II Simpósio Florestal Sul-Mato-Grossense
I Simpósio Brasileiro Florestal
DE 23 27 DE SETEMBRO DE 2014
PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DE
ISCAS VIVAS NO PANTANAL
(1)DIAS
(2)OLIVEIRA,
(3)SOARES,
JUNIOR, Paulo Augusto de Arruda;
Anair Diniz de;
Afrânio José Soreano.
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
Rodovia Aquidauana/UEMS- Km 12, Aquidauana-MS
Centro de Pesquisa do Pantanal
Rua nove, n°. 305, Bairro Boa Esperança, Cuiabá-MT
[email protected], [email protected], [email protected].
Introdução
A atividade de coleta de iscas é tradicional em
Miranda. É uma das principais fontes de renda dos
moradores locais. Sendo assim uma das grandes áreas
1
de estudos científicos no município[ ]. As iscas coletadas
têm vários destinos, duas delas são a venda direta aos
turistas que passam por ali e a outra é a venda aos
comerciantes, que por sua vez dão diversos destinos a
elas[2]. Objetivo dessa primeira etapa do projeto foi
identificar os comerciantes (FIG. 1) e suas atividades de
compra e venda.
Metodologia
Foram aplicados questionários, sendo que os
principais tópicos foram: identificação e caracterização
do comércio, atividades realizadas, tipos de iscas,
clientes, fornecedores, problemas no manejo, leis, oferta
e procura, dentre outros. Todos os locais foram
georreferênciados, totalizando quatro comércios.
Fig. 1: Conveniência do
Alemão
Fig. 2: Minocoçu
Fig. 3: Local de
Armazenamento de iscas
Resultados e Discuções
As espécies mais comercializadas na região são: tuvira,
mussum, jejum, cascudo, caranguejo, caramujo, lambari e
cará. Mas além dessas coletadas na cidade, há as que são
provindas de outras regiões do país. Seja por causa da sua
escassez na baixa temporada ou da não existência na região
como é o caso das minhocoçu (FIG. 2). Das iscas que provém
de outras localidades têm destaque as minhocas, vindas de
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso; foi observado que os
comerciantes têm preferência por comprar lambaris e carás
criados em pisciculturas, pois segundo eles são mais
resistentes ao armazenamento de longos períodos. Percebeuse que não há uma padronização na armazenagem e
comercialização das iscas, sendo quase tudo feito de forma
amadora e clandestina, o que causa uma grande perda de
iscas.
Conclusões
Pela falta de informação muitos vendedores de iscas
acabam por armazená-las de maneira muito empírica (FIG. 3),
o que acaba por favorecer a mortandade da maioria das iscas.
Uma alternativa seria a disponibilização de cursos de
capacitação para eles. A criação de iscas em cativeiro no
Município ainda requer mais estudos e pesquisas. No caso
das minhocas provindas de outros estados, deve-se fazer
estudos e experiências mais aprofundadas pra saber se eles
se adaptam ao clima do estado.
Referências:
[1]BANDUCCI JÚNIOR, A.; CARDOSO, E. S.; VIEIRA, G. H.
C.; MORETTI, S. L. (2000). Coleta de iscas vivas no
Pantanal: Bases para a sustentabilidade; IN: III Simpósio
sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal.
[2] FUNADAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE-MT
(2003). Caracterização Sócio-econômica da Atividade de
Coleta e Comercialização de Isca Viva na Bacia do Alto
Paraguai em Mato Grosso; IN: Projeto Implantação de
Práticas de Gerenciamento Integrado de Bacia Hidrográfica
para o Pantanal e Bacia do Alto Paraguai.
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