SINÓPSE DA BIOGRAFIA: João Cabral de Melo Neto, ficou conhecido pelas suas obras e poemas, caracterizados pelo rigor estético o qual João empregava. SINÓPSE DA OBRA: A obra é uma coletânea, que reúne os principais poemas, que marcaram a vida do autor. ANÁLISE DA OBRA Morte e vida Severina. Narrador: 3ªp. e como narrador personagem; Personagens Principais: Severino; Crítica em relação ao Modernismo: Não utilizava os poemas piadas, ironias, paródias e versos livres. Trecho da Obra: Severino retirante, deixe agora que lhe diga: eu não sei bem a resposta da pergunta que fazia, se não vale mais saltar fora da ponte e da vida; nem conheço essa resposta, se quer mesmo que lhe diga; é difícil defender, só com palavras, a vida, ainda mais quando ela é esta que vê, severina; mas se responder não pude à pergunta que fazia, ela, a vida, a respondeu com sua presença viva. E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina. ANÁLISE DE OBRA Pedra do Sono Narrador: 1ª p. Personagens Principais: O próprio Narrador. Crítica em relação ao Modernismo:Produção poética com influência do surrealismo. Trecho da Obra: Meus olhos têm telescópios espiando a rua espiando minha alma longe de mim mil metros. Mulheres vão e vêm nadando em rios invisíveis. Automóveis como peixes cegos compõem minhas visões mecânicas. Há vinte anos não digo a palavra que sempre espero de mim. Ficarei indefinidamente contemplando meu retrato eu morto. ANÁLISE DA OBRA Educação pela Pedra Narrador: 1ª p. Personagens Principais: O próprio Narrador. Crítica em relação ao Modernismo: João rejeita a forma modernista, e é conhecido como ‘O poeta engenheiro e o arquiteto das palavras’. Trecho da Obra: Uma educação pela pedra: por lições; Para aprender da pedra, frequentá-la; Captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria Ao que flui e a fluir, a ser maleada; A de poética, sua carnadura concreta; A de economia, seu adensar-se compacta: Lições da pedra (de fora para dentro, Cartilha muda), para quem soletrá-la. Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática). No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada; Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma. CARACTERÍSTICAS MODERNISTAS Obra: Morte e vida Severina Característica modernista: Linguagem coloquial Trecho que comprova característica: “... E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte morrida ou foi matada?...” Obra: Pedra do Sono Característica modernista: Verso livre (ausência de rimas) Trecho que comprova característica: “...O mar soprava sinos os sinos secavam as flores as flores eram cabeças de santos...” Obra: A educação pela pedra Característica modernista: Fatos do cotidiano. Trecho que comprova característica: “...Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar...”