Sociedade de Campina Grande- Rumo aos 150 anos Alunos: Yasmim Torres Cynthia Lacerda Mateus Araújo Pedro Serpa Maria Luíza Severo Natália Cordeiro Professor : Ribamar Série: 2º ano “A” Formação • As origens da data de criação de Campina Grande geram uma série de controvérsias. Acredita-se que o povoado teria sido fundado por Teodósio de Oliveira Lêdo, capitão-mor dos Sertões, em 1º de dezembro de 1697, conforme alguns historiadores, a partir de um aldeamento dos Índios Ariús, escravizados da região das Piranhas e Piancó, no “sítio da Campina Grande”. Os indígenas foram fixados nas proximidades do riacho das Piabas, onde logo foram surgindo casebres de taipa, constituindo o primeiro arruamento, que atualmente é a rua Vila Nova da Rainha. Povoamento • O povoado tornou-se Vila Nova da Rainha,em 1790, por intermédio da Carta Régia de 22 de julho de 1766. Passou a dispor também de Câmara Municipal, Julgado de Paz, Cartório e Pelourinho. Formava um incipiente centro urbano, onde as atividades mercantis se concentravam. Inclusive, há uma curiosidade de que esse novo nome não houvesse sido acatado por grande parte da população, a não ser em documentos oficiais. Consta que até papéis forenses de 1831 referiam-se a Campina Grande ao invés de seu nome oficial. Existiam poucas casas, espalhadas no largo e no oitão da Igreja, na rua do Meio e nas Barrocas. A atividade econômica principal da capitania baseava-se, principalmente, na cana-de-açúcar cultivada no Litoral e na Várzea, surgindo as primeiras vilas nessas regiões, enquanto Campina Grande, como povoado, permanecia crescendo vagarosamente. Surto • Em 1852 a população da Vila já somava cerca de 17.900 pessoas, entre cidadãos livres e escravos. Mas em 1856, uma epidemia de cólera-morbo matou cerca de 1.550 pessoas no município, reduzindo quase um décimo sua população. O cemitério das Boninas, mais tarde "Cemitério Velho", foi um entre os vários improvisados em diversos sítios do município para o sepultamento desses mortos. O cólera-morbo retornaria seis anos mais tarde, em 1862, desta vez vitimando outras 318 pessoas na localidade. A emancipação • Com o despertar de ideais liberal-revolucionários, a vida social na Vila passa a expressar-se de forma significante na política. Os partidos políticos começaram a se organizar a partir da década de 30 daquele século, contribuindo para o fracionamento das antigas famílias que compunham as elites dominantes da sociedade. Campina Grande conquista sua independência política em 11 de outubro de 1864, pela Lei Provincial nº 137, elevando-se à categoria de cidade. A localidade já contava com três largos, quatro ruas e cerca de 300 casas. Também com as igrejas da Matriz e do Rosário,os prédios da Cadeia, da Câmara Municipal, entre outros. O desenvolvimento • A partir da elevação à categoria de cidade, em 1864, até o final do século, um novo surto de desenvolvimento ocorre na povoação, aumentando em muito o volume de operações comerciais. Pouca coisa mudou no seu cenário urbano, além de alguns prédios edificados para a Cadeia Nova, para a Casa de Caridade, para o Grêmio de Instrução, para o Paço Municipal. Muitas casas foram construídas nesse período e a cidade passou a contar com cerca de 500 habitações no final do século XIX. A feira de cereais foi transferida mais duas vezes, num período de seis anos: ela volta para o "Comércio Velho", em 1869, por força da Lei Provincial número 334, de 27 de novembro; e retorna ao "Comércio Novo", em 1870, por imposição da Lei Provincial n.º 381, que também proibia banhos e lavagem de roupas e de animais no Açude Novo e vaquejadas nas ruas do local. A Comarca foi criada em 8 de agosto de 1865, pela Lei Provincial nº 214. • Em 1867 foi instalada a Agência Fiscal das Rendas Provinciais. A inauguração do sistema de eletricidade foi um fato muito importante para o crescimento do município de Campina Grande e toda a região do chamado Compartimento da Borborema. A Revolta • No ano de 1872, o Decreto Imperial de18 de setembro determinou como padrão de medidas o sistema métrico decimal francês. Dois anos mais tarde, em novembro de 1874,a execução local do que impunha esse decreto foi o estopim que deflagrou a insurreição dos Quebra-Quilos. A revolta, liderada por João Vieira, conhecido como João Carga d’Água, irrompeu na serra de Bodopitá. Descendo a serra, os insurretos invadiram a cidade num dia de feira, quebraram as "medidas" (caixas de madeira de um e cinco litros de capacidade), fornecidas pelo poder público municipal e usadas pelos feirantes, e atiraram os pesos dentro do Açude Velho. A luta revolucionária se estendeu a outros municípios do Brejo e do Cariri, transpondo para os estados de Pernambuco e até Alagoas. A maioridade • A luta político-eleitoral se intensifica, entre conservadores e liberais renhida muitas vezes por motivos os mais banais, incluindo a própria mudança da feira, ora para o "Comércio Novo", ora para o "Comércio Velho": os liberais a queriam no "Comércio Velho". Os seus chefes, em sua maioria agricultores e criadores pertencentes às famílias mais antigas, preferiam morar ou reconstruir nas ruas antigas; por outro lado, os conservadores, comerciantes em sua maioria, a queriam no "Comércio Novo", onde a atividade mercantil era mais promissora. Os distúrbios pela mudança da feira eram de tal monta violentos que impediam a própria realização da mesma, em seu dia de funcionamento. Os conselhos • Com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, os conservadores sobem ao poder em Campina Grande e uma junta toma posse do Governo da Paraíba. Em primeiro de fevereiro de 1890, o Decreto Estadual número 7 dissolveu as Câmaras Municipais, criando em todos os municípios da Paraíba os Conselhos de Intendência, também com funções legislativas e executivas, em substituição àquelas. Estes Conselhos eram compostos de três membros titulares e dois suplentes. Os Conselhos de Intendência vigoraram por dois anos, quando foram substituídos pelos Conselhos Municipais, em 17 de dezembro de 1892, pela Lei Estadual nº 9, que também organizou os municípios. Esses novos Conselhos também tinham atribuições legislativa se executivas, eram formados por 12 membros na capital, por nove nas cidades e por sete nas vilas, eleitos pelo voto direto para um mandato de quatro anos. Em cada município, a chefia do Poder Executivo era exercida pelo Presidente do Conselho Municipal respectivo. Em Campina Grande, a instalação do primeiro Conselho Municipal ocorreu em7 de maio de 1893, tendo assumido sua presidência e, conseqüentemente, a chefia do Poder Executivo local José Honorato da Costa Agra. Imprensa • No período compreendido de 1888 a 1895, surgem alguns dos primeiros órgãos de imprensa campinenses: o semanário"Gazeta do Sertão" (1888), os jornais"O Álbum" (1888),"Alfinete" (1888),"A Gazetilha" (1889), "O Tempo" (1890),"O Campinense" (1892) e "O Eco" (1895). Em maio de 1891, teve início a construção do prédio para o "Grêmio de Instrução", para o ensino e às ações teatrais. Compondo o cenário cultural, existiam duas bandas de música na cidade: uma dirigida pelo maestro Balbino Benjamim de Andrade; outra pelo compositor Antônio da Silva Barbosa. Política • Através da Carta de Lei de 25 de março de 1824, de Dom Pedro I, a Vila ganhava a Câmara Municipal. As suas atribuições eram de governo, com poderes legislativo e executivo. Elas foram confirmadas em 1º de outubro de 1827, pela Lei Orgânica do Império. A Câmara era constituída por vereadores. Sua presidência exercida pelo mais votado. A eleição destes era realizada entre os chamados "cidadãos ativos", reunidos em assembleia no prédio da Igreja Matriz. No ano de 1814 foi concluída a construção do prédio da cadeia, localizado no largo da Matriz. Atualmente, onde funciona o Museu Histórico e Geográfico, na avenida Floriano Peixoto. A primeira agência postal da Vila foi instalada em julho de 1829. Futebol • O futebol na região de Campina Grande passou a ser elemento fundamental para uma interação maior entre as pessoas da sociedade, com interesses semelhantes trazendo aos jogadores companheirismo, comunicação, e além da rivalidade entre os clubes, trás alegria para o público.