COMO SURGIU O PROFESSOR Pesquisa ACADEMICAS: Jéssica Bruna Fagundes "O professor precisa assumir a responsabilidade do processo de ensino e aprendizagem" Começa-se por falar de ensino a partir do século XVI. Começou a cargo das congregações religiosas, com especial destaque para os jesuítas A educação oficial no Brasil começa em 15 de outubro de 1827, com um decreto imperial de D. Pedro I, que determinava que "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". É por causa desse decreto, inclusive, que o Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. A data, contudo, só foi oficializada em 1963. Apenas famílias ricas tinham condições de contratar professores para educar seus filhos. Esses profissionais ou atuavam em escolas privadas ou vendiam conhecimento de forma independente. Apenas a partir dos anos 30, com o surgimento dos grupos escolares, foi que o ensino público gratuito passou a se organizar e atender mais alunos. Nessa época, o poder público passou a se responsabilizar efetivamente pela educação das crianças. Sabia que nem sempre o ensino no Brasil foi organizado com um professor à frente do quadro negro e crianças em fileiras? Até a primeira metade do século XIX, o método era o monotorial: o professor ensinava o conteúdo a alguns alunos, que tinham mais facilidade em aprender o conteúdo. Esses alunos, os monitores, repassavam o conhecimento aos outros alunos que tinham mais dificuldades. A primeira escola de formação de professores em nível médio, na modalidade normal, para o ensino de alunos da Educação Básica data de 1835. Depois disso, poucas instituições de formação foram criadas. Só no início do século XX, por volta dos anos 30, os primeiros cursos de licenciatura para formação superior de professores foram estruturados. Mesmo assim, apenas nos grandes centros urbanos da época. Sabemos que a função do professor está muito além de transmitir conhecimento. Até porque nossos alunos não são robôs para assimilar uma aula de um computador. Obviamente aprenderão algo, mas quem estará lá para estimulá-los, para despertar em cada um deles a curiosidade, a vontade de buscar respostas? Quem irá incitá-los e encorajá-los para a busca do conhecimento? É claro que somente o professor poderá exercer tal atividade. A cada época a sociedade muda alguns valores, costumes, conceitos e é nessa mudança que entra também a figura do professor/educador. Pois sabemos que hoje o professor tem que ser bem mais versátil e que aquele professor de antigamente não tem mais espaço nessa nova sociedade. Terá bem mais êxito aquele professor que está aberto a essas novas mudanças, ao professor flexível e, sem dúvida, que adere a essa palavra chave: versatilidade. Quem diria que pedagogo, na Grécia Antiga, era o escravo que acompanhava as crianças, ou uma espécie de preceptor, de aio encarregado apenas pela educação doméstica das crianças de famílias nobres ou ricas!