PUIC 2009 - JUNIC 2010
AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES
DE MEDICINA
Gustavo Simiano Jung
Medicina – 11 fase
UNISUL
Introdução
• Conceitos
• Histórico
• Tendências Atuais
Introdução
• Problemas Relacionados
• Importância do Estudo
Objetivos
“Avaliar a prevalência de automedicação entre os estudantes
universitários do curso de medicina de uma universidade do Sul
do Brasil, avaliando os fatores associados a essa prática, como
forma de ampliar o conhecimento sobre o assunto na literatura
científica”.
Métodos
• População do estudo
• Seleção da Amostra
• Método de Avaliação
Métodos
• Variáveis
1.1 Variáveis demográficas (idade, gênero, estado civil, semestre ao
qual estava cursando, profissão dos pais),
1.2 Variáveis comportamentais e de saúde (dados antropométricos,
autoavaliação de saúde, atividade física, número de consultas
médicas no ano anterior, internação hospitalar nos últimos seis
meses, convênio médico, presença de doença aguda e crônica) e
dados sobre uso de medicamentos (relação dos medicamentos
utilizados nos últimos três meses e de uso contínuo, indicação clínica,
forma de aquisição, se uso por prescrição médica ou automedicação
e ocorrência de reações adversos à medicamentos).
Métodos
1.2 Socioeconômicas (grupo étnico, renda familiar mensal),
1.4 Dados sobre uso de medicamentos (relação dos medicamentos
utilizados nos últimos três meses e de uso contínuo, indicação
clínica, forma de aquisição, se uso por prescrição médica ou
automedicação e ocorrência de reações adversos à
medicamentos).
Métodos
• Análise estatística
1.1 EpiData
1.2 SPSS 16.0
Resultados e Discussão
Tabela 1: Características sociodemográficas e clínicas dos universitários e sua associação com a automedicação.
Características
n(%)
Automedicação
p
n = 53 (66,2%)
Idade em anos
≤ 22
25 (31,3)
22 (33,8)
> 22
55 (68,8)
43 (66,2)
Profissionais de saúde
22 (27,5)
16 (24,6)
Não profissionais de saúde
55 (68,7)
49 (75,4)
≤ 13
38 (57,6)
30 (55,6)
>14
28 (42,4)
24 (44,4)
Sim
55 (68,75)
43 (66,2)
Não
25 (31,3)
22 (33,8)
Sim
16 (20,0)
13 (20)
Não
64 (80,0)
52 (80)
0,9
Profissão pais
0,1
Renda Familiar
0,5
Convênio médico
0,2
RAM
0,6
Resultados e Discussão
Percepção dos entrevistados em relação à própria saúde
Resultados e Discussão
• A prevalência de automedicação entre os estudantes no presente
estudo foi de 66,7 %, o que contrasta com os resultados dos
estudos de Loiola Filho et. al (2002) e Ogawa et. al (1998) que
apresentaram prevalência de automedicação de 26,7% e 48,6 %
respectivamente.
• A maior parte dos entrevistados no presente estudo se
autoavaliaram como portadores de boa condição de saúde,
contrastando com o elavado índice de automedicação apresentado
no estudo. Loiola, de maneira similar, reportou dados de influência
negativa entre melhor autopercepção sobre o estado de saúde
atual e automedicação.
Resultados e Discussão
• Beckerleg et al, (1999), bem como Vilarino et al. (1998) mostraram
que o hábito de automedicação esta associado a presença de sinais
e sintomas menores, sendo que doenças crônicas e doenças mais
graves levaram ao uso de medicamentos prescritos por profissional
médico, o que pode explicar a relação entre melhor percepção do
estado de saúde e automedicação.
Resultados e Discussão
• 32,5% dos entrevistados, afirmaram serem usuários de
medicamentos de uso contínuo
• 75% haviam utilizado medicamentos para tratamento de doença
aguda nos últimos três meses.
Resultados e Discussão
Percentual de medicamentos utilizados segundo classificação ATC
Resultados e Discussão
• De maneira semelhante a estudos conduzidos em países
desenvolvidos e no Brasil, os medicamentos atuantes no sistema
nervoso, segundo a classificação ATC, dentre os quais se destacam
os analgésicos comuns e os antitérmicos, foram os medicamentos
mais utilizados pela população em estudo, apresentando nesse
estudo, prevalência de 42,2.
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
• Do total de 136 medicamentos utilizados, 1,7 por entrevistado,
foram cumpridas as orientações de uso e a duração do tratamento
em 69,9% dos casos, independente de indicação médica para o uso.
Conclusão
• Automedicação é uma prática extremamente prevalente entre os
estudantes universitários do curso de medicina, e que a
importância da automedicação como uma forma de aliviar a carga
sobre o sistema público de saúde, se mostra irracional, já que
dentre os praticantes da automedicação, a grande maioria faz uso
de sistemas privados de saúde.
• Novos estudos, com diferentes tipos de delineamento, ainda
parecem ser necessário para caracterizar o padrão do uso de
medicamentos na sociedade e poder inferir os reais fatores
influenciadores dessa prática, para que assim possamos traçar
medidas eficazes no combate à prática de automedicação.
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