SEQUÊNCIA DIDÁTICA
“O CARTEIRO CHEGOU”
Objetivo geral
• Exemplificar uma proposta de trabalho
com textos para a alfabetização, que
busca
orientação
histórica,
cultural
nas
e
perspectivas
discursiva
de
linguagem.
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Objetivos específicos
• Identificar e explorar diferentes gêneros textuais.
• Antecipar conteúdo do texto com base no título e
outras pistas deixadas ao longo da leitura.
• Confirmar ou refutar hipóteses, tendo em vista a
construção de sentidos do texto.
• Produzir inferências que contribuam para ampliar
a compreensão dos textos.
• Relacionar o texto que está sendo lido a outros
textos.
• Avaliar, criticamente, os textos lidos.
• Participar das interações cotidianas em sala de
aula, expondo opiniões, sentimentos, ideias.
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Objetivos específicos
• Relatar experiências pessoais.
• Aprender a planejar a escrita e produzir textos,
considerando a situação de produção (o que
dizer, para quem e para que dizer).
• Formular e expressar (oralmente, graficamente e
por escrito) uma reflexão a respeito das
mudanças e das permanências identificadas nas
maneiras de trabalhar e/ou nas práticas dos
trabalhadores, ao longo do tempo e em diferentes
lugares.
• Conhecer e fazer uso de letras que representam
sons idênticos em contextos idênticos (X e CH).
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Conhecimentos
• Leitura de textos em diferentes gêneros textuais;
• Intertextualidade;
• Produção de textos orais e escritos;
• O trabalho do carteiro ao longo do tempo e em
diferentes lugares;
• Letras que representam sons idênticos em
contextos idênticos (X e CH).
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A. CONVERSA INICIAL
• Você já observou que a escrita é utilizada em
várias situações do nosso dia a dia? Em que
situações a escrita é utilizada?
• A escrita também é utilizada para conversarmos
com as pessoas. Você sabe como fazemos para
conversar com as pessoas, usando a escrita?
• E antigamente, como as pessoas que moravam
longe faziam para se comunicar?
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Agora, vejam a cena:
• O que este senhor está
fazendo?
• Qual é a profissão dele?
• Como ele está vestido? Por
que ele está vestido dessa
maneira?
• O que ele carrega nas mãos?
• Em que lugar ele está?
• Onde ele trabalha?
• Quem mais usa o serviço dos
correios, as “pessoas” ou as
empresas?
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• O carteiro é um profissional muito
importante que leva as correspondências
que as pessoas ou empresas enviam
para diferentes destinatários. Hoje nós
vamos ler um livro que conta uma
história sobre o dia de um carteiro. O
nome do livro é “O carteiro chegou”.
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B. CONHECENDO OS AUTORES DA
HISTÓRIA
Janet & Allan Ahlberg escreveram o livro “O carteiro chegou”.
Allan Ahlberg nasceu em 5 de junho de 1938, na cidade de Londres –
Inglaterra. Estudou para ser professor, mas não atuou na profissão. Casouse com Janet. Juntos Allan e Janet começaram a escrever para crianças.
Ele escrevendo e ela ilustrando. Em 1994 Janet faleceu. Apesar disso Allan
continuou escrevendo para crianças. É importante dizer que o livro foi
traduzido do inglês para o português. A seguir, a capa da versão do livro
em inglês.
•
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C. ANALISANDO AS CAPAS
• Vejam a capa do livro
publicado em inglês.
• Quem será este homem
na capa do livro?
• Onde ele está?
• O que ele faz ali?
• Há alguma semelhança
entre este homem e o
carteiro da fotografia?
Qual(is)?
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Agora, observem a capa do livro
em português:
 Quem aparece lendo
cartas?
 Você conhece esses
personagens?
 A partir da imagem da
capa do livro e o título,
que
inferências
podemos realizar?
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D. LEITURA DO LIVRO
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Na primeira carta que o carteiro entregou
há uma palavra com esse som. Qual é a
palavra?
Realizar a leitura da 1ª correspondência
entregue pelo carteiro e discutir com os
alunos:
o
que
levou
“Cachinhos
dourados” a escrever para o Sr. e a Sra
urso?
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Assim, é preciso observar que algumas palavras na Língua
Portuguesa podem ser grafadas com diferentes letras sem
alterar a pronúncia ou o sentido, como “chá” e “bruxa”;
entretanto, nosso sistema de escrita também é regulado
pela ortografia que fixa e normatiza a escrita das palavras.
Portanto, é necessário, sempre que tivermos dúvidas na
escrita de determinadas palavras, buscarmos a ajuda de
alguém ou o uso do dicionário para não incorrermos em
erro na escrita dessas palavras. [Para o professor: Segundo
Cagliari (1998, p. 123) “saber que a ortografia congelou o
modo de escrever as palavras ajuda muito os alunos a não
tentar fazer do alfabeto uma transcrição fonética e a
perceber que a fala segue as variações dialetais,
neutralizadas na escrita pela ortografia”].
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Para entendermos a carta, é necessário
saber o que aconteceu antes e conhecer
a história da menina dos Cachinhos
dourados...
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Era uma vez, uma família de ursinhos; o Pai Urso, a Mãe Urso e o Pequeno Urso. Os três
moravam numa bela casinha, bem no meio da floresta.
O Papai Urso, o maior dos três, era também o mais forte, muito corajoso e tinha uma voz
bem grossa. A Mamãe Urso era um pouco menor, era gentil e delicada e tinha uma voz meiga. O
Pequeno Urso era o menorzinho, muito curioso e sua voz era fininha.
Certa manhã, ao se levantarem, Mamãe Urso fez um delicioso mingau, como era de
costume. Porém, o mingau estava muito quente.
Sendo assim, mamãe Urso propôs que fossem dar uma voltinha juntos pela floresta,
enquanto o mingau esfriava. E assim fizeram. Mamãe Urso deixou o mingau em suas tigelinhas,
esfriando em cima da mesa e os três ursos saíram pela floresta.
Enquanto eles estavam fora, apareceu por ali uma menina de cabelos loiros cacheados, era
conhecida como Cachinhos Dourados. Ela morava do outro lado da floresta, num vilarejo, e tinha
o mau hábito de sair de casa sem avisar seus pais. Quando se aproximou da casinha dos ursos, já
muito cansada de tanto andar, resolveu bater na porta. Bateu, bateu, mas ninguém respondeu.
Assim, ao perceber que a porta estava apenas encostada, resolveu entrar. Ao entrar, se
deparou com uma mesa forrada com uma bela toalha xadrez e em cima da mesa havia três
tigelinhas de mingau.
Como estava com muita fome, e não viu ninguém na casa, resolveu provar a iguaria. Provou,
então, o mingau da tigela maior, mas achou-o muito quente. Provou o da tigela do meio e achou-o
muito frio. Provou o mingau da tigelinha menor e achou-o delicioso, não resistiu e comeu-o todo.
Após comer o mingau, Cachinhos Dourados foi em direção à sala. Lá encontrou três
cadeiras, como estava muito cansada, resolveu sentar-se. Achou a primeira cadeira muito grande e
levantou-se a seguir. Sentou-se, então, na cadeira do meio, mas achou-a desconfortável e ainda
grande demais. Sentou-se na cadeirinha menor e achou-a muito confortável e num bom tamanho.
Porém, sentou-se tão desajeitadamente que a quebrou.
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Ainda cansada, Cachinhos Dourados resolveu subir as escadas.
Encontrou um quarto com três caminhas, uma grande, uma média e uma pequena.
Tentou deitar-se na cama maior, mas achou-a muito dura. Deitou-se na do meio e achou-a macia
demais. Deitou-se na menor e achou-a muito boa. Estava tão cansada que não resistiu e acabou
pegando no sono.
Enquanto ela dormia, os ursinhos voltaram do passeio. Foram logo à cozinha para tomar o
mingau, que era o café da manhã. Estranharam a porta aberta, e logo perceberam que alguém
havia estado ali.
__Alguém mexeu no meu mingau! - rosnou o Papai Urso.
__Alguém comeu do meu mingau! – disse brava a Mamãe Urso.
__Alguém comeu todo o meu mingau! –gritou o Pequeno Urso.
Os três ursos se dirigiram para a sala. Papai Urso olhou para sua cadeira e exclamou:
__Alguém sentou na minha cadeira!
Mamãe Urso, com sua voz, já não tão meiga, reclamou:
__Alguém também sentou na minha cadeira!
O Pequeno Urso, chorando, queixou-se:
__Alguém quebrou a minha cadeirinha!
Os três subiram as escadas, e foram em direção ao quarto. Papai Urso olhou para sua cama e
perguntou:
__Quem deitou na minha cama?
Mamãe Urso olhou para sua cama e disse:
__Alguém esteve deitado na minha cama e deixou-a bagunçada!
O Pequeno Urso, muito bravo, gritou:
__Alguém está deitado na minha caminha!
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Cachinhos Dourados acordou com o grito de Pequeno Urso.
Ficou muito assustada ao ver os três ursos bravos olhando para
ela.
Seu susto foi tão grande que em um só pulo saiu da cama e
já estava descendo as escadas. Mal deu tempo para que os ursos
piscassem os olhos.
Num segundo pulo, Cachinhos Dourados pulou a janela e saiu
correndo pela floresta, rápida como o pensamento.
Depois desse enorme susto a menina aprendeu a lição,
nunca mais fugiu de casa, muito menos entrou em casa de
ninguém sem ser convidada.
Mais em:
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1) Discuta os fatos que motivaram a menina dos “Cachinhos dourados” a
escrever a carta ao Sr. e a Sra. Urso.
2) Na carta, Cachinhos Dourados fala que gostaria muito que o ursinho fosse à
festa dela. Se o Sr. e a Sra. Urso respondessem à carta, como você imagina
que seria a resposta deles? Escreva.
3) Pensando em festa, imagine que a festa é sua, faça uma lista de guloseimas
que você serviria e traga a receita de uma das guloseimas para a sala.
Definiremos, com a turma, qual receita faremos na escola. [A partir da
realização da receita, trabalhar conceitos matemáticos.]
4) A segunda parada do carteiro foi na casa da bruxa, lá ele entregou um
encarte. Observe-o:
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Sobre o que tratava
o encarte que a
bruxa recebeu?
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5) Observe este outro encarte:
a. Que produto está
sendo vendido?
b. Onde eles estão?
c. Por que um dos
homens está caído no
chão?
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6) Agora é a nossa vez de produzirmos um
encarte. Que tal fazer um encarte para
vender a guloseima que fizemos na
escola? Capriche, pois iremos expor no
mural do pátio.
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7) Na casa do gigante, o carteiro entregou
um cartão postal.
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8) Quem enviou o cartão postal para o gigante? E você, já recebeu algum?
9) Traga um cartão postal de uma cidade brasileira para socializarmos na
turma. Depois iremos ao laboratório de informática para, no Google maps,
conhecer essa cidade.
10) Agora, escreva para um amigo usando o cartão postal abaixo:
______________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
__________________
•
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11) No castelo da Cinderela, o carteiro levou uma
proposta de produção de um livro. Vamos
conhecer como se produz um livro fazendo uma
visita a uma gráfica.
12) A próxima casa visitada foi a da vovozinha.
Para quem era a carta?
13) Qual era o assunto da carta que o carteiro
entregou para o lobo? Escreva.
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14) A última correspondência foi entregue
na casa de Cachinhos Dourados. Era
um cartão de aniversário.
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15) Quem enviou o cartão de aniversário
para Cachinhos Dourados?
16) O cartão que Cachinhos Dourados
recebeu era parecido com o do gigante?
Em que eles pareciam? Em que eles eram
diferentes?
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17)
Quando
o
carteiro
chegou,
ele
foi
convidado a participar da festa de Cachinhos
Dourados. Veja quem mais estava na festa:
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18) Se a festa fosse sua, quem você convidaria? Faça a lista de
convidados.
19) Traga para a sala um cartão de aniversário, depois produziremos
um para os aniversariantes do mês.
20) E você, já recebeu ou escreveu uma carta/correspondência para
alguém? Quem? Para quê?
21) Para quem você gostaria de escrever? Qual seria o assunto da
carta? Depois de escrever, iremos ao correio colocar a carta e
conhecer o trabalho das pessoas que trabalham lá.
22) Além do carteiro, que outras profissões você conhece?
23) Escolha uma profissão e faça uma pesquisa sobre a função
desse profissional, a importância desse profissional para a
sociedade, se possível, faça uma entrevista com alguém que
exerça essa função e traga a pesquisa para socializar com os
colegas da turma.
24) No livro, o carteiro usa como meio de transporte a bicicleta. Que
outros meios de transportes existem? Vamos cortar e colar
imagens desses meios de transportes e fazer um mural na sala.
25) Traga para a sala rótulos de alimentos que são fabricados em
outros estados e vamos explorar, no mapa, caminhos que o
transporte pode ter feito.
E. DOS TEXTOS ÀS UNIDADES MENORES DA
LÍNGUA: COMPREENDENDO A ESCRITA
1) Como vimos, a última a ser visitada pelo carteiro
naquele dia foi Cachinhos Dourados. Por que
será que o nome dela era esse?
2) Veja como escrevemos “cachinhos”. Por que não
podemos escrever essa palavra com “x”?
3) Já vimos anteriormente que o som [ʃ] pode ser
escrito com as letras –ch e –x:
4) Na história, há várias palavras escritas com CH.
Escreva-as. Após escreva aquelas escritas com
X:
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CH
CHEGOU
CHÁ
FECHADA
CHEGAR
CHAMADA
CHAMPAGNE
CHAPEUZINHO
CACHINHOS
X
BRUXA
BRUXARIA
LAGARTIXA
BRUXEDO
BRUXO
BAIXINHO
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5) Você conhece outras palavras que
devem ser escritas com “ch”? E com
“x”? Escreva-as no quadro:
Palavras com CH
Palavras com x
CHUVA, CHUVEIRO,
CHATO, CHAMINÉ
CHOCOLATE,
CHEIRO
XADREZ,
PAIXÃO
LIXO,
LIXEIRA,
XAROPE,
CAIXA
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6) Leia em voz alta as palavras dos quadros,
comparando a pronúncia das palavras.
7) O que você percebe de comum na pronúncia das
palavras escritas com CH e com X? (Representam
o mesmo som).
a) O que se pode concluir a respeito do uso do CH
ou de X na escrita dessas palavras? (O som /X/
em algumas palavras é representado pelo CH,
em outras pela letra X). Lembre-se do que
estudamos quando comparamos a escrita de
“chá” e “bruxa” (VOLTAR À QUESTÃO DA
ORTOGRAFIA COLOCADA ANTERIORMENTE).
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8) Circule nas palavras abaixo a parte que se repete.
• Caixa – encaixa
• Graxa – engraxa
• Chave – chaveiro
• A parte que se repete indica que uma palavra deu origem
a outra. Assim, podemos dizer que uma palavra derivou da
outra.
9) Pesquise em jornais e revistas palavras escrita com X e
com CH. Cole as palavras encontradas no caderno. Na
sala de aula, com a ajuda do seu professor, monte um
painel com todas as palavras que foram encontradas pela
turma para discutir as ocorrências dessas letras em
relação à posição.
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• Observação: No painel poderão surgir os
seguintes casos:
• enxada, enxergar, enxurrada, enxoval, enxuto –
nesses casos levar os alunos a observarem que
após as letras EN, o som /Xe/ é geralmente
representado pela letra X
• enchente e encharcado – nesses casos levar
os alunos a observarem que, se as palavras
originais eram grafadas com CH, mantém-se a
grafia nas derivadas (encher e charco)
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