Sistemática vegetal
SISTEMÁTICA –DERIVADA DO GREGO
SYN=COLOCAR; HISTANAI=JUNTAR
CUIDA DA CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS, SEGUNDO UM
SISTEMA NOMENCLATURAL DETERMINADO
TAXONOMIA=TAXIS E NOMOS=DISPOR
SEGUNDO UMA LEI, UM PRINCÍPIO
CIÊNCIA QUE ELABORA AS LEIS DA CLASSIFICAÇÃO
SISTEMÁTICA VEGETAL
Parte da botânica que trata da identificação, nomenclatura
e classificação das plantas, abrangendo o estudo da
diversificação, diferenciação e correlação entre os
organismos baseado principalmente na morfologia, com
suporte de todas as ciências inter-relacionadas.
•Identificação:
com
o
uso
da
morfologia,
anatomia,biogeografia, genética e outras ciências afins,
através de chaves analíticas ou por comparação com outro
material já devidamente identificado.
•Nomenclatura e classificação: seguir o CNB
Caracteres taxonômicos: são caracteres utilizados
na
classificação
dos
seres
vivos.
Identificação: é o processo para se conseguir a
denominação de uma planta, reconhecendo-se assim
que ela é idêntica ou quase a outra planta já descrita
anteriormente.
Nomenclatura: emprego do nome correto das
plantas, de acordo com o sistema nomenclatural.
Classificação: é a ordenação das plantas de maneira
hierárquica.
Táxon: é um agrupamento taxonômico de qualquer
categoria. Pode ser, portanto, uma espécie, classe,
ordem ou filo
OBJETIVOS DA SISTEMÁTICA VEGETAL
• Identificar, dar nomes e descrever os
organismos;
• Inventariar os organismos segundo
grupos hierárquicos;
• Permitir a recuperação de informações;
• Organizar sistemas de classificação que
mostrem os parentescos entre os
organismos;
• Entender os processos evolutivos.
Sistema Classificação
DESCOBRIR
I.
Novas espécies
A. Coleções
Coleta e preservação de espécimes
• Coleções locais, regionais, nacionais ou mundiais;
• Espécies nativas a serem estudadas, espécies conhecidas
e\ou desconhecidas;
• Espécies de valor econômico;
C. Onde podem ser encontradas?
1. Áreas remotas / não exploradas
2. Regiões mega-diversidade
3. Herbários- coleções de plantas
devidamente desidratadas, identificadas e
preservadas de uma dada área.
Nomenclatura Botânica
Nomes comuns X nomes científicos
 Polinomiais vs. Binomiais
 Carolus Linnaeus (1707-1778)
 Construção dos nomes
Nome da espécie: Inga ingoides (Rich.) Willd.
Código
Internacional
de
Nomenclatura Botânica -CINB
Compreende princípios, regras e recomendações.
(Atualizado a cada 4 anos)
A – Os princípios
• A Nomenclatura Botânica é independente de
zoologia;
• A aplicação de nomes é determinada por tipos
nomenclaturais;
• A nomenclatura de um grupo taxonômico
baseia-se na prioridade de publicação;
• Cada táxon tem apenas um nome válido;
• Independentes de sua origem, os nomes dos
táxons são tratados como nomes latinos;
• As regras de nomenclaturais são retroativas,
exceto quando claramente limitadas
TIPIFICAÇÃO
A tipificação é o processo de designação de um Tipo
nomenclatural. Tipo nomenclatural é o elemento ao qual o nome
de um táxon está permanentemente ligado.
Elemento em que o autor de um determinado táxon se
baseou para descrevê-lo e o indicou como Tipo na
publicação original.
O Tipo do nome de uma família é um gênero, o de um gênero é
uma espécie e o de uma espécie (ou táxon infraespecífico) é um
espécime.
O Tipo de um nome de uma espécie (ou táxon infraespecífico) é
um único espécime, exceto nos seguintes casos: para pequenas
plantas herbáceas e para a maioria das plantas avasculares.
Nestes casos o Tipo pode consistir de mais que um indivíduo.
TIPOS NOMENCLATURAIS PARA ESPÉCIE OU CATEGORIAS INFRAESPECÍFICAS
Holótipo: é o espécime ou uma ilustração usado pelo autor
ou designado por ele como Tipo. Enquanto o holótipo
existir, ele automaticamente fixa a aplicação correta do
nome.
Isótipo: demais duplicatas do espécime Tipo são
denominadas isótipos (ou seja, exemplares com o mesmo
número de coleta do holótipo).
Síntipo: é um espécime entre dois ou mais citado pelo
autor, quando o holótipo não foi indicado ou quando dois
ou mais espécimes foram simultaneamente designados
como Tipo.
Tipos nomenclaturais para espécie ou categorias infraespecíficas – continuação
.Lectótipo: é um espécime ou uma ilustração selecionada do material
original para servir como Tipo quando o holótipo não foi designado.
Neótipo: é um espécime ou ilustração selecionada para servir como
Tipo quando todo material original estiver desaparecido.
Epítipo: é uma espécie ou ilustração selecionada para servir como
um Tipo interpretativo quando o holótipo (ou lectótipo ou neótipo)
ou todo material associado a publicação válida for
demonstradamente ambíguo e não forneça subsídios para unir o
nome ao táxon. Quando um epítipo é designado, o holótipo, lectótipo
ou neótipo ao qual o epítipo suporta deve ser explicitamente citado.
Parátipo: é qualquer espécime citado na publicação original que não
seja holótipo, síntipo ou isótipo.
B – As regras
São organizadas em artigos, os quais visam pôr
em ordem os nomes já existentes e orientar a
criação de novos nomes.
C – As recomendações
Tratam de pontos secundários e indicam a
melhor forma de se escolher um nome
CATEGORIAS TAXONÔMICAS E TÁXONES
Reino: Vegetabilis
Divisão: Angiospermae ( ou Magnoliophyta) – subdivisão: phytina
Classe: Dicotyledoneae ( ou Magnoliatae ou Magnoliopsida)
Subclasse: Rosidae
Ordem: Rosales
Subordem: Rosineae
Família: Rosaceae
Subfamília: Rosoideae
Tribo: Roseae
Subtribo: Rosinae
Gênero: Rosa
Espécie: Rosa gallica L.
Variedade: Rosa gallica L. var. versicolo Thory
Regras do Código Internacional de Nomenclatura
Botânica
• Gênero e espécie não tem terminações fixas
• O nome de uma planta é uma combinação de
dois nomes (binária), sendo o primeiro o nome
de gênero e o segundo o epíteto específico
• Todo nome deve ser acompanhado pelo nome
do autor da espécie, e deve aparecer destacado
do texto (itálico)
• Ex.: Caesalpinia echinata L. (Pau-Brasil)
Nomenclatura Botânica
Caesalpinia echinata
a. nome do gênero
b. epíteto específico
Nomenclatura Botânica
Caesalpinia echinata L.
a. nome do gênero
b. epíteto específico
c. autoria
= quem descreveu (nome) a planta
frequentemente abreviado, e. g. Linnaeus = L.
or Linn.
Nomenclatura Botânica - Regras
Ex: Quando uma espécie muda de gênero, o
nome do autor do basiônimo (primeiro nome
dado a uma espécie) deve ser citado entre
parênteses, seguido pelo nome do autor que fez
a nova combinação.
• Ex.: Tabebuia alba (Cham.) Sadw.;
Basiônimo: Tecoma alba Cham
Conservação de nomes
Cada grupo taxonômico só pode ter um nome correto (associado
a um tipo nomenclatural), exceto alguns casos considerados
como nomina conservanda:
Palmae (Arecaceae tipo Areca L.)
Gramineae (Poaceae tipo Poa L.)
Cruciferae (Brassicaceae tipo Brassica L.)
Leguminosae (Fabaceae tipo Faba Mill.)
Guttiferae (Clusiaceae tipo Clusia L.)
Umbelliferae (Apiaceae tipo Apium L.)
Labiatae (Lamiaceae tipo Lamium L.)
Compositae (Asteraceae tipo Aster L
CITAÇÃO DE AUTOR
Na primeira vez em que for mencionado no texto em uma publicação
taxonômica, o nome das categorias de família, gênero e espécie, assim como para as
divisões destas, deve incluir o autor(es) correspondente. Este sucede o nome do
táxon e é escrito de forma abreviada, porém longa o suficiente para que não haja
ambigüidade.
O nome do autor é quase sempre abreviado pela seguinte fórmula: 1a sílaba + 1a
letra da segunda sílaba, acrescentando-se uma segunda letra se esta última não for
uma consoante. Exemplos Lamarck  Lam.; Jussieu  Juss.; Richard  Rich;
Bertol.  Bertoloni, para distinguir de Bertero. Alguns pesquisadores, devido à sua
importância e notoriedade, tiveram seus nomes abreviados fora desta regra como
Lineu  L.
Quando forem dois os autores suas abreviações devem ser unidas por “et” ou
“&”. Em se tratando de mais de dois autores somente o primeiro é citado seguido “et
al.” ou “& al.”.
A obra de referência quanto a abreviação correta dos nomes de autores é:
Brummitt, R.K. & C.E. Powell. 1992. Authors of plant names. Royal Botanic
Gardens, Kew, England.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
• Compreender o mundo que o cerca
• Antigüidade – reconhecer os tipos de
plantas que eram úteis (alimentícias,
medicinais, venenosas)
• Diferentes sistemas de classificação (ao
longo da História)
• 4 categorias
Sistema de Classificação
1- Hábito das plantas (erva, arbusto, árvore, etc) –
Theophrastus (370-285 a.C) – Pai da Botânica –
“História Plantarum”
Herbalistas – aspectos utilitários da planta – Gaspard
Bauhin, Turner, André Caesalpino (Séc. XVII)
2 – Artificiais – Carl F. von Linné (1707-1778) –
“sistema sexual”, ênfase nos caracteres florais:
Monoecia, Dioecia, Polygamia, Cryptogamia –
“Species Plantarum “(1753)
3 – Naturais – séc. XVIII – criacionistas – plano de
Deus. Utilizam grande número de caracteres – Jussieu,
De Candolle (Augustin, Alphonse e Anne), Lamarck
Sistemas de Classificação
4 – Filogenéticos – relaciona ancestralidade e
descendência. Fase enciclopédica – utiliza toda a
informação disponível no momento a respeito das taxas
envolvidas – Engler, Takhtajan, Dahlgren, Cronquist
Séc. XX –
dados citogenéticos, citológicos,
embriológicos, palinológicos e de comportamento
(barreiras reprodutivas) passaram a ser utilizados
Déc. 60 – taxonomia química – vias biossintéticas e os
compostos relacionados
Déc. 80 – Biologia molecular
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Sistemática Introd..