BOA TARDE!
(…) Melhor explicitando organismos
vivos, sociedade e meio ambiente
funcionam juntos como um todo
integrado; sofrendo e exercendo mútuas
influências e modificando-se sob a ação
delas. (…)
Trautwein, Breno (2000, p 39)
O Relatório do Social Issues Research
Centre ( SIRC)
Sociedade contemporânea e a
Maçonaria, análises e debates .
O QUE É?
Pesquisa colocada em prática pela
Grande
Loja
Unida
da
Inglaterra,
visando as comemorações de seu
tricentenário que será efetivado em
2017.
QUEM EXECUTOU?
A empreitada foi encomendada pela primeira vez
na história da UGLE à uma instituição não
maçônica, o Social Issues Research Centre (
SIRC), renomado Centro e especialista em
pesquisas que combina dados com estudos
avançados em antropologia e áreas diversas.
QUAL O NÍVEL DESTE INSTITUTO?
Tem como clientes entre outros:
Alliance e Leicester; BBC Trust; BMW, British
Airways, BT; Cadbury Schweppes; Canon;
Carphone Warehouse; Coca Cola ; a Comissão
Europeia, Lloyds TSB; Masterfoods; Loteria
Nacional, Secretaria de Ciência e Tecnologia;
Prudential; Renault; Roche, entre outras.
QUAL É O OBJETIVO?
1) Compilar as visões e opiniões tanto
de maçons quanto de não maçons a
respeito da Ordem e examinar as
interrelações
contemporânea.
com
a
sociedade
2) Ao final foi produzido um relatório intitulado
“O Futuro da maçonaria na Inglaterra” e está
postado no site oficial da UGLE pretendendo
ser elemento norteador de proposições e
análises filosóficas desta Instituição com
vistas a construção de cenários futuros.
O POR QUÊ DO TRABALHO?
ROCHA (2003, p 169) definiu ser alguns
seres humanos aos quais me incluo:
(...)“ Em verdade, buscadores de
respostas, formuladores de perguntas
que possam satisfazer a curiosidade
essencial do ser.” (...) .
OBJETIVOS DO TRABALHO
Estabelecer indicativos de uma discussão mais
aprofundada entre a maçonaria brasileira e o
Relatório do SIRC, projetando novos cenários
para a maçonaria em nosso país.
Temas abordados..SIRC:
Introdução,
Criando vínculos
Doar
Ritual
O futuro da Maçonaria.
I- INTRODUÇÃO
Para a análise das transcrições e tratamento dos
dados qualitativos dos dois grupos (maçons e
não maçons) foi utilizado um software, o
MAXQDA , que permite a identificação eficiente
dos principais temas dentro de relatos e as áreas
de consenso e divergência.
II- CRIANDO VÍNCULOS


NÃO MAÇONS:
Intenção gregária ancestral, antropólogica
compõe o cenário de pertencimento, de
querermos pertencer a algo, Clubes, Família,
lazer etc.
Para Maslow, na hierarquia das necessidades
humanas, nossas exigências de contato social
vêm depois somente das necessidades
fisiológicas (ar, alimento, água e sono).
CONTINUAÇÃO
MAÇONS:
Para a SIRC (2012, p 10),( …) "Vínculo masculino",
no entanto, tem suas raízes em um período
anterior da evolução
humana - o período
Paleolítico Superior ou Idade da Pedra Tardia,
cerca de quarenta mil a cem mil anos atrás.A
Idade da Pedra Tardia foi a era das tribos de
caçadores-coletores, (...)
Este período, anterior ao desenvolvimento da agricultura, é muitas vezes
referido como aquele de 'comportamento moderno
CONTINUAÇÃO
ALGUNS DEPOIMENTOS ILUSTRATIVOS
SIRC (2012, p 16 e 17)“(...) Na Maçonaria as pessoas não estão
lá para tirar coisas de você, na verdade é o inverso(...) e
estou preparado para fazer qualquer coisa por qualquer um
agora, não apenas outros maçons e isso me acordou ao
longo dos últimos anos (…) Eu sou muito mais tolerante com
outras pessoas do que costumava ser (...) Algumas das
pessoas de quem você não gostava, de repente você
descobre que elas têm seus pontos positivos.(...) você olha
para as pessoas de forma diferente depois de um tempo (…)
Você precisa ajudar as pessoas e você precisa ser tolerante. A
Maçonaria efetivamente lhe ensina a paciência.
III- DOAR
NÃO MAÇONS:
O SIRC (2012, p 23) relata estudos recentes
indicando: “que os atos de beneficência acionam
centros de recompensa do cérebro e aqueles
associados a emoções e comportamento social. Há
também aumentos na secreção de dopamina
neuroquímica, novamente levando às sensações de
recompensa, nestes momentos. “
Pode-se elucubrar e dizer que países onde houveram várias catastrófes e guerras, os povos tem maior facilidade
em doar e participar como voluntários em suas sociedades sem entretanto negar que pessoas em todos os
continentes tem uma herança genética ou vivencial que as predispõe ao ato sublime e tão humanitário de doar.
CONTINUAÇÃO
MAÇONS:
“A coisa boa sobre doar para beneficência através da
Maçonaria é que ela é bem administrada, é muito
bem organizada e você sabe que qualquer dinheiro
que você dá, mesmo pequenas quantias, é mais
provável que tenha um impacto maior no final da
linha do que poderia ter se você dá a uma caixa de
coleta na rua, que tem todos os custos administrativos
associados.”
Relato de entrevistado maçom- SIRC (2012, p 28)
CONTINUAÇÃO
OBSERVAÇÕES:
UGLE tem 04 organizações de caridades principais
que atendem por faixa etária:




A GRANDE CARIDADE.
ROYAL MASONIC TRUST FOR GIRLS AND BOYS.
ROYAL MASONIC INSTITUITION BENEVOLENTE.
MASONIC SAMARITAN FUND.
CONTINUAÇÃO
Os pesquisadores do SIRC (2012, p 27) viram
como importante que:
(…) “o dinheiro vem do próprio bolso dos maçons
e não de "sacolinhas" ou outras atividades de
levantamento de fundos. E eles parecem se
beneficiar de saber como seu dinheiro é gasto ”.
CONTINUAÇÃO
Outro fator importante
e destacado em
entrevista com um maçom foi: SIRC (2012, p
29):
"A outra coisa poderosa sobre isso é a
velocidade com que o dinheiro pode ser
aplicado. Tudo é feito com base na confiança.
Porque nós confiamos uns nos outros na
maneira de aplicar o dinheiro, fomos capazes de
entregar £ 75.000 no dia seguinte ao tsunami e
para a área mais atingida.”
IV- RITUAL
NÃO MAÇONS:
"Eu tenho um monte de rituais; tudo. No trabalho, assim que eu passo pela
porta. Eu tenho ritual antes de sair à noite. Geralmente eu costumo tê-los
passando pela minha cabeça... Eu sou bastante distraído, portanto fazer as
coisas em certa ordem - me ajuda a lembrar das coisas. Como quando eu
vou nadar e tenho certa maneira de embalar minha mochila, que para mim
é um ritual. Eu conto tudo como à medida que vou colocando-o dentro da
sacola. Eu tenho uma bolsinha que só é usada para os dez pence do
armário. Antes de sair eu bebo sempre um expresso em certa xícara
pequena antes de sair de casa. Então você obviamente tem o ritual de sua
maquiagem, em que tudo se passa em uma determinada ordem. Pentear o
cabelo, organizar suas roupas antes de entrar no chuveiro...”
Aprofundando e pontuando escolhemos outro depoimento do relatório que talvez identifica o viver
ritualísticamente (SIRC 2012, p 36)
CONTINUAÇÃO
O SIRC (2012, P 37) busca enfim classificar objetivamente os rituais humanos,
diferenciando-os de superstição e rotinas:
(…) Existe, naturalmente, uma distinção a ser feita aqui entre ritual e
superstição. Um ritual é uma forma de comportamento ou conjunto de
ações que um desportista realiza na crença de que eles têm um propósito
específico ou poder de influenciar seu desempenho. Uma superstição, por
outro lado, é algo que é principalmente adquirida através de retrospecção um resultado favorável foi obtido depois que certa ação ou conjunto de
ações foram realizados - e estes são repetidos na esperança de que estes
também resultarão em um algo igualmente favorável(...) As rotinas não tem
elementos emocionais.
CONTINUAÇÃO
MAÇONS:
Os maçons mais jovens surpreendentemente colocaram maior
enfase sobre o fascínio dos rituais
CONTINUAÇÃO
SIRC PONTUA:
“Este ponto sobre o propósito subjacente ao ritual - a
transmissão de códigos morais - foi destacado por muitos
outros maçons. Dentro de uma forma de atuação teatral que
pode parecer estranha para os de fora, havia um significado
que tornava todo o negócio merecedor e gratificante...Acima
de tudo, havia um sentimento de "se tornar uma pessoa
melhor":
CONTINUAÇÃO
INTERESSANTE!!!
“Foi nesta seção das entrevistas que os maçons
tenderam a se tornar o mais articulados. Talvez sua
experiência de aprendizagem de cor as frases e
diálogos
complexos e um tanto misteriosos foi
responsável por isso, e muitos disseram que a
experiência de participar do ritual maçônico lhes havia
dado um maior senso de
confiança para, por
exemplo, falar em apresentações de negócios ou em
público.”
V- O FUTURO DA MAÇONARIA
Sem idéias, a evolução humana seria inexplicável.
José Ingenieros
V- O FUTURO DA MAÇONARIA
SIRC (2012, p 45):
“ É importante notar que ao longo de seus quase 300 anos
de história organizada, a Maçonaria tem acolhido como
membros homens de todos os credos, e que a discussão
religiosa é proibida durante as reuniões. Ela é
tranquilamente orgulhosa de que, na época em que os
não cristãos eram discriminados na vida pública e social,
a Maçonaria os recebeu em suas lojas”
V- O FUTURO DA MAÇONARIA

a Maçonaria atende às necessidades atemporais de
pessoas
de
um
sentimento
de
filiação
e
de
pertencimento.” (p, 51)

Evidenciou entretanto que para que isto aconteça e
preciso
abrir
um
novo
capítulo
de
abertura
e
transparência e estas impressões foram colhidas junto
aos maçons.
V- O FUTURO DA MAÇONARIA
Conclui (p, 53):” Se a Maçonaria é capaz de concluir com
sucesso a sua
'revolução silenciosa', enquanto ao
mesmo tempo garante que suas características centrais
sejam mantidas para preservar o "espírito" verdadeiro
da Maçonaria, então o seu futuro pode muito bem ser
assegurado - pelos próximos um ou dois séculos, pelo
menos.
”
CONCLUSÕES DO AUTOR
OBJETIVOS DO
TRABALHO
Estabelecer indicativos de uma discussão
mais aprofundada entre a maçonaria
brasileira e o Relatório do SIRC,
projetando novos cenários para a
maçonaria em nosso país.
CONTINUAÇÃO

Cita historiadores que remetem a maçonaria a
ser um “refúgio seguro” para livres pensadores.

E mais a frente (p, 51) novamente enfatiza “um
valioso fórum para discussão aberta e honesta
entre amigos, sem risco de recriminação. ”
CONCLUSÕES DO AUTOR

Existe uma inquietude de estar a comunidade
maçônica inglesa muito propensa a uma maior abertura
social.

Outro destaque para este futuro melhor fica o trabalho
de tutoria aos membros mais jovens e que está em fase
de implantação naquele país(p, 48).
CONCLUSÕES DO AUTOR
CRIAÇÃO DAS AÇÕES EM COMUM SEGUINDO
MODELO UGLE:
A GRANDE CARIDADE.
ROYAL MASONIC TRUST FOR GIRLS AND BOYS.
ROYAL MASONIC INSTITUITION BENEVOLENTE.
MASONIC SAMARITAN FUND.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
HÁ 17 ANOS ATRÁS
“Dogmas e Preconceitos maçônicos”
(1997, p25) Ir.: Breno
Trautwein, referindo-se a Ordem.(…) ao examinarmos os seus
ensinamentos, surpresos notamos a sua decadência filosófica
caindo para um dogmatismo absurdo e para um teísmo irracional,
também imposto, além de inúmeros preconceitos falsos”.
”
Parapoeisando “O Haver”
de Vinicius de Moraes...
Resta-nos esta enorme capacidade de querer
melhorar este mundo e ...quando a maçonaria
nos vier como a mais velha amante... se
encantara ao saber que é a nossa mais nova
namorada.
Dedicamos este trabalho aos irmãos Renato Gabriel e
Derly pela persistência e atenção em buscar uma
maçonaria ainda melhor.
MUITO OBRIGADO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E VIRTUAIS:
ROCHA, Luiz Gonzaga da. Nas Tabernas dos Antigos maçons.1 Ed. -Londrina : Ed. Maçônica “A TROLHA”,.
2003.
Site: http://www.priberam.pt/dlpo/ em diversas consultas.
Site: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-vinicius-de-moraes/poesia-o-haver.php
consultado em 20/08/2012 ás 9H.
Site: www.ugle.org.uk consultado em 15/08/2012 ás 10H.
SIRC. Relatório “O futuro da maçonaria na Inglaterra”. 2012 Documento em pdf .Tradução de José A.S.
Filardo.
SPOLADORE, Hércule. O Homem, O Maçom e a Ordem.1 Ed. -Londrina : Ed. Maçônica “A TROLHA”,. 2005.
TRAUTWEIN, Breno. Folhas aos Ventos Maçônicos.1 Ed. -Londrina : Ed. Maçônica “A TROLHA”,. 2000.
TRAUTWEIN, Breno. Dogmas e Preconceitos Maçônicos.1 Ed. -Londrina : Ed. Maçônica “A TROLHA”,. 1997.
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Francisco Trautwein