Bullying é uma palavra de origem inglesa adotada por muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de agir com violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. “…os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.” (Cartilha do Conselho Nacional de Justiça) Andréa (16 anos)* Carlos (15 anos)* Paulo (16 anos)* Camila (5 anos)* *Os nomes foram trocados para manter a identidade em sigilo VÍTIMA TÍPICA ESPECTADOR AGRESSOR VÍTIMA PROVOCADORA VÍTIMA AGRESSORA RANKING DAS CAPITAIS COM MAIOR NÚMERO DE VÍTIMAS DE BULLYING NAS ESCOLAS Distrito Federal Percentual de estudantes que sofreram bullying 35,6% Belo Horizonte 35,3% Curitiba 35,2% Vitória 33,3% Porto Alegre 32,6% João Pessoa 32,2% São Paulo 31,6% Campo Grande 31,4% Goiânia 31,2% Teresina e Rio Branco 30,8% Unidade da Federação DADOS 6.780 ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS E O DISTRITO FEDERAL Belém - 26,7% dos entrevistados foram vítimas de bullying na escola O bullying também ocorre em meios eletrônicos, fenômeno conhecido como cyberbullying. Mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulam por e-mails, sites, redes sociais e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. Com este comentário, a jovem Mayara, estudante de direito, conseguiu colocar seu twitter no top 1, após as eleições presidenciais de 2010. Está sendo processada pela OAB por preconceito, difamação e incitação a violência. Pode pegar de 2 a 5 anos de cadeia. Hoje em dia, essas redes sociais se equiparam a veículos de comunicação, como de fato são. Postadas essas declarações, é como se elas fossem para um jornal, uma televisão. (Henrique Mariano, Presidente da OAB/PE em entrevista ao jornalista André Rossi) www.revistaforum.com.br em 03/11/2010 Kelly Yeomans não conseguiu seguir em frente! QUALQUER PESSOA PODE SER VÍTIMA! Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos Como a Escola Trabalha... Meu dever ético, enquanto um dos sujeitos de uma prática impassivelmente neutra – a educativa – é exprimir o meu respeito às diferenças de idéias e de posições. Meu respeito até mesmo às posições antagônicas às minhas, que combato com seriedade e paixão. (Paulo Freire, Pedagogia da Esperança) A escola tem um papel fundamental para reduzir o bullying estabelecer regras claras, não fazer vista grossa às piadinhas, identificar quais alunos são alvo e quem lidera as agressões. É importante lembrar que nos casos de bullying a lei do silêncio é válida entre os envolvidos e que normalmente os pais ou terceiros descobrem primeiro do que a escola o que está acontecendo, já que é no ambiente escolar que as agressões acontecem. Ao ser informada, a escola deve tomar atitude proativa na solução do caso específico. Coletivamente é dever da escola trabalhar na prevenção dos atos de violência dando o devido foco ao desenvolvimento moral dos seus alunos, em busca da postura ética que se espera deles. Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papeis em um conflito. Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos. Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola. (Cleo Fante,Fenômeno Bullying, 2005) Mas não é apenas no colégio que o trabalho precisa ser feito. Em casa os pais também têm a função de identificar se seus filhos estão envolvidos com esse problema. (Jairo Bouer) -Conversar é sempre a melhor opção; -Admitir o problema; -Não empurrar para debaixo do tapete, principalmente se o seu filho for o agressor; -A escola precisa saber, ser informada; -Avaliar o impacto e procurar ajuda psicológica. • Comportamento doentio (dores de cabeça, tonturas, fastio, sobretudo se ocorrem pela manhã sem razão aparente) • A maneira como regressa da escola (roupas rasgadas, materiais danificados, contusões, aranhões, etc) • Apresenta desculpas para faltar as aulas. • Pede dinheiro extra ou furta. • Possui poucos amigos. • Gastos excessivos na cantina da escola. • Ar de superioridade, com roupas amarrotadas. • Atitude hostil, desafiante e agressiva com os pais e irmãos. • Habilidade em “sair-se” bem de situações difíceis. • Exterioriza sua autoridade com os outros. • Porta objetos e dinheiro sem justificar sua origem Atualmente, a matéria mais difícil da escola não é a matemática ou a biologia; a convivência, para muitos alunos e de todas as séries, talvez seja a matéria mais difícil de ser aprendida. (Cleo Fante) O bullying não afeta somente aqueles que são agredidos. Afeta a toda uma sociedade que vai crescer com pessoas levando a carga e os traumas causados por esse fenômeno. Esses traumas podem jamais ser superados pelos envolvidos, prejudicando suas relações interpessoais futuras. Cuide de quem está ao seu lado, seja agressor ou agredido. Ajude o agredido e o aceite como seu amigo. Alerte o agressor sobre as consequências de suas atitudes. Todos fomos feitos à imagem e semelhança de nosso Deus. O salmista Davi nos diz que são boas as obras da mãos de Deus (Salmo 139). As obras feitas por suas mãos por ocasião da criação foram o homem e a mulher. De maneira assombrosamente perfeita o Senhor nos formou. Quebre o silêncio! Em casos de bullying, violência, maus tratos, essa é uma regra que jamais deve ser válida. Porque Deus nos escolheu nEle antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. (Efésios 1:4) ...completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar; o mesmo amor; um só espírito e uma só atitude. (Filipenses 2:2) Façam todo o possível para viver em paz com todos. (Romanos 12:18)