A INFLUENCIA
DOS PENSADORES
NA EDUCAÇÃO
Por trás do trabalho de cada professor, em
qualquer sala de aula do mundo, estão séculos de
reflexões sobre o ofício de educar. Mesmo os
profissionais de ensino que não conhecem a obra
de Aristóteles (384-322 a.C.), Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778) ou Émile Durkheim (18581917) trabalham sob a influência desses
pensadores, na forma como suas idéias foram
incorporadas à prática pedagógica, à organização
do sistema escolar, ao conteúdo dos livros didáticos
e ao currículo docente.
OS GRANDES PENSADORES
• Tão antigo quanto a filosofia, o pensamento pedagógico se desdobra em
varias correntes, mas suas raízes estão fincadas na Grécia antiga.
SOFISTAS
 Ensinavam a falar em público;
 A usar argumentos para brilhar em
público durante os debates da elite grega;
 Era uma concepção pedagógica voltada
para as demandas da vida pratica
SÓCRATES
 A educação tem como objetivo é a
sabedoria, isto é, conhecer o mundo e a si
mesmo;
 A busca da verdade é o maior legado que
Sócrates deixou;
 Sócrates via os sofistas como profissionais
da conveniência, mas comprometidos com o
interesse da clientela do que com a verdade.
DUAS VERTENTES
PLATÃO
 Construiu um sistema de
conceitos no qual a apreensão da
realidade é posta em duvida e o
conhecimento só pode ser
alcançado num plano ideal. E só
alguns conseguem. Reforçando a
idéia de que só os filósofos
deveriam ser governantes e viceversa.
 Platão priorizou a experiência
interior, o individuo, o sujeito e a
vontade.
IDEALISTA
ARISTÓTELES
 Inverteu as prioridades e
defendeu que o mundo antecede o
conhecimento e a ciência. Segundo
ele deve-se partir das coisas reais
para adquirir sabedoria e virtude.
O sistema de ensino dele era mais
acessível a um numero grande de
pessoas.
 Aristóteles
enfatizou
a
experiência prática, o coletivo, o
objeto e a inteligência.
REALISTA
SÓCRATES
Para o pensador grego, só voltando-se
para seu interior o homem chega à
sabedoria e se realiza como pessoa
 É responsável por “trazer a filosofia do céu para a terra” e concentrá-la
no homem e em sua alma;
 Os Pensadores Sofistas – saber enciclopédico – formar as elites
dirigentes: desenvolver a eloqüência dos jovens e futuros políticos;
 Sócrates se preocupa em transmitir aos jovens o valor do método da
investigação
 Ele tinha como objetivo despertar nos discípulos a preocupação com a
alma, não com a fortuna e nem com o corpo.
 Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava
muito importante o contato direto com os interlocutores
"O diálogo socrático tinha dois momentos“: dores do parto e o parto
das idéias.
DORES
DO
PARTO
Momento em que o filósofo, partindo da premissa de
que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar
suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as
próprias contradições ou ignorância para que
procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a
depuração não levava à verdade
PARTO
DAS
IDÉIAS
É o momento de reconstrução do conceito, em que o
próprio interlocutor ia "polindo" as noções até chegar
ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas.
(expresso pela palavra maiêutica)
O papel do educador é o de ajudar o discípulo a desperta o próprio
espíritos. Ele tem que conseguir por si próprio "iluminar" sua
inteligência e sua consciência. Para o filósofo, só a troca de idéias dá
liberdade ao pensamento e a sua expressão condições
imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.
PLATÃO
O filósofo grego previu um sistema de ensino que
mobilizava toda a sociedade para formar sábios e
encontrar a virtude
 O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do
homem moral, vivendo em um Estado justo. pensava em termos de uma
busca continuada da virtude, da justiça e da verdade."
 Para Platão, "toda virtude é conhecimento". Ao homem virtuoso deve
prosseguir pela vida inteira. Educar é tão importante para uma ordem
política baseada na justiça como Platão preconizava que deveria ser
tarefa de toda a sociedade.
 Baseado na idéia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado
fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os governantes,
o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal
um princípio que só se difundiria no Ocidente muitos séculos depois.
Defendia a República só o rei - filósofo está apto a governar. "Como
pode uma sociedade ser salva, ou ser forte, se não tiver à frente seus
homens mais sábios?”
Platão defende a ideia visionária de que a instrução deve ser a mesma
para meninos e meninas e do acesso universal ao ensino.
A Educação Permanente
A educação, segundo a concepção platônica, visava testar as aptidões
dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento
recebessem a formação completa para ser governantes. Essa era a
finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que pregava
a renúncia do indivíduo em favor da comunidade. O processo deveria
ser longo, porque Platão acreditava que o talento e o gênio só se
revelam aos poucos.
Platão rejeitava métodos de ensino autoritários. Ele acreditava
que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à
vontade para que pudessem se desenvolver livremente. O
processo dialético platônico pelo qual, ao longo do debate de
idéias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais
também se relaciona com a procura de respostas durante o
aprendizado.
O APRENDIZADO
1. A formação dos cidadãos começaria antes mesmo do nascimento,
pelo planejamento eugênico da procriação.
2. As crianças deveriam ser tiradas dos pais e enviadas para o campo,
uma vez que Platão considerava corruptora a influência dos mais
velhos.
3. Até os 10 anos, a educação seria predominantemente física e
constituída de brincadeiras e esporte. A idéia era criar uma reserva
de saúde para toda a vida.
4. Em seguida, começaria a etapa da educação musical (abrangendo
música e poesia), para se aprender harmonia e ritmo, saberes que
criariam uma propensão à justiça, e para dar forma sincopada e
atrativa a conteúdos de Matemática, História e Ciência.
5. Depois dos 16 anos, à música se somariam os exercícios físicos, com
o objetivo de equilibrar força muscular e aprimoramento do espírito.
6. Aos 20 anos, os jovens seriam submetidos a um teste para saber
que carreira deveriam abraçar.
7. Os aprovados receberiam, então, mais dez anos de instrução e
treinamento para o corpo, a mente e o caráter.
8. No teste que se seguiria, os reprovados se encaminhariam para a
carreira Militar e os aprovados para a Filosofia. Neste caso, os
objetivos dos estudos seriam pensar com clareza e governar com
sabedoria.
9. Aos 35 anos, terminaria a preparação dos Reis-Filósofos.
10. Mas ainda estavam previstos mais 15 de vida em sociedade,
testando os conhecimentos entre os homens comuns e trabalhando
para se sustentar. Somente os que fossem bem-sucedidos se
tornariam governantes ou "guardiães do Estado"
ARISTÓTELES
O primeiro lógico via na escola o
caminho para a vida pública e o
exercício da ética
 Até hoje o modo de pensar e produzir conhecimento deve muito ao
filósofo. Foi ele o fundador da ciência que ficaria conhecida como lógica.
Sua importância no campo da educação também é grande, mas de modo
indireto. A contribuição de Aristóteles para o ensino está principalmente
em escritos sobre outros temas.
 As principais obras de onde se pode tirar informações pedagógicas são
as que tratam de política e ética. "Em ambos os casos o objetivo final era
obter a virtude“.
 "A educação, para Aristóteles, é um caminho para a vida pública". Cabe
à educação a formação do caráter do aluno. Perseguir a virtude
significaria, em todas as atitudes, buscar o "justo meio". A prudência e a
sensatez se encontrariam no meio-termo, ou medida justa "o que não é
demais nem muito pouco", nas palavras do filósofo.
 Aristóteles considerava a família o
núcleo inicial da organização das cidades
e a primeira instância da educação das
crianças. Atribuía, no entanto, aos
governantes e aos legisladores o dever
de regular e vigiar o funcionamento das
famílias para garantir que as crianças
crescessem com saúde e obrigações
cívicas. Por isso, o Estado deveria
também ser o único responsável pelo
ensino. Na escola, o princípio do
aprendizado seria a imitação. A criança
precisa ter exemplos nos adultos.
 Aristóteles via com desconfiança o saber "útil", uma vez que cabia
aos escravos exercer a maioria dos ofícios, considerados indignos dos
homens livres.
 Para ser praticada constantemente, a virtude precisa se tornar um
hábito. É possível concluir que o hábito da virtude deve ser adquirido
na escola.
 Uma das grandes inovações de Aristóteles em relação a Platão foi
negar a existência de um mundo supra-real, onde residiriam as
idéias. Para Aristóteles, ao contrário, o mundo que percebemos é
suficiente, e nele a perfeição está ao alcance de todos os homens. A
oposição entre os dois filósofos gregos ou entre a supremacia das
idéias (idealismo) ou das coisas (realismo) marcaria para sempre o
pensamento ocidental.
A segunda grande inovação de Aristóteles, foi no campo da
lógica, se deve ao silogismo um método mais seguro que
consiste de três proposições: duas premissas e uma conclusão
que, para ser válida, decorre das duas anteriores
necessariamente, sem que haja outra opção.
Exemplo clássico de silogismo: Todos os homens são mortais.
Sócrates é um homem. Portanto, Sócrates é mortal.
Um silogismo precisa partir de verdades, como as contidas
nas duas proposições iniciais. A observação empírica isto é, a
experiência do real ganha, assim, papel central na concepção
de ciência de Aristóteles, em contraste com o pensamento de
Platão.
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