1 D. QUE PROBLEMAS CARACTERIZAM A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA? 2 Impactos do declínio da fecundidade O índice sintético de fecundidade passou de 3,2 em 1950 para 1,36 em 2011, abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher. Portugal não consegue renovar as gerações, o que constitui uma situação problemática para o País. Na população absoluta e na estrutura da população No ano de 2060, a população absoluta estimada é de 10 364,2 milhares de indivíduos. A população residente em Portugal poderá continuar a aumentar até 2034, atingindo 10 898,7 milhares de indivíduos, ano a partir do qual os efetivos populacionais diminuirão. Entre 2011 e 2060, a proporção de jovens diminuirá (de 15,2 % para 11,9 %), bem como a percentagem da população em idade ativa (de 66,8 % para 55,7 %). Estrutura etária em Portugal em 2011 e projeção para 2060. 3 Impactos do declínio da fecundidade No contexto europeu O decréscimo da fecundidade é um problema que afeta todos os países da União Europeia. Portugal, Hungria e Letónia registam o índice sintético de fecundidade mais baixo do espaço comunitário. Nenhum país da União Europeia assegura a renovação de gerações. Índice sintético de fecundidade nos países da União Europeia, em 2009. 4 O envelhecimento da população Projeções para 2060 • A população terá cerca de 3350 milhares de idosos, 32,3 % da população absoluta. • Residirão em Portugal 271 idosos por cada 100 jovens. • Os efetivos com 80 e mais anos de idade poderão atingir valores próximos de 15 %, pelo aumento da esperança média de vida. • A ocorrência de saldos migratórios positivos não será suficiente para contrariar o envelhecimento demográfico. 5 Consequências do envelhecimento da população Aumento do índice de dependência de idosos e mais encargos sobre a população ativa. Problemas do sistema de Segurança Social com o aumento do número de reformados e pensionistas e com a assistência médica aos idosos. Diminuição da população ativa conduz a uma redução na produção de riqueza do País. Diminuição do espírito de dinamização e inovação. Redução da natalidade, uma vez que estão a diminuir os escalões etários onde a fecundidade é mais elevada. 6 Nível educacional no contexto europeu A escolarização dos Portugueses situa-se em níveis inferiores aos da média da União Europeia. Em Portugal, apenas 35 % da população entre os 25 e os 64 anos terminou o ensino secundário, o que coloca o País entre os que registam as mais baixas taxas de escolarização. População entre os 25 e os 64 anos que completou pelo menos o ensino secundário, na União Europeia, em 2011. 7 Nível educacional por regiões A maioria da população com ensino secundário completo reside nas regiões de Lisboa, Norte e Centro. Distribuição da população com ensino secundário e com ensino superior completos, por NUT II, em 2011. Uma distribuição semelhante ocorre com a população que completou o ensino superior. População com ensino secundário e com ensino superior completos, por NUT II, em 2011. 8 Nível educacional por regiões O reduzido nível educacional resultante das baixas taxas de escolarização tem como consequência: Iliteracia Baixa formação profissional Baixa qualificação profissional Analfabetismo funcional Consequências do baixo nível educacional Desigualdades regionais 9 Características do emprego em Portugal A taxa de emprego tem vindo a diminuir desde o início do século, especialmente desde 2008, em resultado das dificuldades que afetam a economia. A maioria da população trabalha por conta de outrem, facto que se tem acentuado nos últimos anos, ao invés dos trabalhadores por conta própria que têm vindo a diminuir. A tendência é para a alteração do tipo de trabalho e das condições em que é realizado. Nos últimos dez anos, aumentou o nível de escolaridade da população empregada. Trabalhadores por situação na profissão principal e por nível de escolaridade completo. 10 Características do emprego em Portugal A taxa de desemprego tem aumentado nos últimos anos, com as seguintes características: • Desemprego mais elevado nas mulheres do que nos homens; • Atinge todos os estratos etários, sendo os mais jovens os que mais sentem o problema; • População com menos escolaridade é aquela onde se regista maior número de desempregados; • Agravamento na situação dos desempregados de longa duração e dos que procuram novo emprego;