• Investimento mede a variação no estoque de capital ocorrida em determinado ponto do tempo. • Variável de fluxo • Modelo Acelerador parte do pressuposto da existência de um estoque desejado de capital. • Investimento como é fluxo é uma resposta a desvios deste estoque desejado de capital. • Pressuposto é que o estoque de capital depende do nível de produto. • Produto mais alto leva firmas a desejarem um estoque de capital mais alto. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador 1 Investimento – Modelo Acelerador • 𝐼𝑛,𝑡 = 𝐾𝑡𝑑 − 𝐾𝑡−1 2 𝑑 • Note que: 𝐾𝑡−1 = 𝐾𝑡−1 = 𝛼𝑌𝑡−1 3 • Substituindo (3) em (2) fica: • 𝐼𝑛,𝑡 = 𝐾𝑡𝑑 − 𝐾𝑡−1 = α𝑌𝑡 − 𝛼𝑌𝑡−1 = 𝛼∆𝑌𝑡 • Note que neste caso a razão capital produto desejada é • 𝛼= 𝐼𝑛,𝑡 ∆𝑌𝑡 4 • Logo para cada variação de uma unidade monetária do produto causa uma variação de 𝛼 unidades nos investimentos Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen • 𝐾𝑡𝑑 = α𝑌𝑡 1 • Suponha inicialmente que o investimento líquido é igual à diferença entre o estoque desejado de capital e o estoque de capital do período anterior e que a depreciação seja zero. 2 • O modelo do acelerador em conjunto com a hipótese do efeito multiplicador implica que um choque no crescimento do produto causaria uma alteração nos investimentos com efeitos multiplicadores sobre o nível do produto de equilíbrio. • Uma extensão do modelo procura considerar que existe uma defasagem no ajuste do estoque de capital ao seu nível desejado. • Quando há um crescimento no produto a redução na discrepância observada entre o estoque desejado e o efetivo implica na realização de projetos de investimento. • Tais projetos possuem custos diretos de implementação e custos de ajustamento ao novo nível de estoque de capital. • Assume-se que tais custos aumentem conforme se acelera o ritmo do investimento. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador 3 Investimento – Modelo Acelerador • Logo temos: 𝐼𝑛,𝑡 = 𝜆 𝐾𝑡𝑑 − 𝐾𝑡−1 5 0<𝜆<1 𝑑 • Note que: 𝐾𝑡−1 ≠ 𝐾𝑡−1 pois o estoque de capital é ajustado ao estoque desejado de maneira lenta, logo: • 𝐼𝑛,𝑡 = 𝐾𝑡𝑑 − 𝐾𝑡−1 = λ α𝑌𝑡 − 𝐾𝑡−1 6 (Acelerador Flexível) • Portanto apenas uma parcela 𝜆 é ajustada em cada momento do tempo e a cada momento o investimento está respondendo a mudanças na renda de uma série de períodos antecedentes que ainda não haviam se concretizado. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen • Na presença de custos crescentes o processo ótimo para as firmas é ajustar o estoque de capital existente ao desejado de maneira lenta compensando apenas parte da diferença entre os dois em um único período. 4 • Implicação: Investimentos são menos voláteis no curto prazo do que supõe a relação do acelerador simples que implica que o ajuste para o estoque desejado ocorre na sua totalidade em t. • O parâmetro 𝜆 que determina a velocidade de ajuste pode ser ajustado pela firma e é influenciado por disponibilidade de crédito, taxas de juros, políticas tributárias entre outros fatores. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador 5 • Na equação (1) o estoque do capital é múltiplo fixo do produto. • No entanto diferentes níveis de produto podem ser obtidos com o mesmo estoque de capital se for possível variar a quantidade de mão-de-obra e neste caso a razão capital/ trabalho. • Variando a razão capital trabalho temos que a escolha ótima de uma combinação capital-trabalho que gere um determinado nível de produto passa a depender da proporção do custo do capital em relação ao do trabalho ou de outro modo do custo do capital em relação ao salário real. • A quantidade de capital utilizada para gerar um dado nível de produto está positivamente relacionada com o salário real e negativamente relacionada com o custo do capital. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador e Custos Capital 6 • O salário real relevante neste caso é o salário esperado a vigorar durante o período de vida dos bens de capital. • Assumindo que o salário real seja constante no curto prazo podemos nos deter sobre o custo de capital somente. • Função Investimento assumiria a seguinte forma (nãoespecífica): • 𝐼𝑛,𝑡 = 𝐼 𝑌𝑡 , 𝐶𝐶𝑡 , 𝐾𝑡−1 • Investimento dependeria: a) do produto pois choques observados no produto alterariam o nível de capital desejado e portanto o fluxo (Investimento). b) Estoque de capital. c) Custo do Capital Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador e Custos Capital 7 • Custo Capital depende fundamentalmente da taxa de juros e da depreciação e da existência de benefícios tributários. Por quê? • Taxa de juros é uma medida do custo de empréstimo para compra de bens de capital. • Taxa de juros é uma medida do custo de oportunidade que a firma tem de não reter os lucros e reinvestir. • Depreciação é uma medida do desgaste ocorrido nos bens de capital adquiridos. • Benefícios tributários para a compra de bens de capital reduzem diretamente o custo. • Logo podemos escrever: Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador e Custos Capital 8 • • • • • • • 𝐶𝐶 = 1 − 𝜏 𝑖 − 𝜋 𝑒 + 𝛿 , onde: 𝜏 subsídio para a compra de bens de capital. 𝑖 taxa juros nominal. 𝜋 𝑒 taxa inflação esperada. 𝛿 depreciação. Logo: 𝐼𝑛,𝑡 = 𝐼 𝑌𝑡 , 𝑖𝑡 , 𝛿, 𝜋𝑡𝑒 , 𝜏𝑡 , 𝐾𝑡−1 Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador e Custos de Capital 9 • Como o investimento depende da taxa de juros real os efeitos da política monetária dependem em quanto alterações na taxa de juros nominal são efetivamente transferidas para a taxa de juros real. • Caso os ajustes ocorram de maneira lenta, ou seja, a inflação esperada responda a variações de inflação passada teremos alterações significativas na taxa de juros real e portanto no investimento. • Caso a inflação esperada responda a variações antecipadas de política monetária as expectativas vão se ajustar rapidamente e a taxa real de juros vai permanecer inalterada o que implica que o investimento não vai responder à variações na política monetária a não ser que haja um elemento de surpresa. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador: Implicações 10 • Desenvolvimentos recentes na corrente novo-Keynesiana apontam para modelagem da inflação através da curva de Phillips onde há a decomposição do ajuste da inflação entre um componente passado e um expectacional voltado para o futuro. • No caso do Brasil o peso do componente passado (inercial) estaria entre 0.32 a 0.48, enquanto que as evidências para a Europa e para os EUA são de pesos sempre inferiores a 0.3. • Portanto possivelmente no caso brasileiro as variações na política monetária teriam expressivo impacto sobre a taxa de juros real dado o peso do componente passado da inflação nas expectativas. Prof. Wilson Curso Macro 3 - UFJF Bibliografia Cap. 16 BL e Cap. 14 Froyen Investimento – Modelo Acelerador: Implicações 11