Seminário Internacional: Atenção Primária à Saúde - Acesso Universal e Proteção Social CONASS- 30 Anos. Atenção Primária da Saúde e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Dr. Joaquin Molina OPAS/OMS Brasília, abril de 2012. Organización Panamericana De la Salud Caracterização e Sinergias • 1978, no âmbito da SPT 2000 APS • Aprovada pelos Ministros da Saúde • Saúde como direito humano • Intersetorialidade e participação social • Pede mudar o financiamento da saúde • De nenhuma maneira reduzida a pacotes de serviços seletivos para pobres Poderosa ferramenta conceitual, política e técnica para alcançar os ODM • 2000: começa o milênio ODM • Aprovada em Cúpula Mundial • 8 Objetivos, 3 relacionados à saúde • Linha base 1990 e metas para 2015 • Indicadores e mecanismo de monitoramento • Adotada como um marco comum para o desenvolvimento e a colaboração Princípios e valores centrais estão vigentes Momento atual e perspectivas APS Renovada 2003 • Melhores acordos e base jurídica para promover o direito à saúde • Mudanças populacionais e epidemiológicas e dívida sanitária • Alcançar maior equidade, cobertura universal, efetividade, controle social dos serviços e acesso a medicamentos Doenças crônicas não transmissíveis Equidade Determinantes sociais da saúde Prevenção ODM Além de 2015 • Medir indicadores por grupos de população •Abordagem das doenças crônicas não transmissíveis • Revisar condições e qualidade de vida, bem-estar e felicidade das pessoas • Apoio com acordos e convênios nacionais e internacionais Um sistema que assegure o direito à saúde DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS Brasil, 1991-2009 ECNT: 72% causa de muerte. 80% por cardiovasculares, cáncer, respiratorias y diabetes. Fonte: MS- Brasil, 2011 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Estrutura da população por idade e sexo, Brasil, 1990 e 2010 1990 2010 80+ 80+ 75-79 75-79 70-74 70-74 65-69 65-69 60-64 60-64 55-59 55-59 50-54 50-54 45-49 45-49 40-44 40-44 35-39 35-39 30-34 30-34 25-29 25-29 20-24 20-24 15-19 15-19 10-14 10-14 5-9 5-9 0-4 14 12 10 8 6 4 2 0 0-4 0 2 4 6 8 10 12 14 14 12 10 8 6 4 2 Porcentaje Hombres Fuente: Población ONU, 2012 0 0 2 Porcentaje Mujeres Hombres Mujeres 4 6 8 10 12 14 A demografia explica muito • A população está envelhecendo em ritmo acelerado (fertilidade e mortalidade mais baixa e isso não parece que vai mudar) • Com o aumento de pessoas idosas, a prevalência de doenças crônicas será ainda maior • A atenção aos idosos não é apenas clínica. É preciso de cuidados da família, redes sociais de apoio, terapia ocupacional e saúde mental. • Abordagens para o controle da doença crônica: ênfase na prevenção • Sabemos que temos que prevenir? PREVALÊNCIA DE FATORES DE 2009 Média dos principais indicadores do VIGITEL RISCO/PROTEÇÃO Capitais do Brasil, 2009 VIGITEL, 2008 – Capitais FATOR DE RISCO OU PROTEÇÃO % Fumantes 15,5 Excesso de peso 46,6 Obesidade 13,9 Consumo de 5 porções/dia de frutas e hortaliças 30,4 Consumo de carnes com excesso de gordura 33,0 Fisicamente ativos (tempo livre) 14,7 Sedentarismo 15,6 Consumo abusivo de álcool 18,9 Dirigir e álcool 1,7 * Pesquisa em todas as capitais dos estados e o Distrito Federal Fonte: MS, VIGITEL, 2008 Além de prevenir doenças e riscos, o que mais podemos fazer? Dois modelos explicativos para fazer a prevenção: • O modelo clínico: as causas das doenças e seus riscos se encontram na conduta dos indivíduos; estes são atores independentes que devem realizar opções livres a partir da informação adequada. A estratégia consiste em proporcionar informação e gerar motivação. • O modelo salubrista: encontra as raízes da doença e riscos no ambiente, que condicionam os indivíduos a adotarem estilos e hábitos de vida não saudável. A estratégia consiste em promover modificações do ambiente para facilitar e gerar motivação. História natural da doença crônica Etapas Intervenções Determinantes da saúde Prevenção primordial Fatores de risco Prevenção primária Início biológico Prevenção secundária Início clínico Prevenção terciária Morte Tomado de: Robert Spasoff. Cconference in PAHO, Washington DC. Janeiro ,2011 História natural da doença crônica Etapas Intervenções Determinantes da saúde Prevenção primordial Fatores de risco Prevenção primária Início biológico Prevenção secundária Início clínico Prevenção terciária Morte Tomado de: Robert Spasoff. Cconference in PAHO, Washington DC. Janeiro ,2011 Influências ambientais Fatores de risco comportamentais Fatores de riscos fisiológicos Automóveis Facilidades de exercícios Escolhas alimentares Pobreza Estresse Televisão Design urbano Inatividade Dieta pobre (sal, calorias, gorduras) Tabagismo Uso de substâncias Diabetes Hipertensão Obesidade Prevenção primária Prevenção secundária, tratamento Prevenção primordial, promoção da saúde Tomado de: Robert Spasoff. Cconference in PAHO, Washington DC. Janeiro ,2011 2004 Prevenção primordial: É aquela orientada a prevenir a introdução de fatores de risco à população. Está focalizada em aspectos de organização social e orientada a modificar as condições que geram suscetibilidade na população. Evita a emergência de fatores socioeconômicos e culturais que contribuem para um maior risco (ambiente condicionador). O enfoque do curso de vida é crucial. Organización Panamericana De la Salud Prevenção primária: Intervenções dirigidas ao segmento da população em risco. Está orientada a modificar os hábitos e comportamentos individuais para evitar a doença ou postergar seu início. Limitações: “Culpar a vítima”. Pouca atenção ao contexto social e ambiental que facilitam comportamentos inadequados ou interferem no comportamento saudável. Nota: Elaborado por Manuel Peña, OPAS/OMS, para o caso de obesidade.. 2009. ECV HIPERDM IITENSION DISLIPI- Algunos ACV DEMIACANCERES Nota: Gráfica cortesia de Manuel Peña, 2011. 2004 Considerações Finais 1. O setor da saúde precisa reconhecer melhor a relação entre os ambientes sociais e físicos e as doenças e seus riscos, trabalhando mais ativamente para sua transformação. Equidade é o “grande desafio”. 2. As doenças crônicas, problemas como as lesões por causas externas e os acidentes são as epidemias do século XXI. Sua abordagem precisa ser incluída nos “novos” ODM após 2015. 3. O fortalecimento da estratégia da Atenção Primária em Saúde segue sendo a grande orientação para uma mais adequada resposta social aos problemas de saúde e bem-estar, vinculados à qualidade de vida. Organización Panamericana De la Salud