RESISTÊNCIA X ACEITAÇÃO DA MODALIDADE SEMIPRESENCIAL DO CURSO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS EM UMA FACULDADE PARTICULAR NO ESTADO DO CEARÁ Profª. Luciana Duarte INTRODUÇÃO 1. Por meio da Portaria 4.059 de 2004, o MEC regulamenta da possibilidade de cursos presenciais ofertarem 20% da carga horária total dos cursos na modalidade semipresencial. 2. Alunos presenciais acostumados com a concepção “tradicional” de ensino e aprendizado. 1. Enxergam a figura do professor como transmissor de conteúdos. 2. Cursos a distância desenhados em um modelo ainda tradicional de transmissão de conteúdo e não centrado na investigação e problematização do aluno. 3. Ouvir os alunos como instrumento de avaliação e mudanças institucionais. Problematização De que forma permeia a aceitação e a resistência da modalidade semipresencial? O grande desafio seria que modelo semipresencial favorecesse a inclusão digital dos alunos, contribui para a ambientação dos estudantes à nova metodologia. Metodologia O estudo consiste em uma pesquisa mista de investigação qualiquantitativa, desenvolvida utilizando-se de técnicas exploratórias e descritivas, onde aplicou-se um questionário de 19 perguntas abertas e fechadas a 158 alunos, do 1º e 8º semestre do curso Administração de empresas. Causas da aceitação Possui computador e internet em casa. 84% 16% Sim Fonte: Dados da pesquisa/2014 Não 56% dedicam a noite para estudo das disciplinas semipresenciais Habilidades com as novas tecnologias 68% 23% 6% 3% sim não Fonte: Dados da pesquisa/2014 às vezes Muito pouco Vantagens em cursar disciplina semipresencial, segundo os discentes •Economia de tempo e dinheiro; •Evita o deslocamento; •Acesso em qualquer horário; •Mais tempo com a família; •Visualização do conteúdo quantas vezes for necessário; •Requer mais empenho do aluno, •Orientação dos tutores; •Disciplina o aluno a cumprir prazos. Causas da resistência • Experiência em cursos EAD? 48% 46% 6% Sim Não, primeira vez Fonte: Dados da pesquisa/2014 Sim, o curso todo Sobre o material de estudos das unidades postadas foi de fácil compreensão? •. 58% 23% 15% 4% Sim, totalmente Sim, mas em Não, tive muitas compreensível alguns momentos dificuldades me pareceu confuso Fonte: Dados da pesquisa/2014 Entendi nada do conteúdo • Dificuldades em responder as atividades solicitadas pelo tutor 46% 46% 8% Não, respondi com tranqüilidade Fonte: Dados da pesquisa/2014 Sim Respondi nada Tutor dá “feedback” aos alunos quanto a atividades enviadas. 30% 30% 24% 16% Sim, sempre Sim, às vezes Fonte: Dados da pesquisa/2014 Não Não observei este detalhe Sugestões dos alunos • 1.Maior interação dos tutores com os alunos, • 2. Videoaula, • 3. Acesso ao tutor de forma presencial, • 4. Melhorar material didático, • 5. Ensinar o alunos a manusear o moodle. Mudanças ocorridas na instituição • Tutoria presencial com 20h semanais, • No próximo semestre o moodle estará em um servidor próprio, • Implantação de um política de EaD na instituição: cursos de extensão, pesquisa, palestras para professores do presencial, participação do Nead nos eventos, colegiado do Nead. • Atendimento presencial nas unidades. • Implantação no futuro de uma sala de vídeo. • Minicurso-Conhecendo as disciplinas semipresenciais. • Vídeo do passo a passo do manuseio do moodle. • Administrador do Moodle. • Curso para toda a instituição, sobre EAD. • Atualização do material instrucional. Considerações finais Conclui se, portanto que a maior parte dos discentes pesquisados não são contra as disciplinas semipresenciais, pois enxerga essa modalidade como avanço na educação e uma oportunidade para aqueles que não têm tempo de frequentarem uma sala de aula diariamente. O grande entrave para inserção nas aulas semipresenciais na percepção dos discentes é o fato de que ainda não possuem experiência e sentem dificuldade em se adaptar a esta modalidade, entende-se que a mudança cultural de paradigmas não é será rápida. A partir das mudanças a serem implantadas há grande probabilidade de aumentar a aceitação desta modalidade. REFERÊNCIAS ARETIO, Lorenzo Garcia. Para uma definição de educação à distância. Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, ABT, v. 16, n. 78/79, p.56-61, set./dez. 1987. BENETTI, Claudia Regina e VASCONCELOS, Marilda Franco M. Ensino a distância: sujeitos na rede: novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2008/tc/520200812712PM.pdf>.Acesso em 12 de Maio de 2010. KEEGAN, D. Fundationsofdistance e education. 2. Ed. Londres: Routledge, 1991. KOTLER, Philip. KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. MEC, Ministério da Educação e Cultura. Portaria 4.059/04. Disponível em <http//portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/ACS.portaria4059.pdf>. Acesso em: 13 de Abril de 2014. Obrigada!!!! Luciana Duarte: [email protected]