3º Bimestre
Queridos e queridas, neste terceiro bimestre estudaremos o
impacto das artes pós-década de 1950 no Brasil e no mundo.
Portanto, este período remontará a geração de nossos pais e
por consequência, a nossa própria geração. Parece tudo
muito fácil, pois vivemos nesta época, certo?
Mas você conhece e/ou interpreta tudo o que o rodeia?
Então se liga aí e vamos ressignificar o nosso cotidiano.
A escultura no Brasil
No Brasil, a Escultura esteve sempre muito ligada à
movimentos específicos, tais como o da Semana da Arte
de 1922;
Porém, com a chegada da geração de 1950, os estilos
artísticos começaram a ser questionados e repensados
pelos críticos de arte e pelos próprios artistas, ávidos de
mudança na velha estrutura;
Ernesto de Fiori e Bruno Giorgi
Pertencem ainda à geração modernista da Escultura
brasileira;
 Ernesto de Fiori dominava além da escultura a pintura;
Bruno Giorgi aderiu ao movimento modernista e, na
década de 1950 suas obras valorizavam o ritmo, vazios,
movimentos e linhas curvas. Utilizou como materiais
expressivos o bronze e o mármore.
Alguns exemplos...
Mulher despida, 1938, Ernesto de Fiori.
Candangos, Bruno Giorgi.
Maria Martins e Sérgio Camargo
Maria iniciou seu trabalho ligada ao movimento
Surrealista;
Teve influencia muito forte de Marcel Duchamp;
Sua temática remeta ao Surrealismo e retoma mitos e a
natureza brasileira;
Sérgio Camargo produziu esculturas de extremo rigor
formal, explorando figuras geométricas em relevos
monocromáticos.
Exemplificando...
O Impossível (1945), Maria Martins.
Double-Sided Module (1964), Sérgio Camargo
Frans Kracjberg e Francisco Brennand
Frans foi um polonês naturalizado brasileiro e sua obra
tem profundo engajamento com a questão da preservação
do meio ambiente;
Já Francisco Brennand trabalhou principalmente com
a cerâmica, criando um universo de monstros, corpos,
ovos, animais e seres híbridos (sem forma definida).
Flor do Mangue, Frans Kracjberg.
Esculturas no Jardim, Francisco Brennand.
Rubem Valentim, Mestre Didi e Mestre
Vitalino
 Rubem Valentim – Representava em suas obras, símbolos das tradições populares dos negros da Bahia;
 Mestre Didi teve em seus objetos a inspiração da tradição religiosa afro-brasileira;
 Mestre Vitalino teve forte influencia de sua mãe, que era artesã. Por isto, Vitalino brincava com os restos
de barro, onde foi apreendendo a elaborar pequenos objetos, até se tornar um dos maiores ceramistas
populares brasileiros. Representava o mundo que vivia, cujas cenas remontam a região sertaneja de
Pernambuco.
Arte Concreta
Indica uma arte totalmente desprendida da imitação da
natureza;
Baseia-se na concepção matemática, nas formas
geométricas;
No Brasil, surge como uma reação à Arte Figurativa,
dominada por pintores como Lasar Segall, Di
Cavalcanti e Candido Portinari;
Max Bill
Sua arte está baseada no uso de fórmulas matemáticas;
Unidade Tripartida (1948-1949)
Movimento Concreto e suas vertentes
O movimento concreto no Brasil teve duas Vertentes, das
quais passaremos a estudar agora:
A primeira aconteceu no Rio de Janeiro, onde ex-alunos de
Ivan Serpa formaram o Grupo Frente, para o qual a
linguagem geométrica era um campo aberto à experiência e ao
questionamento;
Membros: Franz Weissmann, Lygia Clark, Helio Oiticica,
Abraão Palatnik, Aluísio Carvão e Ivan Serpa.
Enquanto isso, o outro lado se manifestava...
Em São Paulo, o concretismo foi representado pelo
Grupo Ruptura, que contava com os artistas: Waldemar
Cordeiro, Geraldo de Barros, Luis Sacilotto e
Hermelindo Fiaminghi.
Principais pontos dissonantes...
Durante a 1ª exposição Nacional de Arte Concreta, foi
revelado inúmeras divergências entre paulistas e
cariocas;
Os paulistas defendiam firmemente os princípios
racionalistas concretos, enquanto os cariocas eram mais
abertos à experimentação e à expressão;
Os cariocas romperam com o concretismo paulista e
criaram o Neoconcretismo.
Lygia Clark
Para esta artista, o artista ultrapassa a mera condição
de espectador visual da obra e passa a recriá-la;
Bichos, Lygia Clark.
Hélio Oiticica
 Fez parte do movimento de arte Concreta e, logo após, do
Neoconcretismo;
 Foi Pioneiro na divulgação da arte ambiental e do processualismo em
nosso país;
 Adepto do experimentalismo e do questionamento das regras e da
moralidade de nossa sociedade.
Absolutismo informal
Caráter das figuras não é geométrico, mas informal,
gestual;
Influencia desta vertente são os artistas: Antonio tapies,
Georges Mathieu, Francis Bacon e o grupo CoBrA
(das iniciais das cidades e de alguns dos integrantes do
movimento – Copenhague, Bruxelas e Amsterdã);
Anos 1960
Surgimento do Cinema Novo, com Glauber Rocha;
Em 1965, surgiu o programa Jovem Guarda;
A década de 1960 marca a volta da figuração nas artes;
Aparecimento da Pop Art, Op Art, Arte Conceitual
e Body Art.
Pop Art
A cultura Pop absorve o capitalismo de consumo (Objetos e
pessoas)
Andy Warhol utiliza o silk screen, usando como temáticas
as imagens de ícones como Marilyn Monroe, Elvis Presley,
Mick Jagger;
Roy Lichtenstein fez pinturas usando a linguagem das
HQs;
É uma crítica a sociedade do consumo e da massificação que
a arte atravessava. São valores considerados decadentes.
Alguns exemplos...
Grupo Rex
 Era formado pelos artistas Wesley Duke Lee (quem introduziu a
linguagem Pop no Brasil), e seus ex-alunos Carlos Fajardo, José
Resende e Frederico Nasser, além de Waldemar Cordeiro e Nelson
Leirner.
 Visavam produzir uma arte de caráter experimental, além de criar um
espaço próprio para a produção de vanguarda, que a crítica e o mercado
em geral rejeitavam.
 Leirner incorporou a ironia e o sarcasmo em sua arte, que atribuiu à
participação do público grande importância.
Op Art
 Op art é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade
do olho e pelo uso de ilusões ópticas.
 A expressão "op-art" vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”.
Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor
com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se
mantém nunca o mesmo.
 Os trabalhos de op art são em geral abstratos, e muitas das peças mais
conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados,
dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes
parecem inchar ou deformar-se.
Arte Conceitual
 A arte conceitual foi iniciada nos anos 60 do século XX (1965); prevaleceu pela
década de 70 o que implicou uma remodelação dos processos criativos e expressivos.
 Nesta arte valoriza-se mais a ideia da obra do que o produto acabado, sendo que às
vezes este (produto) nem mesmo precisa de existir. É bastante expressada através de
fotografias, vídeos, mapas, textos escritos e performances. Não existem limites
muito bem definidos para que uma obra seja considerada Arte Conceptual já que
esta abrange vários aspectos tendo como intenção desafiar as pessoas a interpretar
uma ideia, um conceito, uma crítica ou uma denúncia. O objetivo é que o observador
reflita sobre o ambiente, a violência, o consumo e a sociedade. Esta arte é
vivenciada por todos os observadores do mesmo modo ou seja, ela não possui
nenhuma singularidade aos olhos de quem a vê.
A fonte – Marcel Duchamp
Body Art
 A Body Art (do inglês, arte do corpo) é uma manifestação das artes visuais onde
até o corpo do próprio artista pode ser utilizado como suporte ou meio de
expressão. Surgiu no final da década de 60 como uma das mais populares e
controvertidas formas de arte a se disseminar.
 Em uma abordagem mais específica, surgiu como reação à impessoalidade da
arte conceitual e do minimalismo, em análise mais ampla tem sido considerada
um prolongamento destes.
 O espectador pode atuar não apenas de forma passiva mas também como
voyeur (observador) ou agente interativo.
 Foi na década de 1960 que essa forma de arte se popularizou e se espalhou
pelo mundo.
 Suas origens encontram referências na premissa de Marcel Duchamp em que
"tudo pode ser usado como uma obra de arte", inclusive o corpo. Além de
Duchamp, podem ser considerados precursores da Body art o francês Yves Klein,
que usava corpos femininos como "pincéis vivos", o americano Vito Acconci, o
italiano Piero Manzoni entre outros.
Anos 1970
 Década marcada pela intensa repressão e endurecimento do regime
militar, que tomou grande forma após o AI-5, e pela censura;
 Inicio da Arte Conceitual, onde os artistas se expressavam através de
fotografias e vídeos;
 Esta arte também questiona o mercado , o sistema de arte, o museu, a
crítica e o público;
 As vanguardas desta década exercitavam a multiplicidade de estilos, a
mescla de técnicas, a fusão de gêneros, a ruptura de suportes
(escultura, por exemplo), valorizando o caráter heterogêneo e
multidisciplinar da arte.
Anos 1980
 Acentua-se a tendência internacionalizante da arte, veiculada pelos
mecanismos de divulgação em massa recentes, como a televisão, cinemas
e revistas.
 Marco desta geração aconteceu em 1984, com a exposição: Como vai
você, Geração 80?
Anos 1990
 Os anos 90 revelaram poéticas pessoais de difícil rotulação;
 A produção artística desse período refletiu as características do
mundo globalizado, antenada com a produção artística mundial e, ao
mesmo tempo e em alguns casos, profundamente conectada com a
realidade brasileira (ao incorporar elementos da cultura popular, ou
referências à religiosidade brasileira);
 Permaneceram as referências à vida urbana.
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3º Bimestre - Colégio Energia Barreiros