Sistema Universitário Pitágoras – Campus Timbiras Curso de Ciências Biológicas Disciplina Diversidade e Ambiente Professor Breno Chaves de Assis Elias – 1º semestre/2012 REGRAS DE NOMENCLATURA CIENTÍFICA Em qualquer sistema de classificação biológica, a unidade básica é o tipo de ser vivo. GRUPOS TAXONÔMICOS MAS O QUE É UM TÁXON? “Um táxon é um grupo de organismos reais reconhecido como uma unidade formal a qualquer nível de uma classificação hierárquica (SIMPSON, 1962). TAXA TAXA TAXA REGRAS DE NOMENCLATURA CIENTÍFICA A sistemática é o estudo das relações de parentesco entre os organismos, enquanto a taxonomia diz respeito às regras de nomenclatura, tais como: dar nomes às espécies, gêneros e famílias. As regras para formar coleções taxonômicas, para coletas em campo, rotulagem e publicações taxonômicas, também dizem respeito à taxonomia. 1. Importância 2. Padronização ICZN ICBN COMO SE NOMEIAM OS TAXA (REGRAS) COMO SE NOMEIAM OS TAXA (REGRAS) O nome de cada táxon podem ser: uninominal binominal trinominal tetranominal Na designação científica, os nomes devem ser latinos de origem ou, então, latinizados. UNINOMINAIS: expressos por uma única palavra, um substantivo no plural ou adjetivo usado como substantivo; adotam-se para denominar taxa de categorias de Filo e Subtribo; são escritos com maiúscula e não são grifados. Ex.: Chordata (Filo); Amphibia (Classe); Anura (Ordem); Hylidae (Família). Para os gêneros → com maiúscula e destacado. Ex.: Apis ; Musca; Homo ou Apis; Musca; Homo SUBORDEM E/OU INFRAORDEM E/OU BINOMINAIS: usados para a categoria de espécie. Cada animal ou planta deve ser reconhecido por uma designação binomial, onde o primeiro termo qualifica o gênero e o segundo a espécie. Nome do gênero no qual a espécie está classificada, seguido de um segundo termo, próprio da espécie e restritivo (seguidos e inseparáveis). O GÊNERO é geralmente designado por um substantivo, o qual deve ser escrito com INICIAL MAIÚSCULA. A espécie é geralmente designado por um adjetivo e deve ser escrita com inicial minúscula. Musca domestica (mosca-doméstica) Hypsiboas faber (sapo-ferreiro) Trypanosoma cruzi ou Cruz (no Br) -i se for homem Peripatus heloisae - ae se for mulher Anopheles darlingi Wuchereria bancrofti sp. e spp.? 1. A abreviatura de espécie é sp. e a de espécies (plural) é spp. 2. As abreviaturas sp (espécie) ou spp (espécies) são utilizadas quando o material só foi determinado até o nível genérico. Plasmodium sp. (referente a uma espécie) Plasmodium spp.. (referente ás várias espécies existentes) Regra: observar grafismo Designações Incertas (cf. / aff. / gr.) Homo neanderthalensis Homo ? Homo cf. neanderthalensis Designações Dúbias (cf. / aff. / gr.) Bokermannohyla circumdata Bokermannohyla aff. circumdata Quando a posição taxonômica de um organismo não pode ser determinada, ele é chamado de Incertae sedis, ou seja, que tem posição incerta na classificação. Exs.: “Hyla” imitator (Barbour & Dunn, 1921) Incertae sedis Calamita melanorhabdotus sensu Frost, 2006 “Hyla” melanorhabdota (Schneider, 1799) Incertae sedis Designações Incertas (cf. / aff. / gr.) Physalaemus signifer Physalaemus gr. signifer Em seguida ao nome do organismo, é facultado colocar, por extenso ou abreviadamente, o nome do autor que primeiro o descreveu e denominou, sem qualquer pontuação intermediária , seguindo-se depois uma vírgula e a data em que foi publicado pela primeira vez. Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. Em trabalhos científicos, depois do nome da espécie, coloca-se o nome do autor que o descreveu seguido de vírgula e data; se houve modificação na descrição original de uma espécie, autor e ano aparecem entre parênteses. Foraminífero: Massilina pernambucensis (Tinoco, 1958). Autores em colaboração: quando a publicação tem dois ou mais autores Nome de autores separados por “in”: Ex. Coleoptera: Hexoplon integrum Napp in Fragoso → o nome científico tem como autor Napp, mas foi publicado numa obra cujo autor é Fragoso. Nomes de autores entre colchetes: Indica que o nome foi publicado anonimamente e o nome do autor descoberto “a posteriori”. Ex. Coleoptera: Smodicum americanus [ Rossi ]. TRINOMINAIS: adotam-se em 2 casos: 1. Táxons de categoria de Subgênero 2. Táxons de categoria de Subespécie TRINOMINAIS: adotam-se em 2 casos: 1. Táxons de categoria de Subgênero 2. Táxons de categoria de Subespécie Depois da espécie, o animal pode ter um terceiro nome (nomenclatura trinominal), é a subespécie. Este nome deve ser escrito com inicial minúscula e sem pontuação intermediária. Exemplos: Homo sapiens sapiens - Homo sapiens neanderthalensis gênero sp subespécie g sp sbsp Rhea americana alba (ema branca) Rhea americana grisea (ema cinza) Micrurus frontalis frontalis (MT) Micrurus frontalis multicinctus (SC) Micrurus frontalis altirostris (RS) Gorilla gorilla (tautonomia) TETRANOMINAIS: formados por 4 termos, quando se combinam nomes das categorias do Subgênero e da Subespécie. LEI DA PRIORIDADE De acordo com código de nomenclatura se vários nomes forem propostos para um mesmo táxon, é o mais antigo que deverá vigorar. Todos os nomes referentes ao mesmo táxon são sinônimos; o nome válido, isto é, o mais antigo, denomina-se SINÔNIMO SÊNIOR e os outros SINÔNIMOS JUNIORES. Panthera Linnaeus, 1756 Leo Cuvier, 1870 Tigris Novacek, 1910 O autor que encontrar um caso de sinonímia e quiser publicar de maneira formal, deverá citar o nome válido (sinônimo sênior), bem com os demais sinônimos juniores seguidos da abreviatura n. syn. ou syn. n. que significa nova sinonímia. O nosso exemplo ficaria assim: Panthera Linnaeus, 1756 / Leo Cuvier, 1870, syn. n. / Tigris Novacek, 1910, syn. n. LEI DA HOMONÍMIA Como o próprio nome já diz, trata-se do caso em que dois taxa totalmente distintos recebem o mesmo nome, por puro acaso. Diz o código que o táxon descrito primeiramente deverá permanecer com o seu nome original, enquanto o táxon descrito posteriormente, com o mesmo nome, deverá receber um nome diferente Johansen, em 1927 descreveu um novo gênero de Mollusca e deu o nome de Tritone Stevenson, em 1932 descreveu um novo gênero de peixe e, por coincidência, também deu o nome de Tritone Em 1940, um terceiro autor, Edwards, descobriu a homonímia e propôs um novo nome, Netuno, para por fim a confusão Netuno = gênero nov. Peixes ou Molusco? Netuno Edwars, 1940 / Tritone Stevenson, 1932 (Pré-ocupado, Johansen, 1927). Ao publicar a descrição de uma nova espécie, é prática comum designar um espécime-tipo, descrevê-lo e indicar em que coleção foi colocado. Tipos de um táxon da categoria da espécie: é um exemplar (parte dele ou seu trabalho) Phyllomedusa Phyllomedusa bicolor Tipos de um táxon da categoria da espécie: é um exemplar (parte dele ou seu trabalho) que pode ser o único exemplar original disponível ou um exemplar escolhido dentre os exemplares de uma série original. Ex.: Trabalho de campo = 06 exemplares (espécimes) coletados Pristimantis Holótipo: é o exemplar designado ou indicado como tipo pelo autor original ao tempo da publicação da descrição original da espécie. Holótipo Pristimantis bambu Parátipos E quando o autor não designa um holótipo dentre sua série-tipo? Síntipo São todos os exemplares da série-tipo, quando o autor não seleciona um holótipo. Lectótipo Paralectótipo E se o holótipo (ou síntipos) for destruído ou perdido? Neótipo Localidade Tipo Localidade Tipo é a localidade onde o exemplar-tipo foi coletado. Exemplares provenientes de uma localidade-tipo denominam-se Topótipos (sem valor nomenclatural). Coleções Cietíficas