Luciana Tolstenko Nogueira POLÍTICA – é uma tentativa de resolução/regulação de situações que se apresentam como problemas públicos nas comunidades. PROBLEMAS PÚBLICOS – problemas/situações que interferem na disponibilidade dos meios de viver dos sujeitos sociais. 1500 até o primeiro reinado: Não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde; Recursos provenientes da terra (plantas e ervas) e curandeiros; Com a vinda da família real ao Brasil: Com a vinda da família real ao Brasil: Rio de janeiro como centro das ações sanitárias; Doenças vindas com os navios do exterior; Febre amarela, cólera e a varíola; Com a vinda da família real ao Brasil: 1850: atribuições sanitárias às juntas municipais, controle de navios e saúde de portos – controle sanitário mínimo; População da corte foi vacinada contra varíola; Com a vinda da família real ao Brasil: Necessidade da criação das escolas de medicina – Rio de Janeiro (1813) e Bahia ( 1815); Em 1829 foi criada a Imperial Academia de Medicina e a junta de higiene pública; Com a vinda da família real ao Brasil: Médicos concluem que as enfermidades cariocas eram causadas pelos “miasmas”; Realidade: ricos buscavam assistência na Europa; pobres buscavam curandeiros; Com a vinda da família real ao Brasil: A população tinha medo dos hospitais - Santas Casas de misericórdia; Brasil – fama de país mais insalubre do planeta. Início 1930 da república (1889) até Início da república (1889) até 1930 Interesses agrícolas agrários, economia agroexportadora; Falta de modelo sanitário eficiente; Ocorriam epidemias (varíola, febre amarela, tuberculose e sífilis) e endemias rurais, doença de Chagas, malária); Início da república (1889) até 1930 Intervenção campanhista (repressivo) para combate à febre amarela no RJ; Erradicação da febre amarela no RJ; Núcleo de pesquisa da coletividade – a epidemiologia; Início da república (1889) até 1930 O trabalho como capital – a medicina assume o papel de guia do Estado; Área científica – medicina pública, medicina sanitária, higiene ou saúde pública. Início da república (1889) até 1930 Choque de idéias entre a medicina tradicional e a moderna – surgimento dos conceitos da bacteriologia e da fisiologia ( Louis Pasteur e Claude Bernard); Início 1930 da república (1889) até “Assim [...] a Revolução Pasteuriana permitiu que se construísse dentro do setor saúde e mesmo nos outros setores da sociedade uma relação exclusiva entre as doenças e um campo muito específico de conhecimento: a biologia. Esse paradigma determinou uma hegemonia da prática da biomedicina na sociedade ocidental, a partir do século XX” (Brasil, [s.d.]) Início da república (1889) até 1930 Médicos ocupam cargos importantes na administração pública – compromisso para o saneamento da cidade; Revolta da vacina (vacina antivaríola); Revolta da Vacina Revolta da Vacina Intervenção médica recebida com desconfiança e medo pela população; Os agentes sanitários eram acompanhados pela vigilância policial que muitas vezes agia com violência; Em 1904 o Congresso Nacional aprova a obrigatoriedade da vacina contra a varíola; Revolta da Vacina Impressionados com a dimensão da revolta o governo revogou a obrigatoriedade da vacina, tornando-a opcional para todos os cidadãos “Enquanto a economia brasileira esteve dominada por um modelo agroexportador, assentado na monocultura cafeeira, o que se exigia do sistema de saúde era, sobretudo, uma política de saneamento dos espaços de circulação das mercadorias exportáveis e a erradicação ou controle das doenças que poderiam prejudicar a exportação” (Mendes, 1999). Início 1930 da república (1889) até Surge a política de saúde brasileira – intervenção estatal – entende-se que não pode existir isolada e sim articulada com a política social. Reforma promovida por Oswaldo Cruz: Reforma promovida por Oswaldo Cruz: Registro demográfico; Laboratório para diagnóstico etiológico; Fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa. Carlos Chagas 1920: Carlos Chagas: propaganda e educação sanitária (luta contra tuberculose, lepra e doenças venéreas). O modelo do sanitarismo campanhista foi baseado: na força da autoridade; no caso da intervenção médica, significa autoridade da competência; exclui a consulta ou diálogo com aqueles julgados ignorantes. Ex. sociedade civil. (Luz, 1982, Costa, 1985) Anos 30 Governo populista e autoritário de G.V; Regulamentação da justiça do trabalho e homologação da Consolidação das leis trabalhistas (CLT); Transição demográfica (aumenta expectativa de vida, predomínio das doenças da pobreza). Período dos anos 30 aos anos 60 Em 1930 cria-se o Ministério da Educação e Saúde Pública; Em 1953 cria-se o Ministério da Saúde; Em 1956 cria-se DNERU (Dep. Nac. Endemias Rurais); Período dos anos 30 aos anos 60 Políticas de saúde: Lei orgânica da Previdência e expansão da assistência médico-hospitalar; Em 1963 os trabalhadores rurais foram incorporados aos IAP’s (FUNRURAL); Era Vargas Expansão dos benefícios; Institutos de Aposentadoria e Pensões (1934); Previdência como mecanismo de controle dos trabalhadores (política compensatória); Salário Mínimo, Jornada de Trabalho. Período dos anos 30 aos anos 60 Sistema Médico-Previdenciário Seguro Social Dicotomia Lei Eloi Chaves ○ Caixas de Aposentadoria e Pensões ○ Voltada para o trabalhador urbano ○ Empresas de Estrada de Ferro Período de 64 80 Período de 64 a 80 Criação do INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) em 1966. - Hospitalocêntrico; - Centralizado; - Privatizante; - Empresas de serviços médicos (pré pagamento). Período de 64 a 80 Em 1978: - Criado o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). - Alma-Ata – Saúde para todos até o ano de 2000. Serviços primários. - Criado o SINPAS (Sistema Nacional da Previdência e Assistência Social). Período de 80 a 88 Fim do regime militar. Movimento da reforma sanitária organiza a VIII Conferência Nacional de Saúde, com ampla participação da sociedade organizada. Criação da AIS – Previdência, educação e saúde em 1982. Período de 80 a 88 Propõe o SUS. Convênio SUDS (1987). SUS aprovado pela Constituição de 1988. Período de 80 a 88 Houve uma diminuição das doenças epidêmicas principalmente nos grandes centros do sudeste e sul do Brasil. A preservação da saúde acontecia precariamente. “ Sempre fui adversário da tese de que a política é a arte do possível. Para mim é a arte de ampliar os limites do possível, ou seja, é a arte de avançar no impossível”. José Serra, 2002. Costa NR 1985. Lutas urbanas e controle social. Ed. Vozes, Petrópolis. Luz MT 1982. Medicina e ordem política brasileira. Graal, Rio de Janeiro, 218 pp.