DETERMINAÇÃO DE VELOCIDADE EM MECANISMOS POR POLÍGONO DE VETORES Os métodos gráficos podem ser usados para determinar velocidades de todos os pontos do mecanismo rapidamente com poucos cálculos VELOCIDADE RELATIVA DE PONTOS EM UM ELO COMUM VPQ VP VQ Em uma análise de elos, apenas uma das velocidades absolutas é usualmente conhecida. A velocidade desconhecida pode ser determinada na seguinte forma: VP VQ VPQ Na figura, se observações são feitas em relação a Q, então Q está em repouso. Em relação a Q o elo gira com uma velocidade absoluta ω3 em torno de Q como se Q fosse um centro fixo. A partícula P se movimenta em uma trajetória circular em relação a Q com um raio de curvatura PQ. A magnitude da velocidade relativa pode ser determinada como: VPQ PQ3 EXEMPLO: Para o mecanismo mostrado obtenha a velocidade do ponto B, e as velocidades angulares ω3 e ω4 . Obtenha também as velocidades angulares relativas ω32 , ω43 e a velocidade do ponto C. VB VA VBA VB O4B VA O2 A 2 102 30 3060 mm / s VA O2 A VBA AB VBA VB Medido do polígono: VB 1800 mm / s VBA 3180 mm / s 3 VBA 3180 15,7 rad / s anti horário 203 BA VB 1800 4 23,6 rad / s (anti horário) O4B 76,2 32 3 2 15,7 30 45,7 rad / s (anti horário) 43 4 3 23,6 15,7 7,9 rad / s (anti horário) VC VA VCA VC VB VCB VC desconhecido VCA CA VCA VCB CB VCB A imagem de velocidades girou de 90º em relação à imagem original no mesmo sentido de ω3. Medido do polígono: VC 3050 mm / s VCA 1600 mm / s VCB 2390 mm / s 3 3 VBA BA VCA VCB VDA CA CB DA VELOCIDADE RELATIVA DE PONTOS COINCIDENTES EM ELOS SEPARADOS Na figura o ponto P3 pertence ao pino 3 e o ponto Q2 pertence ao elo 2. A velocidade relativa VP Q 3 2 é tangente à trajetória relativa de P3 ao elo 2. EXEMPLO: Para o mecanismo mostrado obtenha as velocidades dos pontos A e B considerando que ω2 = 10 rad/s. VA VA VA A 4 2 4 2 VA O4 A 4 VA O2 A 2 2 2,5 10 4 2 25 pol / s O2 A 2 VA A // tan gente ao came 4 2 VA 12,3 pol / s 4 VA A 26,3 pol / s 4 2 VB VB VB B 5 2 5 2 VA // linha de centro de 5 4 VB O 2B 2 2 2,8 10 2 28 pol / s O 2B 2 VB B // tan gente ao came 5 2 VB 14,7 pol / s 5 VB B 31,6 pol / s 5 2 VELOCIDADE RELATIVA DE PONTOS COINCIDENTES EM PONTOS DE CONTATO DE ELEMENTOS ROLANTES No ponto de contato existe rolamento puro, sem deslizamento entre as superfícies. VP VP 3 2 VP P 0 3 2 EXEMPLO: Para o mecanismo mostrado VA 122 m / s Determine as velocidades angulares das engrenagens 4 e 5. Mostre as imagens de velocidade das duas engrenagens. Determine também a velocidade do ponto D na engrenagem 5 VB VA VBA VB // cremalheira VA 122 m / s VA O2 A VB VBA AB VB 104 m / s VBA 116 m / s VA VBA VC VB VCB VC O6C VCB CB VC 36,6 m / s VCB 112 m / s VB VC VCB Para criar a imagem do elo 4 deve-se considerar que o centro do círculo é o ponto B no polígono de velocidades, e um ponto do círculo deve passar por zero (ponto P4 que tem velocidade igual a zero, correspondente ao ponto Ov no polígono) Para criar a imagem do elo 5 deve-se considerar que o centro do círculo é o ponto C no polígono de velocidades, e um ponto do círculo deve coincidir com algum ponto do círculo da imagem do elo 4 (ponto M5 e M4 que têm velocidades iguais) Das imagens de velocidade pode-se obter: VBP VB 104 m / s 4 VCM 207 m / s 5 VM VM 206 m / s 5 4 VD 215 m / s 4 VBP 4 BP VCM 104 1020 rad / s horário 102 1000 207 5 4060 rad / s anti horário 51 CM 1000 5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE Em um dado instante, um par de pontos coincidentes em dois elos em movimento terão velocidades absolutas iguais, e portanto, velocidade relativa igual a zero TEOREMA DE KENNEDY Para três corpos independentes em movimento plano geral, os três centros instantâneos se localizam na mesma linha reta. Elos Centro conhecido Centro conhecido Centro desconhecido 1 2 3 12 23 13 1 3 4 14 34 13 Elos Centro conhecido Centro conhecido Centro desconhecido 2 3 4 34 23 24 1 2 4 14 12 24 Elos Centro conhecido Centro conhecido Centro desconhecido 123 12 23 13 134 14 34 13 Elos Centro conhecido Centro conhecido Centro desconhecido 234 34 23 24 124 14 12 24 NÚMERO DE LOCALIZAÇÕES DE CENTROS INSTANTÂNEOS Em um mecanismo consistindo de n elos, há n-1 centros instantâneos em relação a qualquer elo dado. Para um número de n elos, há um total de n(n-1) centros instantâneos. Porém, desde que para cada localização de centros instantâneos há dois centros, o número total de localizações é dado por: N n(n 1) 2 1 2 12 2 1 21 3 1 31 1 3 13 2 3 23 3 2 32 EXEMPLO: Para o mecanismo mostrado determine as 15 localizações de centros instantâneos EXEMPLO: Para o mecanismo mostrado determine a velocidade absoluta VC quando o elo motor gira com uma velocidade tal que VA = 30 pés/s, como mostrado Elos 135 Elos 126 ACELERAÇÃO DE PARTÍCULAS EM UM ELO COMUM 2 n V A PQ PQ 32 PQ PQ t A PQ PQ 3 EXEMPLO: Quando o mecanismo está na fase mostrada na figura, o elo 2 gira com a velocidade angular ω2=30 rad/s e uma aceleração angular α2=240 rad/s². Determine as acelerações dos pontos B e C e as acelerações angulares dos elos 3 e 4. Construa as imagens de velocidade e de aceleração do elo 3. VB VA VBA VB O4B VA O2 A 2 102 30 VB 3060 mm / s VA O2 A VBA AB B Ov VBA VA A VC VA VCA VC VB VCB VC desconhecido VCA CA VB VC Ov VCB CB VA B VCB C VCA A VBA Medido do polígono: VB 3660 mm / s VB VBA 2300 mm / s VCA 1130 mm / s VCB 2300 mm / s VC VA VCA VCB VBA AB A A ABA n t n t n t AB AB A A A A ABA ABA n VB2 36602 AB 203 O4B 66000 mm / s2 BO 4 t A B O4B n VA2 30602 AA 102 O2 A 91800 mm / s2 AO2 n t n t n t AB AB A A A A ABA ABA t A A O2 A 2 102240 24500mm / s2 O2 A 2 n VBA 23002 A BA 203 BA 26100 mm / s2 BA t A BA AB Medido do polígono: AB 70400 mm / s2 t AB 24700 mm / s2 t ABA 129000 mm / s2 As acelerações angulares podem ser calculadas como: t A BA 129000 3 635 rad / s2 anti horário 203 AB t AB 24700 4 122 rad / s2 horário 203 O4B 34 3 4 635 122 757 rad / s2 anti horário n t AC A A ACA ACA n t AC AB ACB ACB AC desconhecida 2 n VCA 11302 A CA 12500 mm / s2 102 CA CA 2 n VCB 17502 A CB 20100 mm / s2 152 CB CB t A CA CA t A CB CB Medido do polígono: A C 104000 mm / s2 ACELERAÇÃO RELATIVA DE PARTÍCULAS EM ELOS SEPARADOS. COMPONENTE DE ACELERAÇÃO DE CORIOLIS VA 2 VA VA VA A 4 2 4 2 VA 4 VA 4 A 2 AP AO A 2 V R R A A A A A A A 22 VA A n t n t n t A A A A A A A A A A A A A A 22 VA A 4 4 4 2 2 4 2 2 4 4 2 4 2 2 4 2 n t n t n t A A A A A A A A A A A A A A 22 VA A 4 4 2 2 4 2 n VA2 A AA A R 4 4 2 4 2 2 4 2 n VA2 A AA A R 4 4 2 2 O raio de curvatura R não é facilmente determinado n t n t n t A A A A A A A A A A A A A A 22 VA A 4 4 2 2 4 2 4 2 4 n t n t n t A A A A A A A A A A A A A A 24 VA A 2 Nesse caso a trajetória relativa é retilínea: 2 4 4 2 4 n VA2 A AA A 0 R 2 2 4 4 2 4 2 4 2 Quando o raio de curvatura R da trajetória relativa é conhecido: n VA2 A AA A 0 R 2 2 4 4 EXEMPLO: Para o mecanismo mostrado na figura, o elo 2 gira com a velocidade angular ω2=50 rad/s e o raio de curvatura R da ranhura no elo 3 é 305 mm. Determine a aceleração do ponto B 3 no elo 3 e a aceleração angular α3. VB3 VB2 VB3B2 VB3 O3B3 VB O 2B 2 2 2 50,8 50 2540 mm / s O 2B 2 VB B 3 2 R Medido do polígono: VB 1650 mm / s 3 VB B 2540 mm / s 3 2 3 VB3 O3B3 2540 mm / s (anti horário) n t n t AB AB AB AB n t A B B A B B 23 VB B 2 2 2 3 3 2 3 3 2 3 n VB2 25402 AB 50,8 O 2B 2 2 2 127000 mm / s2 B 2O 2 t AB2 0 2 0 n VB23 16502 AB3 208 O3B3 13100 mm / s2 B3O3 t AB3 O3B3 n t n t AB2 AB2 AB3 AB3 n t AB2B3 AB2B3 23 VB2B3 n VB22B3 25402 AB2B3 R 305 21200 mm / s2 B2C 23 VB2B3 2 7,93 2540 40300 mm / s2 VB2B3 t AB2B3 R Medido do polígono: AB 122000 mm / s2 3 t AB 120000 mm / s2 3 3 t AB 3 O3B3 120000 577 rad / s2 horário 208 ACELERAÇÃO RELATIVA DE PARTÍCULAS COINCIDENTES EM PONTO DE CONTATO DE ELEMENTOS ROLANTES