MAINSTREAM
A Guerra Global Das Mídias E Das Culturas
16. A cultura antimainstream da Europa

Abordagem oblíqua em torno de cinco narrativas:
 Os paradoxos do sucesso do vídeo game francês;
 O retorno dos tchecos à Europa;
 As tensões culturais na Bélgica;
 O papel de Londres e Paris como capitais da música
africana;
 As expectativas europeias da Turquia, entre a
americanização e islamização”.
Literatura

Jonathan Karp
 Cultura Mainstream => Visa principalmente a
publicação de best-sellers ou autores desconhecidos
com grandes potenciais
 Trabalhou na Random House durante 16 anos e se
demitiu para trabalhar na Warner books (duas
grandes empresas do ramo editorial)
 São empresas européias, porém a editora Random
House é inteiramente americana
Exportação de conteúdos música,
programas de televisão e filmes

 Europa: maior importador de conteúdos do mundo
 Balança de pagamentos europeia muito deficitária em
matéria de cultura e informação
 Ocupa o segundo lugar na exportação de conteúdos e
diferente dos Estados unidos, tem declínio de 8% ao ano.
 EUA: maiores exportadores de imagens e som – Essas
exportações tem como destinos sobretudo a Europa
 Balança americana amplamente superavitária
 Ocupa o primeiro lugar nas exportações de conteúdo e as
estatísticas mostram que os seus 50 estados avançam cerca
de 10% ao ano.
O sucesso enganador do vídeo
game europeu

 Ubisoft: uma dos gigantes empresas europeias criadora de
vídeo game;
 Ascensão dos jogos na Internet, das assinaturas de produtos
multijogos;
 Ramo “French touch”: as empresas francesas são atualmente as
líderes mundiais;
 Zhabei: um subúrbio do norte de Xangai, uma zona industrial
high tech conhecida como Shanghai Multimedia Valley. Uma
ilustração concreta da transferência das indústrias criativas
européias para a China;
 Extensão chinesa da Ubsoft, Fantasia Animation, Magic
Motion e Game Center: mão de obra incrivelmente barata e ao
mesmo tempo altamente qualificada;
 As empresas ocidentais entregam toda a produção de seus
filmes e jogos às empresas chinesas;
 Os franceses talvez tenham os mais importantes estúdios de
vídeos games, o que no entanto, não é suficiente para
transformá-los em jogos franceses;
 Segundo a Vivendi os jogos são imaginados, desenvolvidos e
comercializados nos EUA.
 Manifestações de Vítimas colaterais das
territoriais de empresas europeias na China.
transferências
Uma cultura pan-eslava na
Europa central?

 Multinacionais alemãs, francesas ou inglesas produzem para o
mercado internacional um entretenimento mainstream
americanizado;
 Cultura comum dos “europeus”:
 Uma cultura nacional fecunda, muitas vezes de qualidade,
às vezes popular, mas que não é exportada; e, diante dela,
uma cultura americana onipresente que constitui o ‘resto’
da cultura.
 A única cultura mainstream comum aos povos europeus passou
a ser a cultura americana;
 A cultura americana avança às custas da cultura europeia e das
‘outras’ culturas, mas não enfraquece muito a cultura tcheca
que vem aumentando a produção de filmes locais e diminuindo
o espaço do cinema americano, porém limitado, pois é
impossível de exportá-los;
 Presidente Klaus aspira reavivar da cultura tcheca;
 Evidentemente, a cultura mainstream na República Tcheca é
americana, e a dos jovens é quase totalmente americanizada.
“Os tchecos sabem fazer filmes para os tchecos, mas só os
americanos sabem fazer filmes para o mundo e para todo mundo”.
A libanização da cultura europeia
 Guerra de trincheiras: entre flamengos e francófonos.
 A população flamenga sequer se interessa pelo que os
francófonos fazem, e vice-versa;
 Aos poucos, a única cultura comum dos belgas tende a se
tornar a americana;
 Toda a cultura mainstream europeia evolui atualmente para
o modelo belga. A cultura americana, graças a essas
divisões, avança inexoravelmente;
 Diplomatas franceses acreditam que suas forças estão na
valorização dos independentes em relação às majors, da arte em
relação ao divertimento.
 Na Europa, com efeito, muitos apostam em nichos na
especialização, recusando a cultura mainstream.
Londres e Paris, capitais da world
música africana

 Indústria pirata próspera na África: “basta um assinante , e mil
famílias são atendidas”
 Toda a vida cultural é organizada em circuitos paralelos:
Televisões com cabos ilegais e venda de CD’s e DVD’s no
mercado negro.
 Produtos culturais são comercializados por vendedores
ambulantes (“salvadores”).
 A Europa continua sendo um ponto de passagem obrigatório
nos fluxos de conteúdos interafricanos.
 Londres e Paris desempenham um papel central nas trocas
culturais, respectivamente na África anglófona e na África
francófona.
 Obstáculos para os artistas africanos:
 Dificuldades para encontrar gravadoras;
 Problemas para realizarem turnês;
 A situação política entre países não facilitam as trocas,
devido a fragmentação do continente africano.
 A partir de Paris é possível alcançar toda a África, ao passo que
não é possível sequer dialogar de um país a outro, com o
vizinho mais próximo quando se está na África;
 Internet um facilitador para esses artistas que encontram
dificuldades em divulgar suas músicas sem depender dos
europeus;
 Brasil: uma capital exógena da África;
 China: investimentos em tecnologia e comunicação.
Nas fronteiras da Europa, da Ásia e do
mundo árabe: a Turquia americanizada:

 Ayse Böhürler é cineasta e documentarista,
 Defende a proteção da cultura turca;
 Semifeminista, critica o entretenimento que utiliza a mulher
como objeto;
 Cultura turca uma cultura ‘space-specifc’.
 CNN Turk: ‘Nós queremos ser compatíveis. (...) Quero dizer, ao
mesmo tempo modernos, americanos, no espírito da época dos
jovens, ao mesmo tempo permanecendo turcos”;
 A televisão, que é um meio de comunicação mainstream, deve
estar no entretenimento. Serve para ultrapassarmos os limites;
 A chegada do divertimento de massa à televisão turca.
 Paradoxalmente, esses grandes grupos de mídia se
desenvolveram ao mesmo tempo que se enfraquecia a cultura
kemalista (nacionalista e elitista);
 Mistura da cultura turca com a americana (músicas e
programas de televisão) mulçumanos consideram isso
moderno;
 O entretenimento se desenvolve com o fim dessa cultura da
elite, extremamente condescendente e paternalista;
 Os turcos “querem mais entretenimento, mais cultura
mainstream”.
 Dificuldade de continuarem a ser turcos;
 Crítica aos estereótipos que o mundo gostaria de ver no
filmes.
Flávia Santos
Lais Mika Wakiyama
Turismo 6º Semestre
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