EXTENSIONISMO MINERAL Desafios e Perspectivas Maria Jose Gazzi Salum Depto. Engenharia de Minas da UFMG VIII Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais Campina Grande, 04 a 06 de outubro, 2011 1. OBJETIVO Articular órgãos públicos e a sociedade civil para implementar ações que disponibilizem informações, capacitação e assistência técnica para o produtor mineral de pequenas unidades, em seu local de atuação. 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Capacitar técnica e gerencialmente os produtores de bens minerais em pequena escala; Fomentar a organização produtiva sob a forma associativa; Oferecer assistência técnica nas atividades de pesquisa mineral, lavra, e beneficiamento, visando a maximização do aproveitamento das rochas e minerais; a recuperação ambiental , a saúde e segurança dos trabalhadores e a comercialização justa da produção mineral; Agregar valor à produção mineral, fomentando, sempre que possível, a formação de arranjos produtivos locais; Apoiar a formalização dos produtores minerais em pequenas unidades produtivas. O EXTENSIONISTA MINERAL Profissionais da área mineral e outras correlatas, presentes no local de atuação dos produtores minerais em pequena escala com as seguintes atividades: i. orientação sobre processos de licenciamento ambiental e procedimentos para obtenção do título minerário; ii. solução de problemas para a regularização da atividade; iii. diagnóstico participativo (sociedade local, produtores) sobre as condições de produção, meio ambiente, saúde e segurança das atividades, relações de trabalho e de comercialização, necessidades de capacitação e de infraestrutura física para o bom andamento da atividade mineral; iv. implantação de cursos de capacitação em geral; v. orientação “in loco” nos processos de produção, meio ambiente e saúde e segurança; vi. facilitação no processo de interlocução dos produtores com os órgãos públicos, superficiários, financiadores, detentores dos títulos minerários, DNPM, CPRM, entre outros. Ação prioritária do extensionista: FORMALIZAÇÃO FORMAS DE ATUAÇÃO DO EXTENSIONISMO MINERAL Extensionismo Mineral à Distância Extensionismo Mineral Presencial EXTENSIONISMO MINERAL À DISTÂNCIA Instrumentos: Portal de Apoio ao Pequeno Produtor Mineral PORMIN e Telecentros Mineral; Rede APL de Base Mineral Programa Nacional de Extensionismo Mineral à Distância Bases da atuação nacional: PORMIN na disseminação do conhecimento e capacitação. TELECENTROS MINERAIS como estrutura física do extensionismo www.pormin.gov.br Telecentros Minerais DESAFIOS DO EXTENSIONISMO MINERAL À DISTÂNCIA Manter o conteúdo do PORMIN atualizado Tarefa do poder público? Participação da comunidade: apresentação de estudos de caso (articulação com a SGM) Utilizar os Telecentros como local físico para capacitação tecnológica Incentivar os Coordenadores de Telecentros a terem um Plano de Negócios para garantir recursos para manutenção e melhorias Criação de uma Associação Nacional Extensionismo Mineral à Distância? Extensionismo Mineral Presencial Concepção e objetivos já definidos e projeto piloto testado em Ametista do Sul – RS. Diferença conceitual entre o extensionismo e outros programas de apoio ao produtor em pequena escala, tais como: PRONAFOR e Cursos de Capacitação: tempo de permanência do extensionista no local de atuação dos pequenos produtores para: Diagnosticar todos os aspectos técnicos, sociais e políticos envolvidos na produção em pequena escala; Estabelecer uma relação de confiança com os produtores capaz de promover a necessária “mudança cultural”; e aplicação prática dos conhecimentos técnicos e gerenciais. Problemas Usuais Para os Extensionistas Informalidade: Produção em área titulada para outrem; Atividade paralisada por problemas ambientais Atividades paralisadas por problemas de saúde e segurança Perguntas a Serem Respondidas Para a Implantação do extensionismo Mineral Quem deverá ser o protagonista (coordenador e financiador)? Extensão Rural: governo federal, (até década de 90). Posteriormente: Estados: nascem as Ematers O extensionista mineral, na sua ação finalística, deverá ser um servidor do DNPM, da CPRM ou externo, coordenado por estas? Modelo das Ematers: agente público estadual concursado, um técnico (nível médio ou superior da área agropecuária) Extensionismo na área de saúde: agente público federal, vinculado ao Ministério da Saúde, não é um técnico da área (médico, enfermeiro) Situação Ideal 1 técnico de nível superior ou médio permanentemente instalado em um pólo produtor. Como? Bolsista? Agente público? Bolsista: temporário (máximo de 3 anos), insegurança para o extensionista Agente público: dificuldades para implementação (extensão rural e de saúde: lei) Outras Alternativas Diversificação dos Perfis e Parcerias Agente extensionista local Principal responsável: prefeitura Perfil: não necessariamente um técnico do setor Funções: monitorar as atividades; Colher demandas; Ser o interlocutor entre os produtores e os órgãos fiscalizadores, sociedade, etc. Ser interlocutor entre os produtores e o extensionista regional. Extensionista regional Principal responsável: Governo Estadual Perfil: técnico do setor Funções: Receber, analisar e implementar ações relativas às demandas trazidas pelos agentes locais; Visitar e reunir-se com produtores frequentemente (2 ou 3 vezes/semestre) ou sob demanda emergencial Extensionistas Nacionais Principal responsável: MME (DNPM e CPRM) Funções: Atuar em conjunto com os agentes regionais; Resolver os problemas relativos a direito mineral (DNPM) e de geologia de depósitos (CPRM) Metodologia de Implantação • Elaboração de projeto de descentralização de recursos dos governos federal e estadual para agências de fomento, com o objetivo de disponibilizar bolsas. Ex: • MME para o CNPq; • Estados paras as FAPs • Modalidade de bolsas: – Longa Duração: 36 meses – Bolsa de extensão no País – Bolsa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial – Bolsa de Apoio Técnico em extensão no País Metodologia de Implantação de Bolsas Para Cada Projeto Piloto Cada projeto piloto envolvendo um pólo de produção • 1 bolsa DTI ou EXT para uma coordenação regional, no nível máximo (R$ 3.169,37/mês) • 1 bolsa DTI ou EXT para o coordenador regional pelo DNPM, no nível mínimo (R$ 1.045,89) • 1 bolsa DTI ou EXT para o coordenador regional pela CPRM, no nível mínimo (R$ 1.045,89) • 4 bolsas ATP B para os extensionistas locais – 1 por município - (R$ 241,51) ou ATP A (R$ 483,01) CONCLUSÃO Mais do que recursos financeiros, é preciso uma decisão política, nas diversas esferas federativas para a implantação do extensionismo mineral. Obrigada! [email protected]