Disciplina: Auditoria – II
Curso: Ciências Contábeis
Período: 6° período
Professor: Carlos Araújo
Email: [email protected]
Introdução
• O que é auditoria?
• Qual o seu objetivo?
Obrigatoriedade
Entidade
Legislação
aplicável
Redação normativa quanto à obrigatoriedade de auditoria independente
Art. 177 § 3º. As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,
ainda, as normas
Companhias
Lei 6.404/76 expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente
abertas
submetidas a auditoria por
auditores independentes nela registrados.
Art. 3º. Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob
a forma de sociedades
por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre
Entidades de
Lei 11.638/07 escrituração e elaboração
grande porte
de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por
auditor registrado na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Fonte: http://www.ibracon.com.br/downloads/pdf/empresas_obrigadas_auditoria.pdf
Regulação
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Código Civil (Lei 6.404/76);
CPC (Pronunciamentos);
CVM (Lei 6.385/76);
IFRS (Lei 11.638/07 e 11.941/09);
Lei Sarbanes-Oxley – SOX Jul/12 (SEC).
Stakeholders
Governo
Imprensa
Concorrentes
Comunidade
Fornecedor
Empresa
Clientes
Acionistas
Formas de intervenção
• Auditoria Interna:
“Constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo
examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos
e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da
entidade.”
• Auditoria Externa:
“Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por
objetivo a emissão do parecer sobre a adequação com que estes
representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das
operações, as mutações do Patrimônio Líquido a Demonstração dos
Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado da
entidade auditada consoante as normas brasileiras de
contabilidade.”
Silvio Crepaldi
Auditoria
• Proposta de trabalho;
• Risco de auditoria (Inerente, Controle e
Detecção);
• Equipe de auditores;
• Procedimentos – processos (controles
internos) e testes substantivos;
• Papéis de trabalho (Áreas);
• Relatório de auditoria (Responsabilidade,
procedimentos realizados e conclusão).
Desenvolver as expectativas
do cliente
• Entender as necessidades e expectativas do
cliente com relação à entrega dos serviços
de auditoria (com o(s) executivo(s)-chave);
• O segredo de um trabalho de sucesso entre a
auditoria e o cliente está na capacidade de
entender os issues do cliente e comunicar o
valor dos serviços prestados.
Identificar e orientar a
equipe de Auditoria
• Identificar as funções-chave do trabalho e
considerar as habilidades de cada integrante
da equipe, obtendo o seu comprometimento
com relação as suas funções;
• Compartilhar com os integrantes da equipe
as necessidades e expectativas do cliente;
• Relação dos componentes do risco das
Demonstrações Financeiras com o risco de
Negócio/Detecção.
Tipos de riscos
• Risco de Negócio – possibilidade de que eventos,
ações ou ausência de ações possam resultar na: falha
do cliente em atender aos objetivos-chave do
negócio; e falha para definir os objetivos de negócio
que são responsivos aos interessados-chave;
• Risco Inerente – suscetibilidade de que erros
significativos possam ocorrer assumindo que não
existam controles;
• Risco de Controle – possibilidade de que erros
significativos possam ocorrer e não serem
prevenidos ou detectados tempestivamente pela
estrutura de controle interno.
Entender o Negócio
• Entender os riscos de negócio do cliente visando nos auxiliar na
avaliação do risco de auditoria;
• Entender como o cliente organiza, gerencia e controla o seu
negócio;
• Entender as forças de mercado relevantes (competidores,
clientes e fornecedores) e fatores externos (órgãos
governamentais, órgãos reguladores, leis e regulamentos,
práticas contábeis, e aspectos sociais, econômicos e políticos);
• entender como as influências dos interessados-chave (grupos,
indivíduos ou entidades que podem afetar ou são afetados pelas
metas e objetivos) afetam as ações da gerência;
• Entender as metas e os objetivos de negócio e as estratégias de
negócio desenvolvidas para atingir tais metas e objetivos.
Avaliar o Controle Interno no Nível da
Entidade e o Risco de Fraude
• Entender e avaliar os controles gerais de TI;
• Efetuar procedimentos que nos habilitem
entender o risco de fraude e os 5
componentes de controle interno (Ambiente
de controle, Avaliação de risco, Atividades
de controle, Informação e comunicação e
Monitoramento).
Componentes de Controle Interno
• Ambiente de controle – influencia a consciência de
controle dos funcionários. É a base para os demais
componentes;
• Avaliação de risco – identificação e análise dos riscos
relevantes para o alcance dos objetivos;
• Informação e comunicação – identificação, alcance e
troca de informações de tal forma e em tempo hábil para
permitir aos
funcionários a execução de suas
responsabilidades;
• Atividades de controle – políticas e procedimentos que
asseguram que as diretrizes da gerência são seguidas;
• Monitoramento – processo que avalia a qualidade do
controle interno ao longo do tempo.
Controles de TI
• São controles gerais e de aplicativos que processam
transações e armazenam informações relativas a
contas significativas e efetuam atividades de
controle ou produzem informações importantes para
atividades de controle (edição, validação e balanço)
das contas significativas.
• Esses controles visam assegurar que todas as
mudanças nos aplicativos foram devidamente
autorizadas, testadas e aprovadas antes de serem
implementadas e assegurar que somente pessoas e
aplicativos autorizados têm acesso às informações.
Desenvolver a estratégia
preliminar de auditoria
• Efetuar um análise geral das informações
financeiras e não financeiras;
• Determinar a Materialidade Planejada (MP), o Erro
Tolerável (ET) e o Sumário de Diferença de
Auditoria (SDA);
• Identificar contas significativas ou grupo de contas;
• Identificar os processos que influenciam as contas
significativas;
• Determinar uma estratégia para entender e avaliar os
processos significativos;
• Estabelecer o escopo preliminar de auditoria.
Entender e avaliar os processos
significativos e respectivos controles
• Obter
um
entendimento
dos
processos
significativos;
• Identificar os tipos de erros que poderiam ocorrer;
• Decidir se nós planejamos identificar, entender e
avaliar os controles sobre os processos
significativos;
• Identificar e entender os controles existentes para
prevenir ou detectar e corrigir erros;
• Avaliar preliminarmente a eficácia dos controles
identificados;
• Decidir se nós testaremos e depositaremos confiança
adicional nos controles identificados.
Efetuar testes de controle
• Determinar e executar testes de controles;
• Avaliar os resultados de nossos testes de controles;
• Determinar se operaram como nós entendemos que
deveriam operar;
• Determinar se foram aplicados durante todo o período;
• Determinar se foram aplicados tempestivamente;
• Determinar se incluíram todas as transações aplicáveis;
• Determinar se foram baseados em informações confiáveis;
• Determinar se resultaram em correções tempestivas dos
erros identificados pelos controles testados.
Tipos de testes de controle
Devemos realizar os testes de controle por
meio de:
• Indagação;
• Observação;
• Inspeção física da evidência;
• Efetuar novamente o controle (se
necessário).
Teste substantivo
Ativo
• Caixa
e
bancos
–
circularização,
reconciliação, cutoff e valoração.
• Contas a receber – validação com o relatório
de clientes, circularização, validação do
critério de PCLD, AVP, recebíveis em outras
moedas e lançamentos não usuais.
• Estoques – observação do estoque físico,
circularização do estoque em poder de
terceiros, conciliar os relatórios com o
contábil, inventário e valor realizável líquido.
Teste substantivo
Ativo
• Intercompany – verificação do saldo,
circularização, valoração para transações
em moedas estrangeiras, cutoff e PCLD.
• Imobilizado/Intangível – validação com o
relatório de bens, teste de adições e baixas,
correta contabilização de leasing e
manutenções, teste da depreciação e
impairment.
Teste substantivo
Passivo
• Contas a pagar – validação do saldo com o
relatório, movimentações não usuais, cutoff,
passivos não provisionados, circularização de
fornecedores e valoração de transações em moeda
estrangeira.
• Provisões – confirmação do lançamento na
competência e valor correto, circularização de
advogados e busca por passivos não provisionados.
• Patrimônio líquido – conciliação com a DMPL,
verificação das atas de reunião e minutas, termos de
stock options, dividendos propostos e checar quem
são os acionistas (majoritários e percentual de
minoritários).
Teste substantivo
Resultado
• Receita/Vendas – revisão analítica e a
contabilização da Receita na correta
competência.
• CMV – comparação com a venda realizada no
período, buscando por valores que fogem a
expectativa.
• Despesas em geral – corroborar o montante
lançado na despesa com os valores calculados
nas respectivas áreas (ex.: depreciação,
despesas
com
vendas,
distribuição,
administrativas e financeiras).
Conclusão
• Considerar o valor determinado como nossa
MP;
• Reconsiderar as avaliações dos controles
internos e o risco de fraude;
• Analisar e quantificar diferenças de
auditoria;
• Efetuar uma revisão analítica final das
demonstrações financeiras.
Conclusão
• Das diferenças encontradas considerar se
foram: (i) Erro – relacionado à aplicação
indevida de princípios contábeis, erros
matemáticos, por omissão ou uso incorreto de
fatos existentes; ou (ii) Julgamento –
relacionado à conta sujeita à estimativa
contábil.
• Verificar se as diferenças são, individualmente
ou como um todo, imateriais para
demonstrações financeiras;
• Reunir-se com o cliente para discutir os
resultados da auditoria.
Obrigado!
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Atividades de controle