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Fogo purificador
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Na manhã imediata que o fogo purificador
iria passar, a Casa Transitória ja tinha um
outro local que se estabeleceria por um
tempo.
Vários servidores de outras organizações
ajudavam.
André pergunta: A instituição pode alçar
vôos de grande alcance?
Instrutor responde: Devido os domínios
vibratórios precisamos ser cautelosos.
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Fogo purificador
• O Fogo purificador ( descarga eletricas do atomo
etérico) produz uma assepsia do local, melhorando
as condições de vida naquele ambiente e livrando-o
de miasmas e demais substância deletéria
produzidas pelos pensamentos mal sãos.
• Estes miasmas são conhecidos pelos médiuns que
tem desenvolvida a capacidade de perceber como
sendo uma substância esverdeada e gosmenta.
• O tecido perispiritual mostra cores escuras,
espessas, podendo demonstrar deformações,
atrofias devido as fixações mentais, os resíduos
psíquicos venenosos e as tóxicos, provenientes de
energias mórbidas.
• O fogo purificador ou etéreo queimam ou
desintegram o excesso destas energias e toxinas.
(Sob a luz do Espiritismo – Ramatis)
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Fogo purificador
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É como as cores que percebemos, tão sômente,
as que vão do vermelho ao violeta, onde a
maioria das pessoas nada enxerga além das
últimas cinco, que são o azul, o verde, o
amarelo, o laranja e o vermelho, não
registrando o índigo e o violeta.
Existem, porém, outras cores no espectro,
correspondentes a vibrações para as quais o
olho humano não possui capacidade de
sintonia. Manifestam-se raios infravermelhos e
ultravioletas que o pesquisador humano
consegue identificar imperfeitamente, mas que
não pode ver.
Ocorre o mesmo com a potência auditiva que
assinala apenas os sons que se enquadram na
tabela de “16 vibrações sonoras a 40.000 por
segundo”. As ondas mais lentas ou mais rápidas
escapam-lhe totalmente.
As leis nas duas dimensões são de acordo com a
necessidade.
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Fogo purificador
•
A densidade da região influía nos serviços,
todo o pessoal disponível fora convocado ao
trabalho dos motores e da maquinaria
complexa, indescritível na técnica humana.
•
Zenóbia, nos pediu colaboração nas defesas
magnéticas, em vista da mpregar maior
número de cooperadores na preparação ativa
do vôo.
As murralhas não são altas e verticais como
as terrestres, mas horizontalmente
estendidas, formadas de substância escura, e
emitiam forças elétricas de expulsão num
raio de cinco metros de largura,
aproximadamente, circulando toda a casa.
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Fogo purificador
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Diversos focos de luz permaneciam acesos. Velavamos pelo funcionamento regular
de certos aparelhos geradores de energia electromagnética, destinados à emissão
constante de forças defensivas, e vigiavamos o setor que nos fora confiado.
Levariam apenas os sofredores que se apresentarem renovados, com sinais
legítimos de transformação moral para o bem.
André: -Como nos asseguraremos, porém, dessa renovação?
Instrutor responde: Os sofredores, já modificados para o bem, apresentarão
círculos luminosos característicos em torno de si mesmos, logo que, estejam onde
estiverem, concentrem suas forças mentais no esforço pela própria retificação.
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Fogo purificador
•
Entregávamo-nos, tranquilos, ao trabalho,
quando indescritível choque atmosférico
abalou o escuro céu. Clarão de terrível beleza
varou o nevoeiro de alto a baixo, oferecendo,
por um instante, assombroso espetáculo.
•
Não era bem o relâmpago conhecido na
Crosta, por ocasião das tempestades.
Observava- se, ali, o contrário: a tormenta de
fogo ia começar, metódica e mecanicamente.
•
André experimenta um angustioso pavor,
mas o Assistente Jerônimo revelava-se tão
calmo que a sua serenidade era contagiante:
É o primeiro aviso da passagem dos
desintegradores.
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Fogo purificador
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•
•
A distância de muitos quilômetros, víamos os
clarões da fogueira ateada pelas faíscas
elétricas na desolada região.
O assessor comunicou que a Casa deveria
partir dentro de 4 horas, e em virtude disso
grande seria o numero de infortunados a
procura-lhe as portas.
O trabalho dos desintegradores etéricos,
invisíveis para nós, tal a densidade ambiente,
evita o aparecimento das tempestades
magnéticas que surgem, sempre, quando os
resíduos inferiores de matéria mental se
amontoam excessivamente no plano.
Outro trovão e o fogo riscou em diversas
direções.
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Fogo purificador
•
André: Ouvíamos a ensurdecedora algazarra de
multidões que se aproximavam gritando socorro.
Ajoelhavam e rogavam ajuda, mas seus círculos
continuavam escuros.
•
As rogativas sensibilizavam qualquer cooperador
menos avisado.
•
Começaram a chegar entidades aureoladas de luz,
emolduravam-lhes a fronte belos circulos uniformes.
Trajavam farrapos e traziam comovedores sinais de
sofrimento.
Contemplavam o Alto e tentavam manter o
pensamento alheio aos que gritavam insultos,
cantando hosanas ao Senhor.
Vinham, de mãos entrelaçadas, a fim de que se lhes
aumentasse a força, num processo de troca instintiva
dos valores magnéticos infundia-lhes prodigiosa
renovação de poder, porquanto levitavam,
sobrepondo-se ao desvairado ajuntamento.
•
•
10
Fogo purificador
•
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•
Enfermeiros e macas, em grande número, estacionavam, não longe de nós, promovendo
socorros imediatos.
Quatro horas se passaram e agora a paisagem era mais sufocante. Serpentes de fogo caiam no
solo que começou a tremer sob os nossos pés, num calor asfixiante.
O sino tocou para nos recolhermos e a imagem era devasta floresta incendiada, a desalojar
feras e monstros de furnas desconhecidas. Começamos escutar os motores e eu pensava que
seria de nós se eles invadissem?
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Fogo purificador
•
Todas as portas foram cerradas hermeticamente.
Zinóbia nos chamou a sala de orações e explicou
que a casa para movimentar-se com exito, não
necessitava apenas de forças elétricas, mas,
também, de nossas emissões magnéticomentais, que atuariam como reforço no impulso
inicial de subida.
•
Ela abriu a bíblia e leu o Salmo 104. No meio da
leitura a Casa principiou a elevar-se
vagarosamente no inicio e depois em
•
movimento rápido.
•
Todas as portas foram cerradas hermeticamente.
Zinóbia nos chamou a sala de orações e explicou
que a casa para movimentar-se com exito, não
necessitava apenas de forças elétricas, mas,
também, de nossas emissões magnéticomentais, que atuariam como reforço no impulso
inicial de subida.
Ela abriu a bíblia e leu o Salmo 104. No meio da
leitura a Casa principiou a elevar-se
vagarosamente no inicio e depois em
movimento rápido.
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Fogo purificador
•
•
•
•
Decorridos quase uma hora de voo vertical,
alcançamos uma região ensolarada. Após este
momento a casa começou a movimentar-se no
sentido horizontal.
Conversávamos sobre a experiência e após 3:35
reparamos que suavemente a Casa Transitória
descia.
Regressamos ao círculo de substância densa,
embora menos pesada e menos escura.
Extensa legião de servidores aguardava a nossa
chegada para colaborar no esforço de
readaptação.
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Amigos novos
•
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•
•
Despedimo-nos da instituição e colocamo-nos
a caminho da Crosta, Jeronimo nos instruiu
sobre um novo trabalho de assistência a
amigos que estão prestes a se desfazer do
corpo.
No sono os conduziremos a Fundação Fabiano
para que se habituem lentamente com a ideia
de afastamento definitivo.
Intrigado perguntei: Todas as mortes são
acompanhadas de missões auxiliadoras?
Jerônimo: Absolutamente. Reencarnações e
desencarnações de modo geral obedecem
simplesmente à lei.
11
Amigos novos
•
Há princípios biogenéticos orientando o mundo das
formas vivas ao ensejo do renascimento físico, e
princípios transformadores que presidem aos
fenômenos da morte, em obediência aos ciclos da
energia vital, em todos os setores de manifestação.
•
Nos múltiplos círculos evolutivos, há trabalhadores para
a generalidade, como cooperadores que se esforçam
mais intensamente nas edificações do progresso
humano, há missões de ordem particular para atenderlhes as necessidades.
• Não se trata de prerrogativa nem de compensações de
•
•
favor, o fato revela aproveitamento de valores.
Se determinado colaborador demonstra qualidades
valiosas no curso da obra, merecerá, sem dúvida, a
consideração daqueles que a superintendem,
examinando-se a extensão do trabalho futuro.
No plano espiritual muito grande é o carinho que se
ministra ao servidor fiel, de modo a preservar-lhe o
devotado Espírito da ação maléfica dos elementos
destruidores como: o desânimo e a carência de recursos
estimulantes.
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Amigos novos
•
Atingimos pequena cidade do interior, em uma
casa humilde.
•
Conhecemos Dímas em lamentáveis condições,
atacado de cirrose hipertrófica.
•
Ele um colaborador dos nossos serviços de
assistência, faz muitos anos, veio de nossa colônia
espiritual, há pouco mais de meio século.
•
Desenvolveu faculdades mediúnicas, colocando-se
a serviço dos necessitados e sofredores.
•
O quarto permanecia iluminado devido a
incessante visita de espíritos benfeitores.
11
Amigos novos
•
Nosso amigo fez-se credor feliz e agora chegou a
hora de seu descanso. Surpreendido vi que Dimas
se apercebeu da nossa presença. Serrou os olhos do
corpo e nos via com os olhos da alma.
•
Fez rogativa pela nossa colaboração. Estava exausto
dizia, mas mantinha-se calmo.
•
Jeronimo pediu que eu lhe desse passes. Dois
amigos espirituais de Dimas chegaram ao quarto
nos comunicando que se reuniriam na Casa
Tansitoria para prepara-lo para a noite liberta-lo
definitivamente do corpo.
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Amigos novos
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•
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•
Volitamos da pequena cidade para o Rio de Janeiro.
Como era bom volitar depois de passarmos aquele
tempo em local espesso e escuro.
Penetramos no lar de Fábio onde matinha sinais de
tuberculose. Ele conversava com duas crianças de 6 e 8
anos com formosa luz aureolava a mente do enfermo.
— Papai, mas o senhor acredita que ninguém morre? —
Indagou o filhinho mais velho.
— Sim, Carlindo, ninguém desaparece para sempre e é
por isso que desejo aconselhá-los, como pai que sou.
— Creio que não me demorarei a partir...
— Para onde papai? — atalhou o menor.
— Para um mundo melhor que este, onde possa ajudálos num corpo são, que Deus me concederá, e eu estarei
com vocês, sem que me vejam.
Jeronimo diz: vamo-nos Fabio ficara bem.
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Amigos novos
•
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•
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•
•
Fomos a um confortável apartamento onde uma
senhora com idade avançada apresentava moléstia do
coração.
Dois espíritos a acompanhavam e explicaram ser
filiada a organizações superiores de nossa colônia
espiritual.
Faz parte da Igreja Presbiteriana e, viúva desde cedo,
trabalhou na area educativa, formando a infância e a
juventude no ideal cristão.
Jeronimo tocou sua fronta e ela pediu a Bíblia e eu
apliquei-lhe passes reconfortantes.
Chegou uma amiga de nosso plano que veio vela-la a
cabeceira.
Jerônimo explicou nosso trabalho. Havia um pedido
de prorrogação em favor dela. Todos somos de
parecer que deva ser chamada à nossa esfera com
urgência, para receber o prêmio a que fêz jus. Todavia,
há razões ponderosas para que seja amparada
convenientemente, a fim de que permaneça com a
família consanguínea, na Crosta, por mais alguns
meses.
11
Amigos novos
•
Saímos de lá e fomos a um hospital visitar
Cavalcante que veio de nossa colônia a 60
anos. Um trabalhador cristão virtuoso no
serviço ao próximo. Ele sofreria uma
intervenção no duodeno no dia seguinte e
eles voltariam para acompanhar.
•
André fez aplicações magnéticas e
Cavalcante não nos percebeu devido não
possuir bastante educação religiosa para o
intercambio.
•
Ele sofria as vibrações do ambiente
perturbado e assedio dos parentes
desencarnados. Haviam os trabalhos de
vigilância mas ele não se preparou para
libertar-se do jugo da carne e sofre muito
pelos exageros da sensibilidade,
mantendo-se excessivamente ligado aos
que ama.
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Amigos novos
•
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•
•
Adentramos num edifício que asilavam
numerosas criancinhas onde se sediava
compacta legião de trabalhadores de nosso
plano.
Achava-se ali Bezerra de Menezes, abraçou-nos
um a um. Jeronimo explicou sua missão e ele
disse que Adelaide não daria trabalho, pois ela
fora uma médium, trabalhou para os enfermos,
amparou as crianças orfãos, lhe preparam a
alma para esta hora.
Adelaide emanava raios brilhantes em oração,
Bezerra saudou-a e ela disse: sei que é o
termino da jornada e estou pronta. Bezerra: sei
que é devotada e o médico divino nos autorizou
o seu repouso.
Pequena auxiliar do instituto quebrou o
colóquio anunciando visitas e Adelaide perdeu
o contato com Bezerra.
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Excursão de adestramento
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O orientador da Casa transitório nos orientou que
tomássemos como ponto de referencia o lar coletivo de
Adelaide. Diversas entidades amigas operavam na
instituição e era um dos raros edifícios da Crosta sem
criaturas perversas da esfera invisível. Semelhando-se a
Casa transitória a vigilância era severa. Visitávamos a
instituição e de todos compartimentos havia luz de nosso
plano com abundancia de pensamentos salutares.
Devido a muitas visitas com emanações mentais somos
obrigados, depois de cada sessão a minuciosas atividades de
limpeza.
Como sabem, os pensamentos exercem vigoroso contágio e
faz-se imprescindível isolar os prestimosos colaboradores de
nossa tarefa, livrando-os de certos princípios destruidores
ou dissolventes.
Esta instituição não apenas ampara as crianças mas também
prepara os seres para o Evangelho para infundir
espiritualidade superior a mente humana. As casas sociais
funcionam como grandes navios abastecendo a coletividade
faminta de luz.
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Excursão de adestramento
• Na divisão de trabalho Luciana e Irene trariam a irmã Albina e
padre Hipólito e André trariam Dimas, Fábio e Cavalcante para a
Casa Transitória em excursão de aprendizado e adestramento.
• Hipólito me explicou que os que se aproximam da desencarnação
normalmente se ausentam do corpo por ação mecânica, ficando
fácil leva-los para a tarefa de preparação.
• Encontrando Dimas ele pergunta se será hoje o fim e eles dizem
que ainda não, que ele deve ir com eles. Demo-nos as mãos e
partimos os três juntos para o Rio em busca de Fábio que se ligou
a nossa caravana facilmente. Hipólito disse que não convinha
levar todos de uma vez.
12
Excursão de adestramento
•
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•
Levamos os dois e voltamos para buscar
Cavalcante que mostrava-se muito aflito e
com medo. Ministramos passes
anestesiantes para que dormisse e o
retiramos do corpo.
Encontramos a caravana e Jeronimo
organizou a corrente magnética, tomando
posição guiadora e cada irmão encarnado
localizava-se entre dois de nos e fomos para
a Casa Transitoria através da volitação.
Adelaide e Fabio mostrava-se conscientes e
acostumados ao desdobramento. Os demais
como Albina jubilava passagens biblicas,
Cavalcante buscava a confissão para não
enfrentar o juizo com a alma no mal.
12
Excursão de adestramento
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Ao atravessar a região estratosférica a ionosfera
surgiu e Dimas começou a perguntar que rio é
este? Estou com medo? Não posso atravessar. O
impulso magnético fornecido por Jeronimo era
forte e chegaram a casa Transitória.
Zenóbia começou explicar sobre o desligamento
do organismo espiritual.
Cavalcante perguntou: será aqui o céu?
Albina perguntou a Luciana se aquela era a casa
do senhor.
Dimas inqueriu a Hipólito se o zona era uma
dependência de Marte.
Jeronimo considerou: — O plano impressivo da
mente grava as imagens dos preconceitos e
dogmas religiosos com singular consistência. O
trabalho não deve ser brusco para não causar
desastres emocionais.
Como vemos não é a rotulagem externa (
religião) que socorre o crente nas supremas
horas evolutivas. É justamente a sementeira do
esforço próprio.
13 Companheiro libertado
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André: Vivera Dimas toda a cota suscetível a ser aproveitada? Teria
sido como fui suicida inconsciente? Pensou porque merecia o
movimento excepcional de assistência individualizada?
Jeronimo: Não fora determinado um dia exato, apenas atingira-se o
tempo próprio. Não chegou a aproveitar todo o tempo prefixado, mas
nosso amigo não é suicida.
André: Mas se Dimas não aproveitou todo seu tempo não terá
também desperdiçado como aconteceu comigo?
Jeronimo: Dimas não conseguiu preencher toda a cota de tempo que
lhe era lícito utilizar, em virtude do ambiente de sacrifício que viveu,
desgastando o corpo, entre deveres e abnegações incessantes.
Entregue ao serviço rude, constituiu a família, pingando suor no
sacrifício diário com enorme despesa de energia. Mesmo assim,
encontrou recursos para dedicar-se aos que gemem e sofrem nos
planos mais baixos que o dele. Recebendo a mediunidade, colocou-a a
serviço do bem coletivo.
13 Companheiro libertado
•
Perdeu, quase integralmente, o conforto da vida
social, privou-se de estudos edificantes que lhe
poderiam prodigalizar mais amplas realizações e
prejudicou as células físicas, no acúmulo de serviço
obrigatório.
•
Noite a dentro, atenuou-se-lhe a resistência
nervosa; pela inevitável irregularidade das
refeições; pelas perseguições gratuitas de que foi
objeto, gastou fosfato excessivamente e, pelos
choques reiterados com a dor alheia, que sempre
lhe repercutiu amargamente no coração, alojou
destruidoras vibrações no fígado, criando afeções
morais que o incapacitaram para as funções
regeneradoras do sangue.
Dimas poderia receber, com naturalidade,
semelhantes emissões destrutivas, mantendo-se
na serenidade intangívelm todavia, não se organiza
de um dia para outro o anteparo psíquico contra o
bombardeio dos raios perturbadores da mente
alheia.
•
13 Companheiro libertado
•
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•
Chegara a final de Dimas , porem ele se via
psiquicamente muito ligado as algemas domesticas.
Teme pelo futuro dos seus e inquieta-se pelos
sentimentos da esposa e filhos.
A esposa é o primeiro empecilho que precisamos
remover. Improvisamos temporária melhora. Todos
ficaram confiantes. Disse a esposa que fosse descansar
a seu pedido. Diante de sua melhora todos saíram.
Jeronimo coloca a mão em sua testa para uma prece
final. Dimas agradece a Deus pela oportunidade e
lágrimas escapam. Observamos que ele recordava a
meninice, revia o colo materno e sentia saudades.
Lembrou-se da cena de crucificação de Jesus e
lembrou de Maria e implorou:
Mãe dos céus, sou agora também o menino frágil com
fome do afeto maternal nesta hora suprema.
Neste momento sua mãe adentra com uma coroa de
luz . Sentindo o afeto materno parecia esquecer todas
as magoas.
13 Companheiro libertado
• Porém segundo observamos, há existências que perdem pela
extensão, ganhando, porém, pela intensidade, a visão divina jamais
despreza minuciosas investigações sobre as causas.
• André calou-se, humilhado: dispuz do meu tempo com rigorosa
independência nas decisões; cerrava a porta aos clientes antipáticos,
quando me faltava disposição para suportá-los; nunca molestara o fígado
por sofrimentos alheios, porque era ele pequeno para conter as
vibrações destruidoras de minhas próprias Irritações, ao sentir-me
contrariado nos pontos de vista pessoais, e, sobretudo, aniquilara o
aparelho gastrintestinal pelo excesso de comestíveis e bebedices aliados
à sífilis a que eu mesmo dera guarida, levianamente. Havia, portanto,
muita diversidade entre o caso Dimas e o meu.
13 Companheiro libertado
• Aconselhando-me cautela na ministração de
energias magnéticas à mente do moribundo,
começou a operar sobre o plexo solar,
desatando laços que localizavam forças físicas.
Há três regiões orgânicas fundamentais que
demandam extremo cuidado nos serviços de
liberação da alma: o centro vegetativo(ventre)
sede das manifestações fisiológicas; o centro
emocional(tórax), e o centro mental(cérebro).
• Com espanto, notei que certa porção de
substância leitosa extravasava do umbigo,
pairando em torno. Esticaram-se os membros
inferiores, com sintomas de esfriamento.
13 Companheiro libertado
• Dimas gemeu, em voz alta,
semi-inconsciente.
Acorreram amigos, assustados.
Sacos de água quente foramlhe apostos nos pés. Mas,
antes que os familiares
entrassem em cena, Jerônimo,
com passes concentrados
sobre o tórax, relaxou os elos
que mantinham a coesão
celular no centro emotivo,
operando sobre determinado
ponto do coração, que passou
a funcionar como bomba
mecânica, desreguladamente.
13 Companheiro libertado
•
•
•
Nova cota de substância desprendia-se
do corpo, do epigastro à garganta, mas
reparei que todos os músculos
trabalhavam fortemente contra a
partida da alma, opondo-se à libertação
das forças motrizes, em esforço
desesperado, ocasionando angustiosa
aflição ao paciente.
O campo físico oferecia-nos resistência,
insistindo pela retenção do senhor
espiritual.
Com a fuga do pulso, foram chamados
os parentes e o médico, que acorreram,
pressurosos. No regaço maternal,
todavia, e sob nossa influenciação
direta, Dimas não conseguiu articular
palavras ou concatenar raciocínios.
13 Companheiro libertado
•
•
•
•
Alcançáramos o coma, em boas condições.
O Assistente estabeleceu reduzido tempo
de descanso, mas volveu a intervir no
cérebro. Era a última etapa.
Concentrando todo o seu potencial de
energia na fossa romboidal, Jerônimo
quebrou alguma coisa que não pude
perceber com minúcias, e brilhante chama
violeta-dourada desligou-se da região
craniana, absorvendo, instantâneamente, a
vasta porção de substância leitosa já
exteriorizada.
Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que
era difícil fixá-la, com rigor. Em breves
instantes, porém, notei que as forças em
exame eram dotadas de movimento
plasticizante.
13 Companheiro libertado
•
A chama mencionada transformou- se em
maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do
nosso amigo em desencarnação,
constituindo-se, após ela, todo o corpo
perispiritual de Dimas, membro a membro,
traço a traço. E, à medida que o novo
organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz
violeta-dourada, fulgurante no cérebro,
empalidecia gradualmente, até desaparecer,
de todo, como se representasse o conjunto
dos princípios superiores da personalidade,
momentaneamente recolhidos a um único
ponto, espraiando-se, em seguida, através
de todos os escaninhos do organismo
perispirítico, assegurando, desse modo, a
coesão dos diferentes átomos, das novas
dimensões vibratórias.
13 Companheiro libertado
• Dimas-desencarnado elevouse alguns palmos acima de
Dimas cadáver, apenas ligado
ao corpo através de leve
cordão prateado, entre o
cérebro de matéria densa,
abandonado, e o cérebro de
matéria rarefeita do organismo
liberto.
• A genitora abandonou o corpo
grosseiro, rapidamente, e
recolheu a nova forma,
envolvendo-a em túnica de
tecido muito branco, que
trazia consigo.
13 Companheiro libertado
•
•
•
Para os nossos amigos encarnados,
Dimas morrera, inteiramente. Para
nós outros, porém, a operação era
ainda incompleta.
O Assistente deliberou que o cordão
fluídico deveria permanecer até ao
dia imediato, considerando as
necessidades do “morto”, ainda
imperfeitamente preparado para
desenlace mais rápido.
E, enquanto o médico fornecia
explicações técnicas aos parentes em
pranto, Jerônimo convidou-nos à
retirada, confiando, porém, o recém
desencarnado a mãezinha de Dimas
no mundo físico.
13 Companheiro libertado
•
— Minha irmã pode conservar o filho
à vontade até amanhã, quando
cortaremos o fio derradeiro que o liga
aos despojos, antes de conduzi-lo a
abrigo conveniente. Por enquanto,
repousará ele na contemplação do
passado, que se lhe descortina em
visão panorâmica no campo interior.
•
Além disso, acusa debilidade extrema
após o laborioso esforço do momento.
Por essa razão, somente poderá partir,
em nossa companhia, findo o
enterramento dos envoltórios
pesados, aos quais se une ainda pelos
últimos resíduos.
13 Companheiro libertado
• A anciã agradeceu com emoção e,
dando a entender que lhe
respondia às argüições mentais, o
Assistente concluiu:
• — Convém montar guarda aqui,
vigilante, para que os amigos
apaixonados e os Inimigos
gratuitos não lhe perturbem o
repouso forçado de algumas
horas.
• A mãe de Dimas revelou-se muito
grata e partimos, a caminho da
fundação de Fabiano, de onde
nossa expedição socorrista
regressaria à Crosta, no dia
seguinte.
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Obreiros da Vida Eterna - Cap. 10 ao 13 (RosanaDR)