Sexo e Destino
{Jul 10, 2013 - Cap. 1 ao 5
“O amor é a essência do Universo.
As criaturas nascem para aprender a
amar; o sexo é legado sublime e o lar é
refúgio santificante.
Amor e sexo plasmam responsabilidades
naturais na consciência de cada um,
e ninguém lesa alguém afetivamente
sem reparações”
Emmanuel
SEXO E DESTINO - CONTEÚDO DOUTRINÁRIO
• Que efeito terão para o Espírito imortal,
em suas vidas futuras, suas experiências
sexuais e sua conduta quando encarnado?
• Nesta obra encontramos as respostas a
esta e a outras indagações relativas ao
relacionamento sexual humano.
• Constituem temas deste livro:
− Sexo e destino, amor e consciência,
liberdade e compromisso, culpa e resgate,
lar e reencarnação, homossexualismo,
poligamia, divórcio, inibições físicas e
crimes sexuais
Todos estes temas, portanto, são analisados sob o foco da
Espiritualidade, em especial da Lei de Ação e Reação.
Personagens do Livro
André Luiz:
Pedro Neves:
Beatriz :
Marina:
Nemésio Torres :
Felix:
Cláudio Nogueira:
Marita:
Márcia:
Aracélia :
Gilberto Torres:
Moreira:
Sr. Salomão:
Autor do livro
Pai de Beatriz
Esposa de Nemésio Torres e mãe de Gilberto
Filha de Cláudio e Márcia
Marido de Beatriz e pai de Gilberto
Mentor espiritual ligado ao grupo
Marido de Márcia e pai de Marina e Marita
Filha de Cláudio e Márcia
Mulher de Cláudio
Mãe biológica de Marita
Filho de Nemésio e Beatriz
Obsessor de Cláudio
Farmacêutico
Capítulo 1
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André Luiz refletia que muitos após a desencarnação, sofrem o desencanto
de todos os que esperavam pelo céu teológico, fácil de granjear.
Exigimos resposta afirmativa aos absurdos da
fé convencionalista e dogmática que reclama a
integração com Deus para si só, excluindo,
pretensiosamente, da Paternidade Divina, os que
não lhe comunguem a visão acanhada.
 Tais reflexões surgiram ao reparar que um companheiro em “Nosso Lar”,
Pedro Neves, trabalhador infatigável no auxílio ao próximo, humilde e
lúcido, jamais demonstrou cansaço nos seus empreendimentos socorristas.

Ele foi à esfera física para atender a necessidades de ordem familiar, e
desde então mostrava-se arredio, desencantado e isolado.
Vale a pena pensarmos na influência emocional que mantemos,
mesmo despois de partimos, e como essa ligação continua nos
afetando onde quer que estejamos.
Capítulo 1
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Neves havia desencarnado há 40 anos, deixando a esposa (Enedina)
ainda jovem e três filhos pequenos. Enedina casou-se pela segunda vez
e seu novo esposo, muito astuto, multiplicou rapidamente, e de forma
duvidosa, os bens que deixara.
Sua esposa, antes uma pessoa muito simples, se apaixonou pelas
comodidades, gastando o tempo terrestre em esbanjamentos e
desperdícios, até chegar às derradeiras viciações, nos desvarios do sexo.
Enedina já havia desencarnado, há 10 anos, acometida pela icterícia,
decorrente do excesso de bebida alcoólica.
Neves tentou todos os processos de socorro à esposa, porém a mesma
encontra-se escravizada as forças que a recolheram e com as quais se
consorciou levianamente. Não havendo outro recurso seão esperar,
esperar.
Temos muita dificuldade em desocupar o lugar familiar,
bem como entender o uso do livre arbítrio pelo companheiro(a)
e o destino dos filhos.
Capítulo 1
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Seus dois filhos, Jorge e Ernesto, fascinados pelo
delírio do dinheiro fácil se animalizaram, esquecendo
completamente o lado espiritual da vida, ensinado por
Neves. Atualmente, em idade madura, são
negociantes abastados e inescrupulosos e nem
registram minha lembrança.
A filha Beatriz, com quase 50 anos, permaneceu
ligada ao pai, pelos laços do espírito. Foi a única que
manteve-se fiel aos princípios morais que ele lhes
legara.
Beatriz encontra-se agora com câncer e à beira da morte. Além disso,
outros problemas envolvendo seu marido e seu único filho, a estão
atormentando. Ela lembrava do pai com muito amor.
Observemos que quando partimos, nossa família poderá vir a receber
a influência de outras pessoas. Caso não estejam bem preparados
poderão se perder facilmente.
Capítulo 2
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André dispôs-se a ajudar o amigo, e juntos rumaram para a crosta
em direção à casa da filha de Neves.
Chegando lá encontraram Beatriz repousando, extremamente abatida
e demostrando enorme cansaço. Um enfermeiro espiritual (Amaro)
guardava-lhe a cabeceira.
Capítulo 2

Beatriz estava com os olhos serrados,
pois experimentava dores agudas.
Neves aplicou flúidos para aliviar as
dores da filha.
Com profunda sensibilidade
mediúnica, não percebia a presença do
pai, mas lembrava da ternura do
genitor e reco-nectava-se com a
ingenuidade infantil. Lágrimas vinham
a sua face e chamava pelo pai.
Nesse momento, uma jovem encarnada aparentando 20 anos, entrou.
tomou-lhe o pulso e aplicou-lhe um anestesiante injetável. A doente não
esboçou reação face ao auxílio magnético ter-lhe insensibilizado os centros
de força. Em seguida a moça sentou-se em uma poltrona de vime, próxima
à janela.

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Apesar de estarmos conscientes na vida espiritual, enquanto ainda não
estamos preparados emocionalmente para entender o processo evolutivo,
temos dificuldade de lidar com a dor dos que amamos, desequilibrando-nos.
Capítulo 2
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Neves informou a André que aquela moça se chama Marina.
É contadora do escritório de seu genro e que, a pedido dele,
desempenhava ali funções de enfermeira improvisada.
André aproximou-se da moça e percebeu, espantado, que formaspensamento denunciavam uma realidade interna muito diferente da
aparência externa.
Quadros vivos,
surgiam em sua tela
mental, e estampavam suas lembranças da noite anterior
ao lado de um
homem maduro.
Capítulo 2
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Repentinamente,
Marina mudou a tela
mental para outro
homem, tão jovem
quanto ela.
Via-se nos mesmos
lugares em
companhia dele e
juntos teciam
sonhos...
Marina revelava a condição de uma mulher dividida entre o carinho de
dois homens, demonstrando ao mesmo tempo medo e arrependimento.
Neves se revoltou com os quadros mentais da moça. Aqueles homens
que apareciam nas lembranças da moça, eram respectivamente seu
genro (Nemésio) e neto (Gilberto), ou sejam, o marido e filho de Beatriz.
Capítulo 3
Reflexões de Neves:
“Após a desencarnação, achamo-nos na
segunda fase da própria existência e ninguém,
na Terra, imagina as novas condições que nos
tomam de assalto... De começo, renovamos
a vida... Equipes salvadoras, apoio na prece,
estudo das vibrações, escola da caridade.
Ensaiamos, felizes, o culto dos grandes
sentimentos humanos.”
“Depois, quando trazidos, de retorno, ao trabalho mais íntimo, na arena
doméstica, que supúnhamos varrida para sempre da memória, como na
situação especial de meu caso, a didática é outra.”
Isso nos lembra a nossa vida cotidiana de estudarmos,
ouvirmos palestras e quando temos que praticar o que sabemos
ser o certo, falseamos.
Capítulo 3
Neves conta para André Luiz o que aconteceu:
Neves comentou que embora os anos de
trabalho na crosta, junto a pessoas com
problemas semelhantes aos dele, não se
conformava.
Vendo sua filha Beatriz em aguda crise de
sofrimento, resolveu buscar o genro para
assisti-la...
Neves o encontrou num lugar horrendo na companhia de Marina. Havia, junto aos
dois, entidades perturbadoras, que iam e vinham com os corpos semi-nús.
Verdadeiros vampiros articulando trejeitos indígnos.
Neves entrou em desespero, pois percebia que estava havendo uma luta interior
entre o “homem velho” que fora e o “homem renovado” que aspirava ser.
Tomado de cólera, avançou e esmurrou a face de seu genro. Esse caiu, imaginando
ser algum tipo de indisposição.
Uma senhora desencarnada, aproximou-se de Neves e o acalmou, induzindo-o à
serenidade. Neves sentiu-se envergonhado e constrangido. Aquela senhora,
inesperada não o censurou, nem fez qualquer alusão ao seu gesto infeliz.
Capítulo 3
Neste instante, o cavalheiro maduro e simpático dos pensamentos de Marina,
penetrou na casa. Marina veio recebê-lo e conduzindo-o até a cabeceira de
Beatriz, que fitou o marido entre confortada e abatida.
Nemésio sentou-se ao seu lado, beijou-lhe a mão e falou-lhe de seu
restabelecimento, segundo lhe assegurara o médico.
A esposa reanimou-se
sorrindo com
esperança. Feliz com
o carinho do
marido sentiu-se
mentalmente
renovada, acreditando
no refazimento do
corpo físico, querendo
viver.
Capítulo 3
André e Neves surpreendem-se
com a delicadeza de Nemésio.
No entanto, em seguida,
Nemésio levantou-se rente ao
leito e por trás da cabeceira da
cama tomou a mão de Marina,
afagando os dedos da jovem.
A atitude completamente
diferente da inicial, provocou a
revolta de Neves.
Neves se abala diante da situação, sentindo a dignidade ofendida, dando a
impressão de que a família encarnada ainda lhe pertencia.
André diz para o amigo não se aflijir, acrescentando que há muito tempo aprendeu
que, para as pessoas desencarnadas, quase sempre, as portas do lar se fecham no
mundo, quando a morte lhes cerra os olhos.
Nos desprendermos da posse sobre os outros parece ser uma tarefa a conquistar-se.
Capítulo 4
Em seguida, Nemésio e Marina saíram do
quarto tomando atitudes de jovens
enamorados.
Nemésio abraçou Marina e explicou-lhe que o
médico assegurara que Beatriz não resistiria
mais que algumas semanas. Prometeu que,
assim que ficasse viúvo se casaria com ela.
Pediu-lhe no entanto, que tratasse bem a
doente.
Ele explicou que apesar de não admitir a
sobrevivência da alma, no entanto, se
houvesse vida após a morte não gostaria
que a esposa partisse, nutrindo por eles
ressentimentos.
Ele estava apaixonado e acreditava ser
correspondido.
Capítulo 4
Marina aceitava os carinhos de
Nemésio, no entanto em sua tela
mental um “filme” era apresentado:
fizera-se querida de Nemésio, atraída
por seus métodos de sedução, no
entanto, na realidade amava o jovem
filho de Nemésio.
Diante desses pensamentos e da
proposta de casamento, Marina caiu
em pranto, aflita, cheia de remorsos
e dúvidas, pois amava o jovem.
Nemésio quis saber o porquê do
choro e Marina alegou problemas
domésticos.
Além de consolá-la, Nemésio
estendeu-lhe um cheque com
polpuda quantia, beijando-a.
Capítulo 4
André percebeu que o pensamento dele e de
Neves, observando a cena com expectativa
maliciosa, aliada a censura, estabelecia
correntes mentais estimulantes da turvação
psíquica, influenciava a atitude do casal.
Neste instante, simpática figura adentrou o
recinto. Indizível substância de amor
emanava-lhe da individualidade superior.
De pronto, todos modificaram seu estado
interior: Marina se recompôs e lembrando da
doente voltou para a sua cabeceira; Nemésio
acalmou-se, recostando-se em uma poltrona.
Neves sossegou sua revolta enquanto André, sentiu que já o conhecia o recémchegado de algum lugar. Neves o apresentou à André – era Félix. Depois dos
cumprimentos Félix pediu que o auxiliassem no socorro a Nemésio que, sem
saber era portador de grave deficiência orgânica.
Podemos observar aqui a influencia energética dos
desencarnados sobre os encarnados.
Capítulo 5
Félix, comprovando longa experiência médica, mobilizou energia magnética
em favor do enfermo que apresentava problemas circulatórios com
possibilidade iminente de derrame cerebral.
Intuído, Nemésio refletiu sobre os sintomas que tivera na semana anterior,
quando teve breve desmaio.
Foi aconselhado a buscar ajuda
médica, mas empolgado com
Marina, qualificava a afeição
como sendo o reencontro da
mocidade que ficara para trás.
Andava em dia com todas as
teorias da libido e com isso
temia ouvir algum diagnóstico
difícil.
Esperaria a morte de Beatriz
e o casamento com Marina para
depois ir ao médico.
Capítulo 5
Recomposto pelo auxílio de
Félix, Nemésio saiu da sala.
Apesar da dificuldade de
Neves suportar aquilo,
Félix ponderou que
Nemésio apresenta
problemas do sentimento.
Entretanto não se recusa
simpatia e medicamento
ao doente.
Felix salientou que, apesar de tudo, ele não é um companheiro desprezível; que
continuava ao lado da esposa a quem presta assistência. Contudo, está
apaixonado por uma jovem que o despreza.
Em determinadas ocasiões, acontecia fixar a esposa, perguntando à própria
alma o que sucederia se ela adotasse conduta igual à dele traindo-o. Era capaz
de matá-la. Não hesitaria.
Capítulo 5
De quem será o dever de compreender e auxiliar? Não
nos cabe condenar ninguém. Diante destas ponderações,
Neves se calou humilde.
Por fim, Felix faz uma última ponderação a
respeito daquela situação:
“A sublimação progressiva do sexo, em cada um de nós,
é fornalha candente de sacrifícios continuados. Não nos
cabe condenar alguém por faltas em que talvez
possamos incidir ou nas quais tenhamos sido passíveis
de culpa em outras ocasiões. Compreendamos para que
sejamos compreendidos.”
Boa Noite
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Sexo e Destino Cap. 1 ao 5 (RosanaDR)