GESTÃO DE
RESÍDUOS EM
CANTEIRO DE
OBRAS
EDUARDO SALES RAMOS
DIRETOR
RAMOS SALES CONSTRUTORA E
COMÉRCIO LTDA
PBPQ-H NÍVEL A
GESTÃO DE RESÍDUOS EM CANTEIRO DE OBRAS
1.0 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A indústria da construção civil é um grande
consumidor de matéria prima. Mesmo uma
pequena habitação incorpora grande
quantidade de materiais, gerando um
volume alto de resíduos, dos quais são
acondicionados em caçambas e sem
nenhum critério de seleção da variabilidade
da composição dos resíduos.
Figura 01- Descarte
de
resíduos
sem
nenhum critério de
seleção.
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 Grande
parte dos resíduos produzidos
durante a fase de construção, resultam
de falhas no processo construtivo em suas
etapas
diversas,
como
projetos
inadequados, falta de planejamento,
falta de treinamento dos colaboradores,
de procedimentos, etc.
Figura 02- Observa-se a total desorganização no
armazenamento dos materiais.
Figura 03- Descarte de resíduos dentro do
canteiro de obra, sem nenhum controle da
variabilidade da composição.
Figura 04 – Armazenamento incorreto de
areia e brita.
Figura 05 – Construção de baias para o
acondicionamento de areia e brita, evitando sua
contaminação e perda.
Figura 06 – Nota-se a
identificação e a separação
do aço por bitola, os quais
são apoiados sobre um
suporte
de
madeira,
evitando contado com a
terra
Figura 07- Na central de armação ao lado do policorte, com o
qual se realiza o corte das barras de aço, há uma caixa de
madeira na qual são depositadas as pequenas sobras.
Figura 08- Armazenamento correto dos painéis de madeira, os quais
são separados por numeração de vigas e apoiados diretamente em
uma estrutura de madeira, evitando contato com a terra.
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2.0 REUTILIZAÇÃO
O
Plano de Reutilização deve ser
implantado com responsabilidade e
controle de qualidade da aplicação dos
resíduos por parte das empresas
construtoras.
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
A especificação de materiais que possam ser
utilizados mais de uma vez, ao longo do processo
construtivo, também deve ser incentivada como,
por exemplo, utilização de escoramento
metálico, formas metálicas, entre outros, que têm
maior durabilidade do que aqueles em madeira.

Um fluxo de reutilização de materiais pode ser
desenvolvido pela empresa visando facilitar a
identificação
dos
materiais
passíveis
de
reutilização, tendo sempre como referência o
critério da aplicação com qualidade.
Figura 09- Utilização de forma metálica para
a execução de viga baldrame.
Figura 10 – As sobras de madeiras
provenientes dos cortes são separadas por
tamanho e bitolas.
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

A realização de um diagnóstico das perdas no
canteiro de obras, permite à empresa
estabelecer indicadores que ao longo do seu
processo de produção, poderão subsidiar
decisões para a escolha da melhor tecnologia,
buscando minimizar a geração de resíduo.
Após o diagnóstico e a identificação dos focos
de perdas no canteiro, deve-se elaborar um
plano para as medidas corretivas a serem
implantadas pela empresa visando à melhoria do
processo e à minimização das perdas e
consequentemente do volume de resíduos.
Figura 11- Após a desforma das peças de concreto, realiza-se a
limpeza das formas, incluindo a remoção de pregos, que são
lançados dentro de
uma lata, evitando que sejam jogados
diretamente ao chão, gerando risco de acidente de trabalho. Na
maior parte, os pregos removidos são realinhados por operários e
reutilizados em obra.
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
3.0 RECICLAGEM

Um processo de reciclagem depende de
diferentes fatores, incluindo a qualidade do
resíduo, a qual depende, por sua vez, de uma
adequada segregação na fonte de sua geração.
Envolve, portanto, um canteiro preparado,
engenheiros, encarregados e colaboradores
conscientes de suas responsabilidades, e
procedimentos que norteiem o processo de
segregação
dos
resíduos,
incluindo
sua
quantificação,
armazenamento
e
correta
destinação.
Figura 12 – Os papéis provenientes de saco de
cimento são armazenados em separado, evitando
que se misturem com outros resíduos da obra.
Figura 13 - Usina de Reciclagem de Belo
Horizonte/MG Unidade Estoril. Fonte: Ministério
das Cidades.
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 Sinteticamente
o processo de reciclagem
é constituído pelas etapas: “limpeza e
seleção
prévia,
homogeneização,
trituração,
extração
de
materiais
metálicos, eliminação de contaminantes
e estocagem para expedição”.
(PINTO, 1998; GEHO, 1997 apud CARNEIRO et al, 2001, p. 154).
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