REDE DE FORMAÇÃO BÍBLICO-MINISTERIAL
III ENCONTRO
LEIGOS E LEIGAS NO
PROTAGONISMO DA EVANGELIZAÇÃO
O olhar criador de Deus é personalizador. Assim,
o mistério dos três nomes divinos entregues pela
Escritura - o Pai, o Filho e o Espírito Santo –
auxilia na elaboração deste conceito. Isso
significa que não se pode ser pessoa para si só;
não há pessoa sem interpessoalidade.
Interpessoalidade humana é dual e grupal
Deus apenas pode ser realmente pessoa porque
a Trindade das pessoas permite a cada uma
delas existir para os outros e ser reconhecida
pelos outros.
Interpessoalidade divina é sempre trinitária
O HOMEM MODERNO OU PÓS-MODERNO
O homem moderno ou pós-moderno, assim como
queiramos
chamá-lo,
situa-se
diante
do
conhecimento, dos avanços da ciência e da
tecnologia de modo diferente. Antes ele se
posicionava como receptor de tradição e da qual ele
participava, acolhendo-a.
 Hoje, as pessoas se voltam mais para sua
experiência. Este movimento provoca uma profunda
transformação no interior da teologia, ou seja, um
deslocamento
da
transcendência
para
a
encarnação, da infinitude para a finitude, da vida
interna de Deus para o agir de Deus na história.

O HOMEM MODERNO OU PÓS-MODERNO
O processo inverte-se, portanto. Tem-se uma
teologia mais próxima das realidades, ou seja,
mais antropocêntrica, personalista e encarnada.
 Com afirmam os autores Libanio e Murad “o ser
humano, por sua vez, é entendido não em sua
essência, mas como pessoa, como liberdade,
como consciência, como nó de relações em
abertura para todas as realidades” (Libanio &
Murad, 2005).

O HOMEM MODERNO OU PÓS-MODERNO
As realidades seculares, históricas, ou seja, as
sociedades humanas, a cultura, a civilização, a
técnica, as artes e o trabalho passam a ser objeto
de reflexão teológica.
 A teologia, hoje vê-se envolvida com um indivíduo
atado à sua subjetividade, às suas experiências,
como critério de verdade e de agir.
 Na era da informática e das comunicações,
marcada pela solidão crescente, por uma cultura
consumista e materialista onde as pessoas de carne
e osso passam a se comportar como se fossem
personagens de uma perpétua ficção (1) e perdem o
contato essencial consigo mesmo e com seu
próximo, a teologia apenas se está dando conta
dessa nova virada antropológica.

TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS

Globalmente falando, à pergunta pelo fundamento
teológico dos ministérios não-ordenados, a primeira
e fundamental resposta deve ser a seguinte: o
fundamento último dos ministérios não-ordenados é
o “mistério da comunhão da Igreja” (capítulo I da
Lumen gentium), que se exprime social e
historicamente como “Povo de Deus” (capítulo II da
Lumen gentium), a qual, como “sacramento da
íntima união com Deus e da unidade do gênero
humano”, está situada a serviço do desígnio
salvífico de Deus no mundo (especialmente a
Gaudium et spes) e realiza-se, de forma plena,
embora não total, em cada Igreja local, presidida
pelo bispo, particularmente na celebração da
eucaristia.
TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS
 As
pessoas que acolhem o Evangelho
da graça, através, por um lado, da fé,
esperança e caridade, e, por outro, do
batismo, crisma e eucaristia, são
incorporadas a Cristo e à Igreja, e
participam da mesma e única missão
de Cristo, que se desdobra no tríplice
múnus profético, sacerdotal e régio.
TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS
A
comum incorporação a Cristo e à
Igreja é constantemente enriquecida
por uma inesgotável pluralidade de
carismas, nas formas concretas que
estes assumem em cada época, lugar
e contexto sociocultural. Alguns desses
carismas podem e de fato assumem a
forma de serviço ou ministério.
TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS
 Por
isso, além dos ministérios ordenados, a
Igreja, para a realização de sua missão,
acha-se dotada de vários carismas e
ministérios,
que
também
visam
“aperfeiçoar os santos em vista do
ministério, para a edificação do Corpo de
Cristo, até que alcancemos todos a unidade
da fé e do conhecimento do Filho de Deus,
o estado de homem perfeito à medida da
estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4,1213).
TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS
Carisma é uma palavra grega que significa dom
gratuito.
 Os carismas são, pois, dádivas do Espírito Santo
dados, segundo a nossa fé e a nossa confiança
no poder de Deus.
 Não são dados aos mais cultos e aos mais
inteligentes, mas aos que se abrem à ação do
Espírito Santo, que se quer derramar
abundantemente em nós.
 O fundamento de todos os carismas é a
caridade, o amor.

TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS
 Enquanto
que os dons do Espírito
Santo são permanentes, dados pelo
Batismo, para a nossa própria
santificação, os carismas são dons
especiais, por vezes extraordinários,
dados para o bem da comunidade,
para o serviço dos outros e assistência
da Igreja.
TEOLOGIA DOS MINISTÉRIOS
 Todos
os carismas são para crescimento da
Igreja, para servir a comunidade. S.Paulo
exorta-nos a ansiar pelos carismas e por
isso devemos:
 - Rezar para que o Senhor nos dê os dons;
- Estar disponíveis para os receber;
- Ser humildes, conscientes de que nós
nada fazemos e que é Deus que tudo pode
e é n'Ele que está a nossa força.
O PRIMEIRO PRINCÍPIO É O DA
CORRESPONSABILIDADE
Leigos e Leigas devem participar, como sujeitos,
com vez e voz, na elaboração dos programas
pastorais, nos centros de discussão e decisão nas
Igrejas Particulares.
O DA afirma: “Os leigos devem participar do
discernimento, da tomada de decisões, do
planejamento e da execução.” (DA 371).
Não podem, portanto, verem reduzida a sua
participação apenas ao momento de encaminhar e
realizar
os
programas,
mas
sentirem-se
participantes desde o início, por força da sua
condição de cristão batizado, habilitado pelos
sacramentos do Batismo e da Confirmação, a
participar plenamente da vida da Igreja.
O PRIMEIRO PRINCÍPIO É O DA
CORRESPONSABILIDADE
Isso exige, da parte dos pastores, maior abertura
de mentalidade para que entendam e acolham o
“ser” e o “fazer” do leigo na Igreja, que por seu
batismo e sua confirmação é discípulo e
missionário de Jesus Cristo.” (DA 213).
As DGAE 2011-2015 ressaltam: “Os leigos,
corresponsáveis com o ministério ordenado,
atuando nessas assembleias, conselhos e
comissões, tornam-se cada vez mais envolvidos
no planejamento, na execução e na avaliação de
tudo que a comunidade vive e faz.” (n.104.c).
O SEGUNDO PRINCÍPIO É O DA MISSÃO
“A formação dos leigos e leigas deve contribuir,
antes de mais nada, para sua atuação como
discípulos missionários no mundo, na perspectiva
do diálogo e da transformação da sociedade.
É urgente uma formação específica para que
possam ter incidência significativa nos diferentes
campos, sobretudo ‘no vasto mundo da política, da
realidade social e da economia, como também da
cultura, das ciências e das artes, da vida
internacional, dos meios de comunicação e de
outras realidades abertas à evangelização’ (EN 70).”
(DA 283).
CORRESPONSABILIDADE DA MISSÃO
A missionariedade da paróquia deve ser
autêntica, quer dizer integral:
“Toda autêntica missão unifica a preocupação
pela dimensão transcendente do ser humano e
por todas as suas necessidades concretas” (DA
176).
A opção pelos pobres “deve atravessar todas as
nossas estruturas e prioridades pastorais” (DA
396, cf. DM 14,4-11; DP 1134-1165; SD 178-181).
REDE DE FORMAÇÃO BÍBLICO-MINISTERIAL

«Nossa fé proclama que ‘Jesus Cristo é o rosto
humano de Deus e o rosto divino do homem’
(João Paulo II).
Por isso, a ‘opção preferencial pelos pobres
está implícita na fé cristológica naquele Deus
que se fez pobre por nós, para nos enriquecer
com sua pobreza’.
 Essa opção nasce de nossa fé em Jesus Cristo,
o Deus feito homem, que se fez nosso irmão»
(cf. Hb 2, 11-12) (DA 392).

PRINCÍPIO DA CORRESPONSABILIDADE
“A renovação da paróquia exige atitudes novas nos
párocos e nos sacerdotes” (DA 201),
“Maior abertura de mentalidade” (DA 213).
“Requer-se que todos os leigos se sintam co-responsáveis
na formação dos discípulos e na missão. Isso supõe que
os párocos sejam promotores e animadores da
diversidade missionária (...).
Uma paróquia renovada multiplica as pessoas que
realizam serviços e acrescenta os ministérios” (DA 202).
Deve-se avançar para “garantir a efetiva presença da
mulher nos ministérios que na Igreja são confiados aos
leigos, como também nas instâncias de planejamento e
decisão pastorais, valorizando sua contribuição” (DA
458b, cf. 454) e promover o “mais amplo protagonismo”
do “gênio feminino” (DA 458a).
 Muita gente que passa para outros grupos religiosos
espera encontrar respostas a suas inquietações e
aspirações.
 Os motivos não são doutrinais, mas vivenciais; não
são dogmáticos, mas pastorais; não são teológicos,
mas metodológicos de nossa Igreja.
A experiência religiosa
A experiência religiosa
A vivência comunitária
A vivência comunitária
A formação bíblico-doutrinal
A Igreja precisa
reforçar quatro
eixos:
A formação bíblico-doutrinal
O
compromissomissionário
missionáriodede
toda
a comunidade
O compromisso
toda
a comunidade
ECUMENISMO
UNIDADE
é consequência de
uma eclesiologia
de COMUNHÃO
é antes de tudo um
DOM
do Espírito Santo
IMPLICA CONVERSÃO DO CORAÇÃO E
ORAÇÃO
O CAMINHO DE FORMAÇÃO DOS
DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS
 Uma espiritualidade trinitária do
encontro com Jesus Cristo;
 O processo de formação dos
discípulos missionários;
 Iniciação à vida
catequese permanente;
cristã
e
 Lugares de formação para dos
discípulos missionários.
O ENCONTRO COM JESUS
A experiência batismal é o
ponto de início de toda
espiritualidade cristã que
se funda na Trindade.
Que nos permite superar o
egoísmo e nos colocarmos
plenamente ao serviço do outro.
Para ser discípulo é preciso fazer a experiência do
“encontro com Jesus”.
A própria natureza do cristianismo consiste em reconhecer
a presença de Jesus Cristo e SEGUI-LO.
Lugares de encontro com Jesus Cristo
 Na Sagrada Escritura;
 Na Liturgia;
 No Sacramento da Reconciliação;
 Na Oração Pessoal e Comunitária;
 No meio de uma Comunidade viva;
 Na Fé e no Amor fraterno;
 Naqueles que dão testemunho de luta pela justiça,
pela paz e pelo bem comum;
 Nos acontecimentos da vida de nossos povos;
 Nos pobres, aflitos e enfermos
No reconhecimento desta presença e proximidade, e na defesa dos direitos dos
excluídos, encontra-se a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo.
Processo de formação dos
discípulos missionários
Deve estar pautado em cinco aspectos:
1. O encontro com Jesus Cristo
2. A conversão (metanóia)
3. O discipulado
4. A comunhão
5. A missão
O querigma como
iniciação cristã
Mudança na forma de pensar
e viver
Amadurecimento do seguimento
Inserção na comunidade
Necessidade de partilhar com os outros a
alegria de ser enviado
A dimensão humana e comunitária
A dimensão
intelectual
Uma formação em
QUATRO
DIMENSÕES,
integradas
harmonicamente ao
longo do processo
A dimensão pastoral e missionária
A dimensão
espiritual
Lugares de formação para os
discípulos missionários
1. FAMÍLIA
2. PARÓQUIAS
3. GRUPOS DE
FAMÍLIAS
COMUNIDADES
ECLESIAIS
Primeira escola da fé
“Escola de comunhão”
Para que sejam centro de
irradiação missionária, devem
ser
lugares
de
formação
permanente.
Ambientes propícios para viver
a fraternidade, para a oração,
para aprofundar processos de
formação na fé e para fortalecer
o compromisso de ser apóstolo
na sociedade de hoje.
Lugares de formação para os
discípulos missionários
4. MOVIMENTOS
ECLESIAIS
Oportunidades para que muitas
pessoas distantes possam ter
uma experiência de encontro
vital com Jesus e recuperem sua
identidade batismal e sua ativa
participação na vida da Igreja
5. SEMINÁRIOS E
CASAS DE
FORMAÇÃO
A Pastoral Vocacional começa na
família
e
continua
na
comunidade. É urgente dedicar
cuidado especial à Pastoral
Vocacional
Reino de Deus e promoção da dignidade humana
 A promoção da vida plena em Cristo nos leva a assumir as
tarefas prioritárias que contribuem com a dignificação de
todos os seres humanos.
 É urgente criar estruturas que consolidem uma ordem
social,
econômica e política, inclusiva de todos
 É tarefa da Igreja ajudar com a pregação, a catequese, a
denúncia e o testemunho do amor e da justiça
 A fidelidade ao Evangelho nos exige proclamar em todos
os
areópagos a verdade sobre o ser humano e a
dignidade de
toda pessoa.
Reino de Deus e promoção da dignidade humana
 Somos chamados a contemplar,
nos ROSTOS SOFREDORES de nossos irmãos,
o ROSTO DE CRISTO que nos chama a servi-lo neles.
Estes rostos interpelam a essência do ser
da Igreja, da pastoral e de nossas atitudes
cristãs.
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teologia dos ministérios - Paróquia Nossa Senhora do Rosário