subestimado pelos pais, pelos adolescentes, ou pelos educadores e professores. O rapaz e a rapariga devem ser estimulados a pensar e a viver a sexualidade, não só como uma maneira de sentir prazer com as suas novas capacidades reprodutivas e sexuais, mas também acompanhadas de um conjunto de responsabilidades perante si e perante a sociedade. Resumo: Resumo: A gravidez na adolescência tem sido apontada como um problema de saúde pública. Pretende-se, neste trabalho, conhecer os motivos que levam a adolescente a engravidar, apesar do grande número de informações. levantou-se o tema de gravidez na adolescência, mudanças sociais, estrutura familiar e elementos que podem levar a adolescente a iniciar sua vida sexual, além dos meios de informação nos quais o adolescente busca saber sobre o que acontece no seu dia-a-dia, os métodos contraceptivos e suas implicações. Os dados obtidos nessa revisão mostram que os adolescentes possuem conhecimento acerca dos métodos contraceptivos, porém não sabem como administrá-los correctamente. Gravidez na adolescência 1 em 3 adolescentes nos Estados Unidos estarão grávidas aos 19 anos de idade. Continuação: A pílula e o preservativo masculino aparecem como os mais conhecidos. Os jovens muitas vezes negam o risco de engravidar devido a um pensamento "mágico" característico da adolescência e de sua imaturidade psico-emocional. Ao engravidar, as adolescentes acreditam obter a auto-realização e a independência. Outro factor relevante a ser discutido é que, culturalmente, a mulher ainda é vista como a única responsável por evitar uma gravidez. Construir um espaço onde pais, familiares, escola, adolescentes, professores e profissionais de saúde possam dialogar é um importante instrumento para se obter resposta social com vistas à superação das relações de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), assim como à gravidez precoce e não planejada. Imagens de Contraceptivos… Taxa de adolescentes grávidas por cada 1000 mulheres com idade entre 15–19, 2000–20094 Conclusão: Pensar a sexualidade como um processo que eclode na adolescência é pensar num universo de desejos, excitações, descobertas, sentimentos etc., portanto esse assunto não pode ser ignorado ou adiado, devendo ser elaborado, discutido e construído. Assim, nesse período de vida, é fundamental uma adequada educação sexual, por meio da qual o adolescente tenha a possibilidade de aprender a cuidar não só de sua saúde reprodutiva e da do seu parceiro(a), como também tenha abertura para falar de dúvidas, medos, desejos, emoções etc. Em relação à escola, ao abordar a sexualidade, é importante que essa não fique presa somente aos termos da fisiologia dos aparelhos genitais masculino e feminino, mas que discuta uma prática saudável da sexualidade, repassando informações sobre os anticonceptivo e resolvendo dúvidas e expectativas.