A Cerâmica
Grupo 07
Benedita Trigo
Maria Eduarda Moura
Sara Pontes
“A cerâmica é uma arte tão velha como o
mundo “
A sua origem surge pela necessidade de se criarem recipientes, para o
armazenamento dos excedentes das colheitas produzidas pela prática da agricultura.
O seu fabrico através de recursos naturais, o seu tamanho reduzido e a facilidade
de transporte, permitiram uma vasta mobilidade e comércio entre as várias áreas
geográficas tornando-se um material universal, sem época, sem contexto, sem lugar.
A cerâmica foi se desenvolvendo tipologicamente consoante a sua exposição ao calor. Do
sol para os fornos actuais, a cerâmica evoluiu de:
7000 a.C. – Taipa parede feita com terra argilosa, seco ao sol.
6000 a.C. – Adobe - tijolo de barro amassado com areia e palha, seco ao sol.
alta
3000 a.C. – Tijolo - peça em forma de paralelepípedo, de barro moldado e
cozido a altas temperaturas, usada em construções.
2000 e 1800 a.C. – Vidrado - revestido com uma substância vitrificada. cozida a
altas temperaturas
O primeiro tijolo cozido artificialmente foi produzido na Mesopotâmia aproximadamente
3000 a.C.., a cerâmica adquire uma enorme importância na construção, como elemento
básico, e a pedra e a madeira como elementos secundários
A cerâmica para além de construtiva, teve e tem, um papel fundamental no revestimento
dos edifícios. Deste modo o azulejo, não só pelas suas qualidades decorativas, como
também pela sua capacidade de revestimento, teve um grande relevo nas composições
ornamentais da arquitectura.
É neste contexto sem contexto, que
a cerâmica, material tradicional, sem
tradição está presente, por todo o mundo,
tanto nos climas quentes, Irão como
também nos climas frios onde se inserem
as obras de Alvar Aalto.
A cerâmica tem a capacidade de
adaptação às mais variadas escalas,
tanto em pequenos detalhe, objectos
diários, ambientes interiores como
também o revestimento de grande panos
de fachadas exteriores.
Materiais e Modos de Aplicação
A técnica utilizada para fazer cerâmica permite fabricar variados materiais usados na
Construção.
Materiais inorgânicos, não metálicos que foram endurecidos permanentemente ao serem
submetidos a temperaturas superiores a 500 Cº.
Cerâmica Estrutural:
-Tijolo - maciço
- furado
-Telha - com encaixe
- sem encaixe
Cerâmica Plana:
- Tijolo de revestimento
- Mosaico
- Azulejo - estrutura interior porosa, uma face vidrada (esmalte)
- colagem através de uma argamassa.
- devem ser resistentes à água, ao choque e ao desgaste.
Aspectos
Técnicos
do
Material
Processo
fabrico:
- Recolher material da crosta terrestre (argila) + colocar num forno (retirar
oxigénio)
+
aditivos
Características
-
Resistência
dos
Mecânica:
altamente
Cerâmicos:
resistentes
à
compressão.
- Resistência à Humidade: insolúvel à água variando com a porosidade.
- Resistência Térmica: a elasticidade permite a dilatação dos corpos. Têm uma
resistência
à
ruptura
tão
alta
como
a
dos
metais.
-
Resistência
Química:
resistem
a
ambientes
químicos
agressivos.
- Propriedades Tecnológicas: têm grande maleabilidade, ductilidade e
fusibilidade.
- Propriedades Sensoriais: despertam visão, audição e tacto. Cor, textura,
propriedades
acústicas.
Um Autor
O autor que decidimos estudar foi o arquitecto
Álvaro Siza por dar bastante ênfase ao
material cerâmico, reavivando-o e quebrando
preconceitos.
Decidimos por isso tratar duas obras cuja
perspectiva na utilização da cerâmica é
distinta.
Assim, para exemplificar e perceber a
dualidade deste material, escolhemos a Haia
na Holanda como vertente construtiva e, numa
perspectiva decorativa, o Edifício Paraninfo
BBk em Bilbao.
Se neste último a cerâmica é utilizada como
revestimento e como “pele”, no primeiro
exemplo esta funciona como um componente
da
estrutura,
adquirindo
uma
lógica
construtiva.
Uma Obra
Trata-se de um edifício projectado para servir a Universidade do País Vasco (2009). Situa-se em Bilbao, na
zona central do passeio de Abandoibarra junto do emblemático Museu Guggenheim e da Biblioteca da
Universidade de Deusto de Rafael Moneo. É um edifício em forma de “L” que se pretende abrir para a
sociedade e para a cidade num “abraço ao espaço circundante”. Compõem-se por quarto plantas que
superam os 9.000 metros construídos.
A escolha do revestimente teve e tem uma base conceptual muito forte que complementa a obra, que lhe
dá vida e lhe dá uma “face”. Na fachada foi utilizado o mármore Macael e o azulejo português
semiartesanal. Os dois conjugados procuraram captar a luz e o reflexo dos raios solares de forma que a
fachada se complemente com os edifícios envolventes.
Nesta obra discutiram-se três
formas de aplicar o azulejo que se
dividem-se em dois grupos:
Fachada Ventilada
Fachada Convencional
A Fachada Ventilada é um sistema
construtivo complexo e dispendioso.
A fachada Convencional pode ser
de:
Isolamento
expandido;
em
poliestireno
Isolamento em foam glass. Esta
fibra de vidro trás um melhor
isolamento que a opção anterior,
porém é tão cara como a fachada
ventilada e está condicionda pelo
tamanha da pré-fabricação.
Neste sentido, o método utilizado foi
o mais económico, o da fachada
convencional
com
poliestireno
expandido.
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