Projeto Conceitual Avançado LINHA 4 – METRÔ - RIO DE JANEIRO ALTERNATIVA W A ESPINHA DORSAL – CAMINHO DA ÁGUA Newton dos Santos Carvalho - GEÓLOGO Rio de Janeiro – maio / 2011 Esquema Geral do Empreendimento – Filme 1 Etapa 1:Filme 2 ◦ Construção do “Linhão do Metrô” desde o Bairro de Fátima (centro) até Realengo (zona oeste), pelo Maciço Rochoso, passando pela Zona Sul, Barra da Tijuca e Jacarepaguá com implantação do extravasor de água do Vidigal. Etapa 2: ◦ Integração com a Linha 1, em grande parte pelo maciço rochoso, através de ônibus elétrico, ou similar e, a Linha 3, através de metrô até a estação Carioca. Etapa 1: ◦ Execução do Linhão, a partir de TRÊS LOTES (com cerca de 30 km), escavados com o equipamento TBM (Tunnel Boring Machine – FILME 3). ◦ Cada TBM pode escavar até 450 metros por mês, tendo custo de cerca de 20 milhões de dólares, podendo ter um prazo de entrega de um ano, no máximo, entre a encomenda e o recebimento. ◦ Uma parte do Linhão já está em execução: o trecho entre a Barra da Tijuca e a Gávea – estação PUC, utilizando um equipamento JUMBO (FILME 4); nesse trecho inclui-se, agora, a estação CANOAS. Etapa 1- continuação: ◦ Com esse método tradicional estima-se um avanço de 200 metros ao mês. O JUMBO também seria utilizado nas escavações e preparo das estações e trechos críticos (com descontinuidades geológicas importantes – maciços de classes IV e V); ◦ A estação vertical Santa Teresa seria escavada a partir do equipamento RAISE BORING (FILME 5). ◦ Os três Lotes são: ◦ LOTE 1- L4A (8,7 km) – da estação Fátima (Centro) até a estação Jardim Botânico (Zona Sul); ◦ Seguindo para estação PUC (+1,3 km escavados com Jumbo) – previsão de dois anos para escavar; nesse período devem ser escavadas e acabadas as 9 estações previstas (Fátima, Santa Teresa, Laranjeiras, Cosme Velho, Assunção, Dona Marta, Humaitá, Rebouças e Jardim Botânico); ◦ Em operação no prazo de 3 anos e meio. ◦ LOTE 2 – L4B (cerca de 10 km) – da estação Anil (Jacarepaguá) até a estação Barra da Tijuca – previsão de dois anos de escavação; nesse período devem ser escavadas e acabadas as 4 estações previstas (Anil, Urubu, Rio das Pedras e Cachoeira); ◦ Em operação no prazo de 3 anos. ◦ NOTA - Os LOTE 1 e 2 são integrantes da chamada ESPINHA DORSAL do município do RJ. ◦ LOTE 3 – L4C (cerca de 10 km) – da estação Realengo/Deodoro (Zona Oeste) até a estação Anil (Jacarepaguá); ◦ Previsão de dois anos de escavação; ◦ Nesse período devem ser escavadas e acabadas as 6 estações previstas (Realengo, Sulacap, Cachambi, Taquara, Pechincha e Engenho da Serra); ◦ Em operação no prazo de 3,5 anos. ◦ NOTA - O LOTE 3 pode ser denominado CAMINHO DA ÁGUA, pois seria paralelo a uma parte dos 37 quilômetros de túneis em rocha que aduz a água da estação de bombeamento do Limeirão, também em rocha, integrante do sistema Guandu, em direção a vários bairros das zonas Sul e Norte, construído no início da década de 1960, sendo considerada a “OBRA DO SÉCULO”. ◦ Etapa 1: ◦ Na ETAPA 1, ainda, será construída uma integração com a LINHA 1, a partir da estação Jardim Botânico da L4 para a futura estação Uruguai, utilizando um JUMBO, pelo maciço rochoso. ◦ No túnel escavado seria feita uma divisória, para circulação de ônibus elétrico(ou similar) de integração das estações, em sentidos opostos nas duas vias; nessas vias também poderiam circular carros de serviços públicos em emergência. ◦ Em ocasiões de pluviosidade excessiva, uma via desse túnel seria aberta para um EXTRAVASOR DE ÁGUAS, captadas dos rios Joana, Maracanã e Trapicheiros, na região da Tijuca/Usina (antigo projeto da SURSAN). Etapa 1 continuação: ◦ A água captada da estação Uruguai para a estação Jardim Botânico seria conduzida no rumo da estação PUC, onde se integraria ao sistema do Extravasor do Vidigal, em parte já escavado. ◦ Todo esse trajeto da água, da estação Jardim Botânico para o costão do Vidigal, seria por túneis concebidos da mesma forma daquele vindo da estação Uruguai, isso é, com múltipla função, criando as estações Leblon e Vidigal, para os ônibus elétricos. Etapa 2: ◦ Construção de vários túneis escavados em rocha com Jumbos (ou mesmo os TBM´s da etapa 1), integrando parte do Linhão da Linha 4 (do Centro a Jacarepaguá) com a Linha 1 (através de ônibus elétrico ou similar) e a Linha 3 (metrô até a estação Carioca). Essa integração pode ser executada da seguinte forma: ◦ De Humaitá para Botafogo (estações Rio Sul e Ladeira dos Tabajaras), até o bairro do Leme, onde seria instalada a Casa do Geólogo; ainda do Humaitá sairia outro ramal para a Lagoa e Ipanema; esse trecho de Botafogo ao Humaitá fazia parte do Projeto Original da L4, que se estendia até a Barra da Tijuca, licitado em 1998 e ganho pelo Consórcio Rio Barra, liderado pela Construtora Queiróz Galvão e já com Estudos Ambientais desenvolvidos. Etapa 2 continuação: ◦ Da Taquara para a Tijuca, com estações em Praça Seca, Quintino, Engenho de Dentro, Boca do Mato, Lins, Grajaú, Andaraí e terminando na Usina, onde teriam ônibus de integração (em superfície) à estação Uruguai da Linha 1. ◦ Da estação Fátima para a estação Carioca (Linha 1) e daí para a estação Praça XV (Linha 3); nesse caso as escavações seriam “encaixadas” naquelas já executadas sob a avenida Chile até a Carioca e no Projeto da Linha 3. ◦ A linha 4 com a ETAPA 2 fica concebida como uma espécie de "Espinha Dorsal" com as devidas articulações para o "Corpo" da cidade do Rio de Janeiro. Etapa 1: ◦ PROJETO BÁSICO PARA LICITAÇÃO – 6 MESES; ◦ LICITAÇÃO DOS 3 LOTES – 2 MESES PARA FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS; ◦ PROJETO EXECUTIVO DOS 3 LOTES – 2 ANOS; ◦ CONSTRUÇÃO DOS 3 LOTES – 4 ANOS. Etapa 2: ◦ PROJETO BÁSICO PARA LICITAÇÃO – 8 MESES; ◦ LICITAÇÃO INTEGRAL – 3 MESES PARA FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS; ◦ PROJETO EXECUTIVO – 3 ANOS; ◦ CONSTRUÇÃO TOTAL – 6 ANOS. Desde o início do século passado a Cidade do RJ foi sendo ocupada por túneis no maciço rochoso, que permitiram as ligações entre os bairros, primeiramente de Botafogo para Copacabana, seguidos de outros, nas Zonas Sul e Centro, Norte e Barra. Nos estudos desenvolvidos até o presente foram identificados 29 bairros diretamente beneficiados, por essa Alternativa W da L4, distribuídos nas Zonas Centro, Sul, Barra/Jacarepaguá e Oeste da Cidade do Rio de Janeiro. Outros 18 bairros, nas imediações, serão indiretamente beneficiados, conforme identificados na figura do Google (ANEXO 1). Estima-se que só com a implantação da ETAPA 1 da LINHA 4 ALTERNATIVA W seriam beneficiados cerca de 1.200.000 habitantes da Cidade do Rio de Janeiro; Com a ETAPA 2 implantada esse número pode alcançar mais de 2.000.000 habitantes. Assim, pode-se estimar, a princípio, um número de mais de 2 milhões de usuários diários do metrô da LINHA 4 – alternativa W. Essa obra certamente contribuirá com a melhoria da qualidade de vida e a preservação da beleza natural em superfície, reduzindo consideravelmente o trânsito de veículos nas ruas, melhorando a qualidade do ar, diminuindo o tempo de percurso de casa para o trabalho/escola, entre outros. Projeto Conceitual Avançado Benefícios Sociais e Ambientais A reduzida poluição visual e o localizado impacto na logística de transportes e infra-estrutura são benefícios marcantes nas obras de escavação em maciços rochosos, trazendo poucos problemas para a população. O menor número de desapropriações necessárias para a obra é outro fator benéfico neste tipo de empreendimento. O aumento da qualidade e eficiência dos transportes em massa é um compromisso assumido pelo Brasil na Agenda 21. O aumento na extensão das linhas metroviárias no Rio de janeiro não só é ação fundamental como é a solução mais adequada para o tipo de condições, espremida entre montanhas, visando reduzir as tendências de crescimento desorganizado das cidades e otimizar o uso do sistema de transportes, ao relacionar sua estruturação a formas mais equilibradas e sustentáveis de uso e ocupação do solo, dando prioridade ao transporte público e coletivo O projeto “espinha dorsal” circunda as grandes zonas do Rio de Janeiro tendo como grande benefício, a possibilidade de integração com todos os meios de transporte da cidade, sendo uma proposta de solução real e eficaz para os problemas de superlotação dos ônibus, transporte ferroviário e metroviário atuais, dividindo a demanda e aumentando a qualidade de vida da população, sendo ainda ambientalmente correto e eficaz. Em linhas gerais o maciço rochoso, a ser atravessado nas escavações da L4 –alternativa W, é composto por rochas cristalinas, plutônicas e metamórficas, constituídas de variedades de granitos e gnaisses, interceptados por diques básicos e pegmatitos, além de estruturas de falhas, dobras e contatos (ANEXOS 2 e 3). GEOLOGIA POR LOTES LOTE 1 (L4A) – no sentido Fátima – Jardim Botânico – PUC ◦ 2 km de Biotita Ortoclásio (feldspato alcalino) Gnaisse, foliado (com 45 graus de mergulho para frente); falha de contato aos 2 km; ◦ 6 km de Microclina (também feldspato alcalino) Quartzo Gnaisse, foliado (com 45 graus de mergulho para frente); ◦ - /+ 2 km de Biotita Ortoclásio (feldspato alcalino) Gnaisse, foliado (com 45 graus de mergulho para frente); falha de contato aos 10 km. LOTE 2 (L4B) – no sentido Anil – Barra da Tijuca ◦ 6 km de Biotita Ortoclásio (feldspato alcalino) Gnaisse intercalado com Granito Plutônico, com pegmatitos, diques e intrusões básicas; foliação e contatos subverticais; ◦ 4 km de Biotita Ortoclásio (feldspato alcalino) Gnaisse intercalado com Microclina Quartzo Gnaisse, foliado (com 30 a 45 graus de mergulho para trás). LOTE 3 (L4C) – no sentido Realengo - Anil ◦ 10km com predomínio de Biotita Ortoclásio (feldspato alcalino) Gnaisse com muitas intrusões básicas, com foliação e contatos subverticais, com 60 graus de mergulho para trás). Estima-se um custo de R$100 milhões por km escavado e acabado do metrô na rocha, como aqui concebido. Para cada estação é previsto um custo de R$75 milhões. Assim, cada lote da ETAPA 1 teria o seguinte custo de implantação: ◦ Lote 1 – 2 bilhões de reais ◦ Lote 2 - 1,5 bilhões de reais ◦ Lote 3 - 1,7 bilhões de reais Para a implantação do Extravasor com o Túnel de Integração (URUGUAI - JARDIM BOTÂNICO) e a ETAPA 2, não se tem, ainda, um custo estimado. Esse empreendimento pode ser implantado a partir do modelo de PPP (Parceria Pública Privada), com o Estado concedendo 30 anos de concessão do serviço do metrô e fomentando e avalizando empréstimos ao BNDES e outros Bancos Privados Nacionais e Internacionais, com vistas as Olimpíadas de 2016. As empresas privadas devem constituir Consórcios a partir de, obrigatoriamente, Construtoras, Fornecedoras de Equipamentos e dos Trens, Empresas de Ônibus e Geradoras de Energia Hidrelétrica. O critério para obter a concessão de cada lote fica estipulado pelo Consórcio que apresentar o menor custo da tarifa, tendo como referência o valor de R$3,50. METRÔ –RJ- LINHA 4 ALTERNATIVA W – REV.2 ABRIL 2011 NEWTON CARVALHO ANEXO 1 DEODORO COSME VELHO ENGENHO DE DENTRO BOCA DO MATO ENGENHO DA SERRA URUGUAI COSME VELHO ASSUNÇÃO DONA MARTA REBOUÇAS TABAJARA RIO DAS PEDRAS REFERÊNCIA : CARTAS GEOLÓGICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESCALA 1:50.000 DRM-RJ-1981 METRÔ –RJ- LINHA 4 ALTERNATIVA W – REV.2 ABRIL 2011 NEWTON CARVALHO ANEXO 2 FÁTIMA LOTE 2 LOTE 2 LOTE 1 PUC BARRA DA TIJUCA REFERÊNCIA : CARTAS GEOLÓGICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESCALA 1:50.000 DRM-RJ-1981 LOTE 3 REALENGO CAMPO GRANDE ANIL METRÔ –RJ- LINHA 4 ALTERNATIVA W – REV.2 ABRIL 2011 NEWTON CARVALHO ANEXO 3