O FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR Joaquim Mourato (Presidente do CCISP e do IP de Portalegre) IV Congresso SNESUP ISCTE-IUL (Lisboa)| 14 de novembro de 2014 SUMÁRIO 1. QUEM FINANCIA O ENSINO SUPERIOR? 2. QUAL A EVOLUÇÃO RECENTE DO FINANCIAMENTO POR PARTE DO ESTADO? 3. QUE AUTONOMIA FINANCEIRA INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR? EXISTE NAS 4. QUE FÓRMULA DE FINANCIAMENTO TEMOS? 5. CONTRIBUTOS PARA FINANCIAMENTO NOVO MODELO DE ENSINO SUPERIOR & OFERTA FORMATIVA INDICADOR PORTUGAL MÉDIA OCDE % de população com ensino superior completo (25-64 anos) 19% 32% % de população com ensino superior completo (25-34 anos) 28% 39% % de população com ensino superior completo (55-64 anos) 11% 24% Ciências Sociais, Gestão e Ciências Sociais, Gestão e Direito (32%) Direito (31%) 3,4% 6,9% 11% 11% 82% 84% 10,5% 4,8% 76% 73% 14,2% 7,7% 170 159 Retorno individual do investimento financeiro feito num curso superior por um indivíduo de sexo masculino 125.705$ USD 144.390$ USD Retorno individual do investimento financeiro feito num curso superior por um indivíduo de sexo feminino 90.966$ USD 98.456$ USD Despesa por estudante no ensino superior 6.043$ USD 9.221$ USD Despesa total no ensino superior em % do PIB (despesa pública e privada) 1,4% PIB 1,6% PIB Despesa em bolsas de estudo em % do total de despesa no ensino superior 16,6% 11,4% Despesa em bolsas de estudo, empréstimos e outros subsídios em % do total de despesa no ensino superior 16,6% 21,7% Área de estudo mais escolhida pelos novos inscritos no ensino superior % de estudantes estrangeiros inscritos no ensino superior português (quando comparados com o total de inscrições) % de estudantes estrangeiros inscritos em programas de doutoramento Fonte: Education at a Glance (2014) (quando comparados com o total de inscrições em doutoramento) Taxa de empregabilidade de pessoas com grau de ensino superior (25-64 anos) Taxa de desemprego de pessoas com grau de ensino superior (25-64 anos) Taxa de empregabilidade de pessoas com ensino secundário completo (25-64 anos) Taxa de desemprego de pessoas com ensino secundário completo (25-64 anos) Diferença salarial de empregados com o ensino superior (25-64 anos) Proporção da despesa pública e privada no total da despesa no ensino superior Nº de estudantes por professor (ETI) Despesa Pública: 68,6% Despesa Pública: 69,2% Despesa Privada: 31,4% Despesa Privada: 30,8% 15 14 | 1 QUEM FINANCIA O ENSINO SUPERIOR? ESTRUTURA DA RECEITA 2010 25% 61% 14% OE Propinas Outras | 1 QUEM FINANCIA O ENSINO SUPERIOR? ESTRUTURA DA RECEITA 20% 2013 57% 23% Transferências OE Propinas Outras receitas | QUAL A EVOLUÇÃO RECENTE DO FINANCIAMENTO POR PARTE DO ESTADO? 2 TRANSFERÊNCIAS DE OE: O financiamento do Estado nas IES é inferior a 60% da receita Comparticipação para a CGA e SS em cerca de 25% do OE Cortes de, aproximadamente, 7% em 2011, 8,5% em 2012, 3,5% em 2013, 2% em 2014 e 1,5% para 2015 (22,5% nos últimos cinco anos) Impacto do IVA e da inflação O número de estudantes cresceu em cerca de 11% nos últimos cinco anos Em 8 anos menos 50% do financiamento do Estado | QUAL A EVOLUÇÃO RECENTE DO FINANCIAMENTO POR PARTE DO ESTADO? 2 DESPESAS COM PESSOAL/TRANSFERÊNCIAS DE OE 140.0% 121.1% 122.5% 122.7% 120.5% 120.0% 99.8% 114.3% 106.3% 103.5% 2010 2011 100.0% 80.0% 60.0% 40.0% 20.0% 0.0% 2006 2007 2008 2009 2012 2013 | QUE AUTONOMIA FINANCEIRA EXISTE NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR? 3 AUTONOMIA FINANCEIRA: Controlo orçamental através do cumprimento da regra do equilíbrio (IES não geram deficit) Existência de medidas que limitam a gestão das Instituições: • Impossibilidade da utilização dos saldos para projetos plurianuais (ERASMUS, projetos cofinanciados, etc.) • Vinculação à lei dos compromissos (gestão por duodécimos) • Vinculação obrigatória à ESPAP • Limitações à gestão de pessoal • Limitações nas alterações orçamentais | 4 QUE FÓRMULA DE FINANCIAMENTO TEMOS? FÓRMULA DE FINANCIAMENTO: A partir de 2004 passou-se de um modelo “construtivo” para um modelo “distributivo” A alteração de metodologia a partir de 2006 não acompanhou o acréscimo do número de estudantes O fator de eficiência científica nunca foi aplicado ao subsistema politécnico, o que afeta os orçamentos destas instituições A distribuição é fortemente afetada pelos índices remuneratórios históricos A atual fórmula não é um instrumento de gestão das instituições por ser imprevisível | CONTRIBUTOS PARA O NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO 5 FINANCIAMENTO: 1. 2. 3. 4. Ensino Investigação Ação Social Investimento | CONTRIBUTOS PARA O NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO 5 1. FINANCIAMENTO POR ATIVIDADE E RESULTADOS Não se financia o aluno nem a instituição Contratualização entre o estado e cada instituição, numa lógica plurianual e de resultados Ajustado às necessidades e capacidades existentes | CONTRIBUTOS PARA O NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO 5 2. CONTRATUALIZAÇÃO DE PROJETOS E ATIVIDADES: Ação Social com regras que introduzam justiça e igualdade para com todos os estudantes, independentemente da área ou grau Contrato Programa de médio prazo com objetivos específicos (diplomados, sucesso escolar, atividades para o apoio ao desenvolvimento regional, etc.) Programa de investimento (PIDDAC) Programa para a investigação | FIM Grato Pela Atenção Dispensada