EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO ARGAMASSADO Prof. MSc. Eng. Eduardo Henrique da Cunha Engenharia Civil – 7º Período – Turma A01 Disc. Construção Civil I CONDIÇÕES DE INÍCIO A alvenaria de vedação de metade menos um do número total de pavimentos executada Realizada a fixação da alvenaria de vedação (“encunhamento”) em pelo menos três dos pavimentos imediatamente acima Contramarcos e batentes (se for o caso) devem estar chumbados ou os referenciais de vão devem estar definidos CONDIÇÕES DE INÍCIO O embutimento e fixação de todas as instalações na alvenaria, todas devidamente testadas e liberadas Quaisquer dutos que passem pelas alvenarias de fachada devem estar fixados É recomendável que contrapisos e revestimentos verticais internos também estejam concluídos CONDIÇÕES DE INÍCIO PRAZOS Alvenarias concluídas há pelo menos 30 dias Fixação interna das alvenarias (encunhamento) pelo menos 15 dias Estrutura deve estar concluída há pelo menos 120 dias Para os 3 últimos pavimentos se admite conclusão da estrutura a pelo menos 60 dias FERRAMENTAS APLICAÇÃO DA ARGAMASSA Régua de alumínio para o sarrafeamento Desempenadeiras de aço e madeira para o desempeno Espuma para o camurçamento Cantoneira de alumínio para argamassa de acabamento de cantos vivos Réguas de canto e grampos e/ou sargentos para sua fixação Broxa para o umedecimento da superfície ETAPAS Preparo do substrato Definição do plano final do revestimento Aplicação Desempeno Preparo da argamassa Sarrafeamento Acabamento final PREPARO DO SUBSTRATO Inclui: PREPARO DO SUBSTRATO • Verificação das instalações embutidas • Correção de infiltrações • Correção de irregularidades • Controle do grau de absorção • Verificação da textura superficial • Limpeza da base • Chapisco PREPARO DO SUBSTRATO LIMPEZA DA BASE Remoção de sujeiras, pó e materiais soltos: escovação (vassoura de piaçaba, escova de aço, espátula) e lavagem com água sob pressão ou jato de areia Remoção de desmoldante, graxa, gordura: processos mecânicos ou limpeza com soluções alcalinas ou ácidas (fosfato de sódio, soda cáustica, ácido muriático, detergente) • cuidado: saturar a base com água pura antes de lavar; enxaguar com água pura em abundância após lavar; cuidado com adjacências. PREPARO DO SUBSTRATO LIMPEZA DA BASE Remoção de eflorescências: escovação e limpeza com ácido muriático ou jateamento de areia Remoção de bolor e fungos: escovação com solução de fosfato de sódio ou hipoclorito de sódio Remoção de elementos metálicos (pregos, fios, barras de tirantes das fôrmas): reparos superficiais Tratar rasgos das instalações elétricas e hidráulicas com tela de aço galvanizado PREPARO DO SUBSTRATO CHAPISCO TIPO DE BASE ABSORÇÃO PROCEDIMENTOS Concreto com fôrmas plastificadas ou metálicas (superfície muito lisa) Muito baixa Usar chapisco com aditivos colantes Concreto com fôrmas convencionais Baixa Usar chapisco convencional Tijolos e blocos cerâmicos Média Aplicar emboço diretamente Bloco de concreto celular e sílico-calcário Elevada Dividir o revestimento em painéis. Usar a argamassa de baixa resistência com boa retenção de água Base de madeira ou metal - Usar tela de fixação TIPOS DE CHAPISCO CONVENCIONAL Consiste no lançamento vigoroso de uma argamassa fluida sobre a base, utilizando uma colher de pedreiro. A textura final deve ser a de uma película rugosa, aderente e resistente. Esta argamassa fluida é produzida com cimento e areia grossa em proporções que variam de 1:3 a 1:5 (em volume) em função das características do agregado utilizado e da superfície a ser chapiscada. TIPOS DE CHAPISCO DESEMPENADO Usualmente aplicado sobre a estrutura de concreto, esse tipo de chapisco é feito com uma argamassa industrializada para esse fim, sendo necessário acrescer somente água. É aplicado com desempenadeira denteada. TIPOS DE CHAPISCO ROLADO Feito com uma argamassa fluida obtida através da mistura de cimento e areia, com adição de água e polímero, usualmente de base PVAC. Pode ser aplicada tanto na estrutura como na alvenaria, usando-se rolo para textura acrílica. A parte liquida deve ser misturada aos sólidos até obter consistência de “sopa”. Deve-se atentar para a homogeinização constante e durante a aplicação. DEFINIÇÃO DO PLANO FINAL DO REVESTIMENTO DEFINIÇÃO DO PLANO FINAL DO REVESTIMENTO Levantamento dos pontos mais ressaltados Definição da espessura de revestimento sobre esses pontos Aplicação das taliscas DEFINIÇÃO DO PLANO FINAL DO REVESTIMENTO TALISCAS • Cacos cerâmicos fixados na parede ou teto, com argamassa idêntica à do revestimento. Devem ser aplicadas pelo menos 24 horas antes do revestimento. TALISCAMENTO Para execução das taliscas sobre a base é necessário identificar os pontos críticos do ambiente (saliências, curvaturas, reêntrancias, etc. que resultarão em maior ou menor espessura do revestimento). TALISCAMENTO Para tanto, utilizam-se esquadro, régua de alumínio com nível de bolha acoplado e prumo. Identificados os pontos, deve-se assentar as taliscas, primeiramente naqueles de menor espessura (com mínimo de 5 mm). TALISCAMENTO O plano definido por estas taliscas deve ser transferido para todo o ambiente, iniciando-se pelas taliscas mais próximas ao teto, com posterior transferência de espessura para junto do piso através de um fio de prumo. TALISCAMENTO As taliscas devem ser espaçadas de 1,0 m a 2,0 m, considerando o comprimento da régua de alumínio. Nas quinas as taliscas devem ser posicionadas distanciadas de 10 a 30 cm. Alinhar as caixas de luz e registros dever ficar alinhadas com as taliscas TALISCAMENTO O taliscamento do teto deve ser feito com auxílio de mangueira de nível e linhas de nylon ou nível a laser, considerando uma espessura mínima de 5 mm no ponto crítico da laje. PREPARO DA ARGAMASSA PREPARO DA ARGAMASSA TIPOS DE ARGAMASSA 1) Totalmente preparada em obra • Sacos de cimento e cal hidratada areia a granel, aditivos químicos líquidos. • Os materiais são misturados simultaneamente à adição de água. 2) A partir de argamassa intermediária • Mistura de cal hidratada com areia, fornecida a granel por empresas especializadas. • Na obra, adiciona-se o cimento e quantidade de água necessária. PREPARO DA ARGAMASSA TIPOS DE ARGAMASSA 3) Argamassa industrializada ensacada • Sacos de argamassa industrializada. • Na obra, adiciona-se água (quantidade indicada na embalagem da argamassa). 4) Argamassa industrializada em silos • Silos contendo a mistura dos materiais a seco são fornecidos ao canteiro de obras. • Um equipamento de mistura específico é utilizado, e o único elemento a ser adicionado é a água. Parâmetros de decisão QUAL ARGAMASSA USAR? • Área para estocagem de materiais • Desperdício de materiais • Gestão do estoque de insumos • Local de produção • Perdas no transporte • Mobilização dos meios de transporte • Instalações e consumo de água e energia • Limitação de peso e altura Parâmetros de decisão QUAL ARGAMASSA USAR? • Manutenção de equipamentos • Disponibilidade de fornecedores • Ajuste de traço • Responsabilidade na dosagem • Domínio da tecnologia e treinamento • Mão-de-obra e Produtividade • Planejamento • Cronograma PARÂMETROS DE DECISÃO Área para estocagem de materiais Produzida em canteiro Há necessidade de grande área em baias especialmente montadas para esta finalidade, sendo necessário separar os diversos insumos. Produzida em central Nenhum estoque é necessário Ensacada Silos Há necessidade de apenas uma área para armazenamento dos sacos, ou já diretamente nos pavimentos de utilização A área necessária é apenas a da projeção do silo (aproximadamente 9m2). PARÂMETROS DE DECISÃO Desperdício de materiais Produzida em canteiro Maior probabilidade de perdas diretas de material, seja na estocagem, no manuseio, no preparo ou no transporte Caso o planejamento e a utilização sejam corretos, ou Produzida seja, a quantidade pedida é efetivamente utilizada, o em central índice de perdas do material tende a ser baixo Ensacada Por não haver estoque de matérias-primas, a tendência é que haja pequena perda de materiais, até porque há eliminação de etapas de manuseio. Silos Para os sistemas de silo com transporte em via seca, a perda praticamente inexiste, já que o material fica lacrado no silo e é misturado em seu local de aplicação. Já para a via úmida, pode haver maior perda no transporte. PARÂMETROS DE DECISÃO Gestão do estoque de insumos Produzida em canteiro Há necessidade de constante monitoramento dos estoques de maneira a não paralisar o fluxo de produção. Logística no recebimento de diferentes materiais Similar à administração de concretagem. As Produzida programações de entrega devem ser programadas, bem em central como as operações de descarga e aplicação Ensacada Por ser apenas um item a ser controlado, fica mais fácil de ser gerido do que os diversos itens que compõem a argamassa Silos Deve-se atentar para que não falte material nos silos, uma vez que a reposição não é imediata PARÂMETROS DE DECISÃO e Produzida em canteiro Local de produção Tem que estar de acordo com a logística do canteiro. Área grande e que abastece todos os locais da obra. Intenso tráfego de caminhões que devem ter acesso facilitado. Produzida Não há produção na obra, mas é necessário prever local em central adequado para o abastecimento Ensacada A produção pode ser em uma central, com transporte aos pontos de aplicação. Mais indicado é a produção próxima aos locais de aplicação (argamassadeiras mecânicas) Silos Mistura final no silo (via úmida), ou no local de aplicação (via seca). No silo, há a vantagem de se ter apenas um ponto de abastecimento de água e energia, mas o equipamento de elevação é mais pesado. Na via seca, necessidade de abastecer cada ponto de aplicação com água e energia, porém com menor consumo de energia. PARÂMETROS DE DECISÃO Perdas no transporte Produzida em canteiro Como existe um ponto central de produção e a argamassa é transportada pronta, existe um potencial grande de perdas nos carrinhos e nas jericas. Produzida em central Depende do sistema de abastecimento da argamassa. No uso de carrinhos, a perda é similar a da produzida na obra. No caso de bombeamento existe a perda na tubulação Ensacada Argamassa produzida próxima ao local de aplicação, perdas ocorrem por danos provocados nos sacos no transporte, cuja probabilidade de ocorrência é baixa Silos Não há perdas no transporte, a não ser na via úmida, onde os resíduos que permanecem na tubulação representam valor a ser considerado e gerando a necessidade de lavagem da tubulação PARÂMETROS DE DECISÃO Mobilização dos meios de transporte Por se utilizar dos meios convencionais de transporte Produzida (elevador, grua, etc.), a argamassa “compete” com outros em canteiro elementos que devem ser transportados por estes meios na obra, gerando por vezes congestionamentos no sistema Produzida em central Se for bombeado, não há congestionamento. Se for por carrinho, pode ocorrer o mesmo congestionamento do caso anterior Ensacada Há apenas o transporte de sacos para os locais de aplicação, o que pode ser realizado fora dos horários de pico do sistema de transportes e portanto não gerar nenhum transtorno para a obra Silos Via seca - não utiliza o sistema convencional de transporte. Via úmida - pode haver transporte por meios convencionais da obra o que pode gerar eventuais congestionamentos no sistema PARÂMETROS DE DECISÃO Instalações e consumo de água e energia Produzida em canteiro Instalações centralizadas de água e energia elétrica Não há necessidade de instalações específicas. No Produzida entanto, na ocorrência de falta de energia pode haver em central perda do caminhão de argamassa (grande volume) Ensacada Silos Considerando que a mistura ocorre próxima aos locais de aplicação, há necessidade de instalações elétricas e hidráulicas nestes pontos Se for por via úmida, a instalação é centralizada, já que a mistura ocorre junto ao silo. No caso de via seca, ocorre o mesmo que para o sistema de sacos PARÂMETROS DE DECISÃO Limitação de peso e altura Produzida em canteiro Se houver estocagem de insumos sobre laje, deve-se atentar para os limites de carga admissíveis Produzida O caminhão betoneira não pode se posicionar sobre laje, a em central não ser que tenha sido feita previsão específica Ensacada Silos Se houver estocagem de insumos sobre laje, deve-se atentar para os limites de carga admissíveis Há possível limitação de altura por interferência com rede elétrica. Quanto ao peso, também há limitação do peso do silo apoiado sobre laje PARÂMETROS DE DECISÃO Manutenção de equipamentos Produzida em canteiro Os equipamentos usualmente utilizados são muito simples (betoneira, principalmente) e requerem manutenção, preferencialmente do fornecedor Produzida Não há custo de manutenção para a obra em central Ensacada As argamassadeiras requerem manutenção que deve ser dada pelo fabricante do equipamento no caso de locação do equipamento Silos A manutenção é dada pela própria empresa fornecedora do silo. As misturadoras, no caso de via seca, também requerem manutenção PARÂMETROS DE DECISÃO Disponibilidade de fornecedores Produzida em canteiro Há ampla disponibilidade de fornecedores de insumos, apesar de nem sempre é fácil se encontrar o fornecedor para a areia ideal Produzida em central Usualmente, são os mesmos fornecedores de concreto. Podem ocorrer os mesmos problemas da entrega de concreto: atrasos, dificuldade de acesso de caminhões e equipamentos de elevação Ensacada As argamassas ensacadas podem ser adquiridas em muitos distribuidores. Silos É o sistema que possui maior dependência em relação aos fornecedores. Uma vez escolhido o sistema, o fornecedor não pode ser mudado e fica-se sujeito a potenciais problemas de entrega. Também são poucos os fornecedores disponíveis no mercado PARÂMETROS DE DECISÃO Ajuste de traço Produzida em canteiro Há total possibilidade de ajuste de traço, mas o controle de uniformidade e manutenção da qualidade são mais difíceis, sobretudo em função da variação das características do agregado e da própria dosagem Para caminhões diferentes, há possibilidade de ajuste Produzida do traço. A uniformidade é mantida pelo processo de em central dosagem industrial Ensacada Os traços são padronizados e não necessitam de ajuste Silos Os traços são padronizados e não necessitam de ajuste PARÂMETROS DE DECISÃO Responsabilidade na dosagem Produzida em canteiro A responsabilidade da dosagem e sua uniformidade é totalmente da Construtora Produzida em central A responsabilidade da dosagem e sua uniformidade são da empresa fornecedora da argamassa a partir dos requisitos solicitados pela contratante Ensacada A responsabilidade da fórmula é da empresa fabricante da argamassa Silos A responsabilidade da fórmula é da empresa fabricante da argamassa PARÂMETROS DE DECISÃO Domínio da tecnologia e treinamento Produzida em canteiro Apesar de ser uma tecnologia extremamente difundida, para maior produtividade é necessário que se invista em treinamento. Usualmente não há domínio da tecnologia de dosagem, sendo na maioria das vezes feita empiricamente em função da experiência de mestres e encarregados Produzida Uma vez que não há produção no canteiro, não há em central necessidade de domínio de tecnologia e treinamento Ensacada Deve existir treinamento para a correta utilização do produto e adição de água à mistura Silos Deve existir treinamento para a correta utilização do equipamento PARÂMETROS DE DECISÃO Mão-de-obra e Produtividade Este é o tipo que mais necessita e utiliza mão-de-obra. Produzida No entanto, o sistema vai na contramão da tendência em canteiro atual de se retirar do canteiro de obras atividades que não agregam valor diretamente ao produto Produzida em central Ensacada Silos Não há mão-de-obra na fabricação, apenas no transporte. Pelo grande volume de argamassa plicado em pouco tempo, há necessidade de mobilização de um grande contingente de operários, o que pode prejudicar outras atividades. A mão-de-obra na preparação é mais reduzida que no sistema convencional e não requer treinamento. Pode-se dizer que o sistema como um todo é mais produtivo. Na via seca, há muita semelhança na utilização de mão de obra com sistema ensacado. Na via úmida, pode-se considerar uma incidência menor de mão-de-obra, dado que a adição de água está em apenas um ponto PARÂMETROS DE DECISÃO Planejamento Produzida em canteiro Há necessidade de se pensar as atividades de aquisição, produção e aplicação na obra integradamente, já que as argamassas de cimento são “perecíveis”. Produzida em central Planejamento similar ao de concretagem. Para que não ocorram problemas no momento de aplicação, toda a infra-estrutura da obra deve estar pronta para receber um grande volume de material a ser aplicado rapidamente Ensacada Como usualmente as centrais de mistura são móveis, acompanhando a execução, há a possibilidade de uma grande flexibilidade no planejamento. Silos Vale o mesmo raciocínio utilizado para o sistema ensacado tanto para o sistema em via seca como para transporte úmido, apenas faz-se a mudança de tubulações que se faz necessária para cada caso PARÂMETROS DE DECISÃO Cronograma Há pouca interferência do cronograma sobre o sistema Produzida e seus custos, a não ser no dimensionamento de estoques de em canteiro insumos. Apenas no caso de locação do equipamento de mistura, há consideração como variável importante. Produzida em central Utilizada para obras rápidas e de grandes volumes Ensacada Há pouca interferência do cronograma sobre o sistema e seus custos. Apenas no caso de locação do equipamento de mistura, há consideração como variável importante. Silos É uma variável importante na viabilização de custos. Se o prazo for fator preponderante, este é um sistema que se viabiliza pela redução de mão de obra direta, redução dos custos de transporte, e por fim deve-se considerar a possível redução da mão-de-obra indireta PREPARO DE ARGAMASSA EM OBRA TIPOS 1 E 2 Produção em local estratégico no canteiro de obras (meio de transporte; armazenamento dos materiais) Proporcionamento com recipientes de volume conhecido (padiolas) compatíveis com o consumo de cimento em cada betonada Arrasamento com régua PREPARO DE ARGAMASSA EM OBRA TIPOS 1 E 2 Misturador mecânico (betoneira) Maturação da cal: descanso da cal hidratada com excesso de água, em recipiente estanque e coberto, protegido da chuva e insolação. Tempo mínimo de maturação: 16 horas APLICAÇÃO DA ARGAMASSA APLICAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO Umedecimento da base (parede ou teto) Execução das mestras • MESTRAS = faixas estreitas e contínuas de argamassa feitas entre as taliscas. Servem de apoio à régua na operação de sarrafeamento. EXECUÇÃO DAS MESTRAS As mestras são executadas unindo-se as taliscas na direção vertical com aproximadamente 5 cm de largura, utilizando-se a mesma argamassa do revestimento. Deve-se aguardar 24 horas entre a fixação das taliscas e a execução das mestras. Para os tetos, não é necessária a execução prévia de mestras. APLICAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO A aplicação da argamassa sobre a superfície deve ser feita por projeção enérgica do material sobre a base, manual ou mecânica, não excedendo 3 cm de espessura APLICAÇÃO DA ARGAMASSA Depois de aplicada a argamassa nos trechos delimitados pelas mestras, deve ser feita uma compressão com a colher de pedreiro, eliminando-se os espaços vazios e alisando a superfície. APLICAÇÃO DA ARGAMASSA No caso do emprego de camada única, a aplicação da argamassa deve ocorrer logo após a execução das mestras Já no emprego de revestimentos do tipo emboço e reboco, essa situação não é imprescindível APLICAÇÃO DA ARGAMASSA Espessuras superiores a 3 cm, o revestimento deve ser executado em etapas. Para espessuras entre 3 cm e 5 cm, a argamassa deve ser aplicada em duas camadas Já entre 5 cm e 8 cm, a argamassa deve ser aplicada em três camadas, encasquinhando-se (colocação de cacos entre a argamassa, normalmente pedaços de tijolos) as duas primeiras APLICAÇÃO DA ARGAMASSA Neste caso, deve-se prever ainda, o uso de tela metálica para estruturar o revestimento Deve-se aguardar um intervalo de pelo menos 16 horas entre as camadas, executando-se a mestra imediatamente antes da última cheia APLICAÇÃO DA CAMADA DE REBOCO Espalhamento uniforme e contínuo da argamassa de reboco sobre o emboço Desempeno Cuidados: • desempeno excessivo • cura (mínimo = 28 a 90 dias) SARRAFEAMENTO SARRAFEAMENTO Trata-se da atividade que irá definir o plano de revestimento, a partir das taliscas e mestras previamente executadas. Consiste no aplainamento revestimento, utilizando-se uma régua de alumínio apoiada em referenciais de espessura, descrevendo um movimento de vaivém de baixo para cima. Esse procedimento deve ser realizado quando a argamassa apresenta uma consistência mais firme, pois, quando o sarrafeamento é realizado muito precocemente, pode haver o descolamento da argamassa em regiões já revestidas, em função do processo de aderência e de endurecimento ainda não estarem suficientemente desenvolvidos. SARRAFEAMENTO Na prática, tal ponto é verificado pressionandose a argamassa com os dedos. O ponto ideal é quando os dedos não penetram na camada, permanecendo praticamente limpos, porém deformando levemente a superfície. DESEMPENAMENTO DESEMPENAMENTO Acabamento obtido através da movimentação circular de uma ferramenta de madeira, denominada desempenadeira, sobre a superfície do revestimento, imprimindo-se uma certa pressão. Essa operação pode exigir uma aspersão de água sobre a superfície. DESEMPENAMENTO É a atividade seguinte ao sarrafeamento, mas não deve ocorrer imediatamente após a sua conclusão, pois pode haver o aparecimento de fissuras de retração no revestimento, em função da argamassa ainda se encontrar muito úmida. Pode-se ter três tipos de acabamento: • desempenado grosso • desempenado fino e desempenado • camurçado DESEMPENO GROSSO É utilizado quando a camada de revestimento de argamassa irá receber um revestimento decorativo com espessura maior que 5 mm, como cerâmica A superfície de acabamento é regular e compacta sem ser muito lisa Pequenas imperfeições e fissuras de retração são aceitas O desempeno é efetuado apenas com a desempenadeira de madeira DESEMPENO FINO É acabamento base para revestimentos texturados e pintura acrílica em duas ou mais demãos A textura final é homogênea, lisa e sem imperfeições visíveis O desempeno é efetuado com desempenadeira de madeira. Entretanto, o número de movimentos circulares é maior de maneira a trazer os finos da argamassa para a superfície e utiliza-se uma broxa para aspergir água sobre a superfície durante os movimentos. DESEMPENO CAMURÇADO Acabamento final base para pintura com tintas minerais, látex PVA ou acrílico, sobre massa corrida ou textura acrílica em uma única demão A textura final é homogênea, lisa e compacta Não são admitidas fissuras Acabamento obtido através da fricção da superfície do revestimento com um pedaço de esponja ou desempenadeira com espuma, através de movimentos circulares, de modo a retirar o excesso de pasta surgido na operação de desempeno e a deslocar os grãos do agregado. REQUADRAMENTOS HORIZONTAIS VERTICAIS Os requadros devem ser executados juntamente com o revestimento, observando-se o nível, o esquadro e o caimento necessário. E EM RESUMO... Tipo de revestimento quanto à aparência da superfície Tratamento superficial no estado fresco Sarrafeado Régua Desempenado Grosso Desempeno leve, com desempenadeira de madeira Liso Alisamento com desempenadeira de madeira ou aço ou colher de pedreiro Fricção com desempenadeira de Feltrado ou esponja, de espuma de poliuretano ou camurçado de feltro Raspado ou texturizado Fricção do revestimento fresco com escova ou serra Rústico ou chapiscado Projeção jateada do reboco sobre o emboço, com máquina própria ou através de peneira MEDIDAS DE CONTROLE PREPARAÇÃO DA BASE Assegurar a remoção das sujeiras, irregularidade e incrustações metálicas da base, além do preenchimento de furos e depressões Conferir a fixação da alvenaria Verificar a execução correta do chapisco onde previsto no projeto TALISCAMENTO Verificar a distribuição das taliscas de forma que fiquem espaçadas entre si a uma distância equivalente ao comprimento das réguas a serem utilizadas no sarrafeamento com tolerância de 50 mm PRODUÇÃO DE ARGAMASSA MATERIAIS Verificar: A qualidade dos materiais constituintes da argamassa preparada no canteiro A qualidade da argamassa industrializada de acordo com as especificações do projeto PRODUÇÃO DE ARGAMASSA PREPARO Verificar: Para as argamassa produzidas em canteiro se os procedimentos de produção estão sendo seguidos Para as argamassas ensacadas, se o procedimento especificado pelo fabricante para a mistura está sendo cumprido Para as argamassas de silo, se os equipamentos estão funcionando corretamente APLICAÇÃO E SARRAFEAMENTO DA ARGAMASSA Verificar: O abastecimento de argamassa nas frentes de trabalho, de forma que não haja falta nem excesso de argamassa, neste caso podendo ocorrer perda de trabalhabilidade do material antes da aplicação A espessura da camada em relação à marcação das taliscas, admitindo-se tolerância de ±1 mm APLICAÇÃO E SARRAFEAMENTO DA ARGAMASSA Verificar: Se as demãos tem espessura inferior a 30 mm observando o seu intervalo de aplicação Se o intervalo adequado para o sarrafeamento está sendo seguido ACABAMENTO DO EMBOÇO Verificar: Se o intervalo adequado para o desempeno está sendo respeitado Se o acabamento final da camada é compatível com a camada seguinte de revestimento A planicidade da superfície com régua de alumínio e nível de bolha admitindo-se ondulações até 3 mm Se o grau de fissuração está dentro das tolerâncias admitidas ACABAMENTO DA MASSA ÚNICA Verificar: Se o intervalo adequado para o desempeno está sendo respeitado A realização do camurçamento, caso seja especificado Se a rugosidade da superfície é compatível com a camada de acabamento do revestimento A planicidade da superfície com régua de alumínio e nível de bolha admitindo-se ondulações até 3 mm Se o grau de fissuração está dentro da tolerância admitida EXECUÇÃO DO REBOCO Verificar: Se o reboco está sendo executado com prazos compatíveis aos da execução do emboço conforme estabelecido no capítulo de planejamento A planicidade da superfície com régua de alumínio e nível de bolha admitindo-se ondulações até 3 mm A integridade superficial do reboco, sem emendas ou correções, exigidas para a aplicação da pintura EXECUÇÃO DO REFORÇO DO REVESTIMENTO Verificar a colocação e fixação de telas metálicas nos locais previstos no projeto EXECUÇÃO DOS REQUADROS Verificar posicionamento dos peitoris prémoldados, caso estejam especificados no projeto Conferir se a execução dos requadros está sendo feita conjuntamente com o revestimento Observar nivelamento e caimento adequados EXECUÇÃO DAS QUINAS E CANTOS Verificar se a execução se dá de maneira seqüencial Conferir alinhamento e regularidade dos cantos com auxílio de régua de alumínio com nível de bolha acoplado, não devendo surgir irregularidades ou ondulações superiores a 3 mm ATÉ A PRÓXIMA AULA! Bom Dia!