Sistemas de Automação 1. Controlador Lógico Programável (CLP): Histórico e aplicações – Arquitetura; Princípio de funcionamento. 2. Linguagens de programação de CLPs: linguagem de relés, SFC, linguagens de alto nível. Unidades Analógicas. 3. Controle de Processos: Ações de controle em malha aberta e malha fechada. Métodos de Sintonia de um controlador. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS DEFINIÇÃO Um controlador lógico programável é um dispositivo físico eletrônico, baseado num microprocessador, dotado de memória programável capaz de armazenar programas implementados por um usuário com o objetivo de, baseado no estado de suas entradas, determinar o estado das saídas de forma a controlar um determinado processo. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS HISTÓRICO Em 1968 David Emmett e William Stone da Divisão Hydramatic da General Motors solicitaram aos fabricantes de instrumentos de controle que desenvolvessem um novo tipo de controlador lógico que incorporasse as seguintes características: • Ser facilmente programado e reprogramado para permitir que sua sequência de operação pudesse ser alterada, mesmo depois de sua instalação; • Ser de fácil manutenção, constituído de módulos interconectáveis; • Operar em ambientes industriais com maior confiabilidade; • Ser fisicamente menor que os sistemas de relés; • Ter condições de ser interligado a um sistema central de coleta de dados; • Ter um preço competitivo com os sistemas de relés usados. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS HISTÓRICO O primeiro controlador que atendia a estas especificações foi construído em 1969 pela Gould Modicon (Modular Digital Controller), o MODICON 084 Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS HISTÓRICO 1968 – Especificação do controlador programável 1969 – Primeiro CLP – MODICON 084 (1kB, 128 I/O) 1971 – Aplicação do CLP a outras industrias (mineração, siderurgia) 1975 – Incorporação do controle PID (Proporcional-Integral-Derivativo) 1976 – Uso de entradas e saídas remotas 1977 – CLP a partir de microprocessadores 1980 – Módulos de entrada/saída inteligentes, programação a partir de microcomputadores pessoais 1983 – Criação de CLP pequenos e de baixo custo 1985 – Comunicação em rede e uso de sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition) Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CARACTERÍSTICAS Os CLP surgiram em substituição de sistemas convencionais baseados em relés e, em relação a estes sistemas apresenta as seguistes características: • Ocupa menor espaço; • Requer menor potência elétrica; • Permite sua fácil reutilização; • É programável, permitindo a alteração dos parâmetros de controle; • Apresenta maior confiabilidade; • Sua manutenção é mais fácil e rápida; • Oferece maior flexibilidade; • Apresenta interface de comunicação com outros CLP e computadores; • Permite maior rapidez na elaboração do projeto do sistema de automação; • Custo mais elevado para sistemas de pequeno porte. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS FABRICANTES EUROPEUS 1. 2. 3. 4. Siemens Klockner & Mouller Festo Telemechanique AMERICANOS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Allen Bradley Gould Modicon Texas Instruments General Electric Westinghouse Cutter Hammer Square D Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS FABRICANTES JAPONESES 1. 2. 3. 4. Toshiba Omron Fanuc Mitsubishi BRASILEIROS 1. 2. 3. 4. Altus Athos Dakol WEG Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONSTITUIÇÃO Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONSTITUIÇÃO Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONCEITOS BÁSICOS Ponto de Entrada: Considera-se cada sinal recebido pelo CLP, a partir de dispositivos ou componentes externos como um ponto de entrada. Ex: MicroChaves, Botões, termopares, relés etc. • Entradas Digitais: Somente possuem dois estados Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONCEITOS BÁSICOS • Entradas Analógicas: Possuem um valor que varia dentro de uma determinada faixa. (0 à 10V, -10 à 10V, 0 à 20mA e 4 a 20mA) Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONCEITOS BÁSICOS Ponto de Saída: Considera-se cada sinal Produzido pelo CLP, para acionar dispositivos ou componentes do sistema de controle constitui um ponto de saída. Ex: Lâmpadas, Solenoides, Motores. • Saídas Digitais: Somente possuem dois estados Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONCEITOS BÁSICOS • Saídas Analógicas: Possuem um valor que varia dentro de uma determinada faixa. (0 à 10V, -10 à 10V, 0 à 20mA e 4 a 20mA) Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONCEITOS BÁSICOS Programa: É a Lógica existente entre os pontos de entrada e saída e que executa as funções desejadas de acordo com o estado das mesmas. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS CONCEITOS BÁSICOS Memória: é o dispositivo responsável pela armazenagem de dados e programas utilizados durante o funcionamento do CLP. Pode ser volátil (perde seu conteúdo quando desligada a alimentação) ou não volátil (contém o programa do usuário e variáveis retentivas). CPU (Central Processing Unit): é o elemento principal do controlador, responsável tanto pela execução dos programas do usuário quanto pelas funções associadas ao endereçamento de memória, operações aritméticas,lógicas e relógio. • BIT (BInary digiT): é a unidade para o sistema de numeração binário. Um bit é a unidade básica de informação e pode assumir 0 ou 1. • Byte: Byte é uma unidade constituída de 8 bits consecutivos. O estado das entradas de um módulo digital de 8 pontos pode ser armazenado em um Byte. • Word: Uma word é constituída de dois Bytes. O Valor das entradas e saídas analógicas podem ser indicados por words. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 • A International Electronical Comission (IEC) é uma organização internacional formada por representantes de todo o mundo. • A Norma IEC 61131-3 é o primeiro esforço real para a padronização das linguagens de programação para a automação industrial. • Principais aspectos: Linguagens de programação, Modularidade, Portabilidade e Reutilização de software. • IEC 61131 possui 8 partes sendo a terceira parte referente as Linguagens de Programação. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 • Parte 1: Informações Gerais • Parte 2: Requisitos de Equipamentos e Testes • Parte 3: Linguagens de Programação • Parte 4: Guia de Usuário • Parte 5: Comunicações • Parte 6: Reserva • Parte 7: Controle de Programação Fuzzy • Parte 8: Guia para Aplicação e Implementação das Linguagens de Programação. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 Identificadores • Identificadores servem para nominar elementos de software (variáveis, tipos de dados, POUs...). Não podem conter acentos ou espaço entre duas palavras. • Exemplo de identificadores válidos: LSH1 _LSH1 LSH_1 Identificador Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 • Comentários não são obrigados, porém altamente recomendados. • São delimitados por (* no inicio e *) no fim. Comentários Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 • As variáveis podem ser: • Variável de Representação Direta. • Variável Dinâmica. Variável de Representação Direta Variável de Alocação Dinâmica Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 • Pela norma IEC, toda a variável deve ter um valor inicial. • No caso da variável não ser inicializada pelo usuário, é utilizado um valor padrão. Tipo Valor inicial Default 0 String ‘’ Datas D#0001-01-01 • A variável pode ser inicializada na declaração. Valor inicial Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 Inteiros e Ponto Flutuante: Tipo Range Formato BOOL 0 ou 1 1 bit INT -32768 a 32767 16 bits WORD 0 a 65535 16 bits DINT -2147483648 a 2147483647 32 bits DWORD 0 a 4294967295 32 bits REAL 1.175494351e-38 a 3.402823466e+38 32 bits Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS NORMA IEC 61131 Endereçamento %ABC.D: Número do Ponto ( Quando utilizado bit ) Endereço da Variável Tamanho da Variável ( X – Bit, W – Word ) Tipo da Variável ( I – Entrada, Q – Saída, M – Memória ) Exemplos: %IX0.0: Corresponde a entrada digital 0 do grupo 0. %IX1.3: Corresponde a entrada digital 3 do grupo 1. %IX2.1: Corresponde a entrada digital 1 do grupo 2. %QX0.0: Corresponde a saída digital 0 do grupo 0. %QX1.6: Corresponde a saída digital 6 do grupo 1. %MX0.0: Corresponde ao bit 0 da Word 0. %MW10: Corresponde a Word 10. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO • Textuais: • IL : Lista de Instruções • ST : Texto Estruturado • Gráficas: • LD : Diagrama Ladder • FBD: Diagrama de Blocos Funcionais • SFC : Sequenciamento Gráfico de Funções Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO SFC – Sequenciamento Gráfico de Funções • Descreve passos sequenciais de um sistema. • Otimiza o desempenho, pois apenas o trecho de programa ativo é executado. • Baseado no Grafcet. Passos IEC Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO FBD – Diagrama de Blocos Funcionais • O FBD é uma linguagem gráfica que enfatiza o fluxo de sinais entre os elementos de diagramas de “circuitos”. • Recomendada para uso com funções. • Nesta linguagem os blocos são interconectados entre si e separado por networks semelhante a linguagem ladder. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO LD – Diagrama Ladder • A linguagem LD é do tipo gráfico, baseado nos esquemas elétricos que representam contatos e bobinas interconectados, destacando o fluxo de energização entre os componentes. • Sua notação é baseada em uma linha vertical à esquerda simbolizando um barramento energizado e outra linha paralela à direita representando o GND. Recomendada para intertravamentos. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO ST – Texto Estruturado • O ST é uma linguagem textual de alto nível baseada no Pascal. • Recomendada para uso de operações e programas complexos. • Linguagem mais flexível em relação as demais. • Permite o uso de comandos do tipo IF, CASE, WHILE (Comandos comuns em programação). Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO IL – Lista de Instruções • O IL é uma linguagem textual similar ao Assembly. • Linguagem considerada de baixo nível • Recomendada para pequenos trechos de programas que precisam ser otimizados. • Execução dos comandos baseada no uso do Acumulador. Ir p/ primeira página CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO CFC – Gráfico Continuo de Funções • O CFC é uma linguagem gráfica semelhante ao FBD, porém mais flexível na programação. • Não usa o conceito de lógica, sendo os elementos posicionados de maneira livre • Não faz parte das linguagens da norma, mas está presente no Software MasterTool IEC. Ir p/ primeira página