Pastoral de Conjunto, Pastoral Orgânica e
Planejamento Pastoral
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Acontecida antes do Concílio
Vaticano II, reuniu os bispos da
América Latina em conferência.
Criou a CELAM - Conferência
Episcopal Latino-Americana.
Abre as portas para a
participação dos leigos na
evangelização.
“Recordem, finalmente, que o apostolado dos leigos
não deve reduzir-se unicamente a colaborar com o
sacerdote no campo limitado dos atos de piedade,
mas, deve ser um esforço contínuo para conservar e
defender integralmente a fé católica, um apostolado
missionário de conquista para a dilatação do Reino
de Cristo em todos os setores e ambientes, e
particularmente onde não possa chegar a ação
direta do sacerdote.”
(Rio, nº 45)
 Pós-concilio Vaticano II, o toma como
base para uma nova evangelização, na
qual clero, religiosos e leigos devem
organizar-se e fazer um trabalho em
conjunto, uma Pastoral de Conjunto.
 Neste documento, os bispos da América
Latina destinam uma parte inteira a falar
sobre o CONJUNTO e especificamente
sobre a união de esforços e sobre o
planejar das ações sob uma Pastoral de
Conjunto.
 Passados 11 anos da conferência geral de
Medellín e já sob a caminhada pastoral
do papado do Bem-aventurado João
Paulo II, Puebla continua referenciando o
trabalho conjunto de toda a hierarquia e
de todos os grupos da Igreja.
 Lança as bases para um trabalho
planejado que concentre e una todos
os esforços para a maior eficiência
no anúncio da Boa Nova.
 O trabalho em conjunto evita retrabalhos.
 A preocupação, sob o pedido do discurso
inaugural feito por João Paulo II é
desenvolver uma Nova Evangelização
que seja dinâmica, abrangente,
esperançosa e inculturada.
 Dentro desse contexto é que será
tratada a Pastoral de Conjunto.
 Após 26 anos de pontificado do papa
João Paulo II, três anos após sua morte, a
Igreja Latino-americana retoma o
pensamento sobre a Nova Evangelização
com a Conferência Geral do Episcopado
em Aparecida.
 Através das reflexões da conferência,
chega-se ao discipulado missionário
como forma de levar o anúncio da Boa
Nova a todos.
 Retoma-se a dimensão comunitária da
Igreja, como forma de aproximação com
o povo.
 A paróquia será a comunidade de
comunidades.
 E será colocada a necessidade da
acolhida de todos na “comunidade
eclesial, família de famílias”, fazendo eco
aos documentos anteriores.
Os esforços pastorais orientados para o
encontro com Jesus Cristo vivo deram e
continuam dando frutos. Entre outros,
destacamos os seguintes:
(DA, nº 99)
A diversificação da organização eclesial, com a criação
de muitas comunidades, novas jurisdições e
organismos pastorais, permitiu que muitas Igrejas
locais avançassem na estruturação de uma Pastoral
Orgânica, para servir melhor às necessidades dos fiéis.
Não com a mesma intensidade em todas as Igrejas,
tem-se desenvolvido o diálogo ecumênico. Também o
diálogo interreligioso, quando segue as normas do
Magistério, pode enriquecer os participantes em
diversos encontros.
Em outros lugares, têm-se criado escolas de ecumenismo
ou de colaboração ecumênica em assuntos sociais e outras
iniciativas. Manifesta-se, como reação ao materialismo,
uma busca de espiritualidade, de oração e de mística que
expressa fome e sede de Deus. Por outro lado, a
valorização da ética é um sinal dos tempos que indica a
necessidade de superar o hedonismo, a corrupção e o vazio
dos valores. Alegra-nos, além disso, o profundo sentimento
de solidariedade que caracteriza nossos povos e a prática
de compartilhar e de ajuda mútua.
(Aparecida, nº 99, item “g”)
A Diocese, presidida pelo Bispo, é o primeiro espaço da
comunhão e da missão. Ele deve estimular e conduzir uma ação
pastoral orgânica renovada e vigorosa, de maneira que a
variedade de carismas, ministérios, serviços e organizações se
orientem no mesmo projeto missionário para comunicar vida no
próprio território. Esse projeto, que surge de um caminho de
variada participação, torna possível a pastoral orgânica, capaz
de dar resposta aos novos desafios
. Porque um projeto só é eficiente se cada
comunidade cristã, cada paróquia, cada
comunidade educativa, cada comunidade de vida
consagrada, cada associação ou movimento e cada
pequena comunidade se inserem ativamente na
pastoral orgânica de cada diocese. Cada uma é
chamada a evangelizar de modo harmônico e
integrado no projeto pastoral da Diocese.
(Aparecida, nº 169)
O presbítero, à imagem do Bom Pastor, é chamado a
ser homem de misericórdia e compaixão, próximo a
seu povo e servidor de todos, particularmente dos que
sofrem grandes necessidades. A caridade pastoral,
fonte da espiritualidade sacerdotal, anima e unifica sua
vida e ministério. Consciente de suas limitações, ele
valoriza a pastoral orgânica e se insere com gosto em
seu presbitério.
(Aparecida, nº 198)
O projeto pastoral da Diocese, caminho de pastoral orgânica, deve
ser resposta consciente e eficaz para atender às exigências do
mundo de hoje com “indicações programáticas concretas,
objetivos e métodos de trabalho, formação e valorização dos
agentes e a procura dos meios necessários que permitam que o
anúncio de Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e
incida profundamente na sociedade e na cultura mediante o
testemunho dos valores evangélicos”. Os leigos devem participar
do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da
execução. Esse projeto diocesano exige acompanhamento
constante por parte do bispo, dos sacerdotes e dos agentes
pastorais, com atitude flexível que lhes permita manter-se atentos
às exigências da realidade sempre mutável.
(Aparecida, nº 371)
Para que os habitantes dos centros urbanos e de
suas periferias, cristãos ou não cristãos, possam
encontrar em Cristo a plenitude de vida, sentimos a
urgência de que os agentes de pastoral, enquanto
discípulos e missionários, se esforcem para
desenvolver:
Um plano de pastoral orgânico e articulado que se
integre em projeto comum às paróquias,
comunidades de vida consagrada, pequenas
comunidades, movimentos e instituições que
incidem na cidade, e que seu objetivo seja chegar
ao conjunto da cidade. Nos casos de grandes
cidades onde existem várias Dioceses, faz-se
necessário um plano interdiocesano.
(Aparecida, nº 518, item “b”)
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Está claro que a Igreja da América Latina,
enquanto instituição guiada pelo Espírito, tem
uma consciência sobre si mesma quanto à sua
organicidade de Corpo místico de Cristo.
Esse organismo, ordenado e vivo, necessita de
um planejamento que integre o conjunto das
atividades desenvolvidas pelos diversos grupos
que a integram.
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Vê-se: cada grupo não pode isolar-se, não pode
desejar fazer seus planejamentos à parte dos demais
grupos, estejam a eles ligados diretamente ou não.
Por isso, é necessário que cada cristão, fiel e
consciente, possa agir e fazer uma Organicidade do
Conjunto, para que as pastorais, serviços,
movimentos e associações possam ser mais
Pastorais de Conjunto, dentro de uma Pastoral
Orgânica.
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Somente assim poderemos viver o que o papa
João Paulo II pedia no documento Novo
Millennio Ineunte: Uma Espiritualidade de
Comunhão que me permita sentir o outro como
parte de mim, fazendo testemunho de unidade.
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Rio, Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida