APL Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça Estrutura, Operação e Ações Sérgio Pagnan Cerâmica Vermelha • • • • • • • • • Números de empresas no Brasil – 6.903 90% micros ou pequenas empresas Faturamento anual: R$ 18 bilhões Postos de trabalho: 400 mil Postos indiretos: 1,25 milhões Produção de blocos/mês: 4,5 bilhões Consumo de argila: 9 bilhões de toneladas Produção de telhas/ mês: 1,3 bilhões Representa 4,8% do movimento da construção civil Localização e Abrangência AMUREL 200 empresas Ceramica Vermelha AMESC AMREC 165 – Sindicer/coopemi Outras características regionais • Carvão Mineral; • Revestimentos cerâmico; Fritas; Refratários • Metal mecânica (aço e alumínio, equipamentos industriais para mineração/cerâmica) • Descartáveis plásticos; Tintas; Confecção; • Supermercado; Incorporadoras; • Produção Agrícola (vinho, arroz, fumo, aves e suínos) Estrutura APL Cerâmica Vermelha Equipe de Apoio Presidente, secretária executiva, recepcionista, eng. minas, geólogo, eng. ambiental, eng. cerâmico, técnico de cerâmica, artesãos, advogados, contador. Entidades envolvidas • • • • • • • • • • • • • • • • Ministério de Minas e Energia Secretaria de Geologia e Mineração DNPM Ministério Público Federal (MPF); FATMA Unesc/Iparque Rede APL Mineral Confederação Nacional da Industria (CNI) Federação das Industrias de Santa Catarina (FIESC / SENAI) SEBRAE; Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Organização das Cooperativas de Santa Catarina (OCESC) Associação Nacional de Cerâmica Vermelha (ANICER) FAPESC Instituto Maximiliano Gaidzinski (IMG); Prefeituras Municipais Sindicer – Sindicato Patronal • Fundação – 1989; • Objetivo Original – Representação Patronal (trabalhistas e tributarias) • Números associados atualmente: 165 • Missão - Ser realizador de sonhos de habitação de cada indivíduo, oferecendo uma melhor qualidade de vida e respeitando a natureza com total preservação do Meio Ambiente Sindicer – Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha Presidência Representação juntos em questões externas Administração operacional Planejamento estratégico Principais Demandas Diretoria Reuniões mensais de apuração dos resultados Tesouraria Associados Negociações coletivas de dissídio coletivo/ Questões trabalhistas/ Questões de licenciamento ambiental/ Sindicer – Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha PRODUTOS • Tijolos de vedação • Tijolos aparentes (a vista) • Tijolos maciços • Refratários • Blocos estruturais • Tavelas • Telha branca • Telha vermelha • Telha mesclada • Telha semigres • Peças especiais Coopemi – Cooperativa de Exploração Mineral • Fundação – 1998; • Objetivo Inicial – regularizar as atividades de extração mineral das empresas cooperadas; • Números associados atualmente: 153; • Objetivos Atuais – Extrair e fornecer bens minerais a preço acessível, atendendo os requisitos legais e em sintonia com o meio ambiente. Coopemi – Cooperativa de Exploração Mineral Presidência Diretoria Técnicos Representação juntos em questões externas Administração operacional Planejamento estratégico Reuniões mensais de apuração dos resultados Tesouraria Requerimento de Lavra Pesquisa Mineral Licenciamento Ambiental Concessão de Lavra Mineração de Bens Minerais Cooperados Controles de Lavra e Ambiental Planejamento Operacional Resultados Operacionais Recuperação Ambiental Ações Estratégicas /Outros Principais Demandas Usufruir do bem mineral através da compra do mesmo Labcer – Laboratório de Cerâmica Vermelha Presidência Sindicer Equipe Oferecer serviço de controle de qualidade acessível aos associados, através de ensaios e caracterização de argilas Engenheiro Cerâmico Técnico de Cerâmica Clientes Principais Demandas Coopemi Analise das argilas Compostagem Associados Sindicer Ensaio de produto acabado (Dimensional/Absorção/resist ência) Orientação para melhoria dos produtos Cerâmica Artística Formulações e queima. Labcer – Laboratório de Cerâmica Vermelha ESCOLA DE CERÂMICA ARTESANAL O OLEIRO A escola de artesanato em cerâmica O OLEIRO foi criada em 2002, com o objetivo de formar artesãos em cerâmica. O público alvo são crianças do PETI, APAE, Grupos de terceira Idade, alunos de escolas municipais e pessoas interessadas em adquirir conhecimento sobre cerâmica artesanal A escola O Oleiro é mantida pelo SINDICER/COOPEMI e entidades governamentais e não governamentais Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes Presidência Produção de cerâmica artística Associados 22 associados Clientes Vasos utilitários, Vasos decorativos, Pratos utilitários, Pratos decorativos, Panelas utilitárias, Tigelas utilitárias Tigelas decorativas, Objetos diversos. Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes Estudo de Caso da Coopemi 1998 2001 • Fundação • Busca da legalidade na extração de argila e areia • Gestão profissional do SINDICER/COOPEMI 2009 • Assinatura do TAC • Previa-se o licenciamento individual para cerâmicas 2010 • Emissão das primeiras Licenças Ambientais para COOPEMI • Estruturação e operação das lavras pela COOPEMI (2011) Estudo de Caso da Coopemi • Área requerida: 26 títulos minerários • Tamanho das reservas aproximadas: 3.000 ha • Investimento total na legalização das áreas: de R$ 30.000,00 a R$ 50.000,00 p/hectare • Números de frentes de lavra: 8 • Produção mensal: 60.000 a 80.000 toneladas • Percentual atendido: 70 a 80% • Maquinário da Cooperativa: 3 escavadeiras 1 trator agrícola 2 veículos, 1 moto. Estudo de Caso da Coopemi • Formas de relacionamento com o Ceramista – R$ 20.000,00 para associar-se (20 x R$ 1.000,00) – R$ 175,00 mensalidade – R$ 6,00/m³ e R$ 10,00/m³ argila de várzea FOB; – R$ 5,00/m³ e R$ 6,00/m³ argila de morro FOB; Estudo de Caso da Coopemi • Compromissos com a extração sustentável – Planejamento de lavra para utilização total da reserva (blendas específicas para cada tipo de produto); – Recuperação ambiental das áreas exauridas Coopemi – Cooperativa de Exploração Mineral Antigas áreas de exploração de argila operadas informalmente pelas cerâmicas até o ano de 2010 Coopemi – Cooperativa de Exploração Mineral ANTES DEPOIS Área minerada pelo próprio ceramista no ano de 2009 A mesma área minerada pela Coopemi no ano de 2013 Coopemi – Cooperativa de Exploração Mineral Extração de argila Retificação de taludes Depósito de solo orgânico Estocagem de argila Coopemi – Cooperativa de Exploração Mineral Extração em área de várzea Plantio de mudas de árvores nativas Acesso à frente de lavra Placa de advertência Estudo de Caso da Coopemi • Desafios futuros – Central de massa; – Aumento das áreas requeridas; – Aquisição gradativa de equipamentos de extração e transporte; – Alinhamento ao novo marco regulatório da mineração; – Aumento da representatividade do setor: (OCESC, OCB; FIESC, CNI) FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL DE ARGILAS PARA APL DE CERÂMICA VERMELHA (Sergio Pagnan1, Wagner Benedet1, Rafael Frizzo1, Agenor De Noni Junior2,3 2 1APL de Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça, SC, Brasil. UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil 3 IMG – Instituto Maximiliano Gaidzinski, Cocal do Sul, SC, Brasil Sobre o APL O APL de Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça abrange os municípios da região Sul do Estado de Santa Catarina. A sua estruturação compreende o SINDICER – Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha, a COOPEMI – Cooperativa de Exploração Mineral, o Labcer – Laboratório Técnico da Cerâmica Vermelha, o Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes e as mais de 150 empresas de cerâmica vermelha associadas ao Sindicato e a Cooperativa. A cadeia produtiva tem sua origem nas extrações minerais realizadas pela COOPEMI, a qual extrai e fornece matéria prima a seus cooperados. Conta com apoio técnico laboratorial do Labcer, que além de auxiliar na pesquisa de matérias primas e formulações para massas cerâmicas, realiza testes de resistência e qualidade nos produtos cerâmicos dos associados ao sindicato. O SINDICER fomenta ainda, o Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes, que cria e produz louças e utensílios cerâmicos, alem de promover cursos de artesanato. Descrição da Melhor Prática A Cooperativa de Exploração Mineral da Bacia do Rio Urussanga – COOPEMI foi constituída no dia 22 de setembro de 1998 para desenvolver atividade de extração de argila e areia. Apesar da sua existência, todo o processo de mineração continuava sendo feita pelos ceramistas de modo individualizado. Na sua grande maioria, desrespeitando procedimentos típicos de uma mineração sustentável (áreas não licenciadas, escavações predatórias, baixo nível de aproveitamento das áreas, falta de sinalização, desrespeito as normas de segurança e falta de recuperação ambiental). Esta situação estava colocando em risco toda a cadeia produtiva, pois o fornecimento de argila estava sujeito a ser totalmente descontinuado. A partir de 2009, por intervenção do Ministério Público Federal, os ceramistas e a COOPEMI assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). A partir deste momento, a cooperativa passou a gerenciar e explorar as áreas de forma totalmente legalizada, inclusive com a retomada da lavra em terrenos abandonados, promovendo mineração ambientalmente racional e sustentável. Resultados da Aplicação da Melhor Prática Passado Atualmente a COOPEMI é detentora de 24 títulos minerários totalizando 2.656,33 ha., sendo que hoje ela opera em 7 desses títulos. Possui 150 cooperados, patrimônio líquido de R$ 2.380.439,30, faturamento em 2012 de R$ 2.280.361,02. Em números gerais, na área dos títulos existiam 68 frentes de lavras que atendiam a 51 ceramistas. Atualmente algumas áreas foram agrupadas de modo a formar 10 frentes de lavras que atendem 116 ceramistas. Estes números correspondem ao atendimento da necessidade de 70% da demanda da produção de tijolos e 40% da demanda da produção de telhas entre os cooperados. De acordo com o atual padrão de consumo, as reservas, dentro da atual área dos títulos minerários, possuem tempo de vida estimada em 50 anos. A produção dos cooperados é na ordem de 25 milhões telhas e 45 milhões tijolos por mês. A prática que foi desenvolvida fomentou a sustentabilidade no sentido mais amplo do terma: sustentabilidade econômica, social e ambiental. Dessa forma as várias áreas temáticas listadas no regulamento do prêmio de alguma forma criam regiões de forte interface. Presente Conclusões Desenvolvimento da pequena produção: Autogestão de forma sustentável garantindo o fornecimento de argilas economicamente viável. Soluções Tecnológicas: Serviços de pesquisa/licenciamento mineral, qualidade das argilas (estocagem, formação de lotes e sazonamento). Saúde e Segurança no Trabalho: Respeitando as normas de segurança no trabalho. Controle de acesso aos locais de extração, placas de advertência. Emprego e Renda: Fortalecimento das empresas e melhoria da competitividade. Cooperado focado no mercado e na otimização do processo de fabricação. Formalização: Extração legalizada e racional de argila. Tempo de vida útil das área passou de 15 para 50 anos (reaproveitamento de áreas abandonadas). Qualificação e Capacitação de Recursos Humanos: Curso superior presencial - 31 alunos. Escola de Fábrica - 100 alunos. SEBRAE-SC - 22 alunos.Equipe própria: 2 advogados, 1 geólogo, 1 eng. ambiental, 1 eng. de minas, 1 eng. cerâmico, 1 téc. cerâmico, 1 sec. executiva, 1 contador. Controle de Qualidade: Laboratório de Cerâmica Vermelha (Labcer). 1400 procedimentos laboratoriais por ano. Assistência ao cooperado Matriz Energética: Aumento da produtividade por metro cúbico de lenha variou de 5 a 15% (redução das perdas de processo) Recuperação Ambiental e Aproveitamento de Resíduos: Utilização integral da jazida e recuperação ambiental. Terraplenagem e plantio de vegetação nativa. Agradecimentos Conquista do Prêmio APL Melhores Práticas na Mineração (2013) APL - Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO www.sindicermf.com.br [email protected] Fone: (48)3434-1525