MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
A MADEIRA COMO MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO
INTRODUÇÃO

“O excepcional e insubstituível material que,
por ter o decoro de sua origem, não se deixa
dobrar por frias fórmulas matemáticas, pois já
foi árvore altaneira que em muitos confrontos
venceu mais desafios que simples peça de
estrutura.” (Jean Campredon, projetista de renome
internacional e Diretor do Centre Technique du Bois)
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS, ECONÔMICAS E
ESTÉTICAS:
Resistência mecânica tanto a esforços de
compressão quanto a esforços de tração na
flexão;
 Resiste a choques e esforços dinâmicos;
 Isolante térmico, acústico, dielétrico quando seca;
 Pode ser modificada e estruturada com
ferramentas simples;
 Custo reduzido de produção e manutenção;
 Infinidade de padrões estéticos e decorativos.

COMPOSIÇÃO E FISIOLOGIA

CORTE TRANSVERSAL DO CAULE DE UMA
ÁRVORE
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS MADEIRAS:
Umidade;
 Retratibilidade;
 Densidade;
 Condutibilidade elétrica, térmica, fônica;
 Resistência ao fogo;

PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS MADEIRAS:
Características mecânicas principais, são
exercidas no sentido axial: compressão, tração,
flexão estática e flexão dinâmica;
 Características mecânicas secundárias, são
exercidas transversalmente às fibras:
compressão e tração normal às fibras, torção,
cisalhamento e fendilhamento.

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS
CURTAS:

Resistência à compressão em função da
umidade;
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS
CURTAS:

Resistência à compressão em função da
massa específica aparente;
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS
CURTAS:

Resistência à compressão em função dos
defeitos;
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS
CURTAS:
 Elasticidade na compressão;
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS
LONGAS: FLAMBAGEM
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO AXIAL
RESISTÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NORMAL E
OBLÍQUA ÀS FIBRAS
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NORMAL ÀS FIBRAS
Sempre deve ser substituída por um material
com boa resistência nesse sentido, pois tem
baixíssima resistência nesse caso.
 Por exemplo: abraçadeiras e perfis.

RESISTÊNCIA AO FENDILHAMENTO

Assim como a tração normal às fibras, deve ser evitada na execução das
estruturas de madeira, pode ser atenuada com a furação prévia ou
despontamento dos pregos nas ligações pregadas, com a colagem ou
associação de peças a contrafio e com o emprego correto de conectores,
cavilhas e blindagens.
RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO

A resistência ao cisalhamento pode ser
paralela, oblíqua ou normal às fibras:



Quando o cisalhamento ocorre paralelamente às fibras, a
resistência é mínima.
O cisalhamento oblíquo às fibras ocorre na compressão de
peças curtas, não fosse a heterogeneidade obedeceria ao
ângulo de 45°.
Já o cisalhameto normal às fibras praticamente não ocorre,
o ruptura se dá pelo esmagamento das fibras que suportam
a aplicação da carga.
RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO E AO DESGASTE:
DUREZA SUPERFICIAL

É a resistência do material à penetração localizada, ao risco e ao desgaste.
RESISTÊNCIA A CARGAS DE GRANDE DURAÇÃO:
FLUÊNCIA

Submetidas a cargas prolongadas, as peças de madeira sofrem, durante um
certo tempo, deformações contínuas e progressivas; a ruptura pode então
ocorrer sob tensões inferiores à tensão-limite de resistência determinada nos
ensaios normalizados.
RESISTÊNCIA A CARGAS ALTERNADAS

Quando submetidas durante um certo tempo a solicitações alternadas ou a
vibrações, os materiais podem romper sob tensões abaixo da tensão limite
de resistência, chama-se limite de resistência à fadiga.
NOMENCLATURA DAS PEÇAS DE MADEIRA
SERRADA (NBR 7203)
Nome da peça Espessura em cm
 Pranchões
> 7,0
 Prancha
4,0 - 7,0
 Viga
> 4,0
 Vigota
4,0 - 8,0
 Caibro
4,0 - 8,0
 Tábua
1,0 - 4,0
 Sarrafão
2,0 - 4,0
 Ripa
< 2,0
Largura em cm
> 20,0
> 20,0
11,0 - 20,0
8,0 - 11,0
5,0 - 8,0
> 10,0
2,0 - 10,0
< 10,0
NOMENCLATURA COMERCIAL USUAL DE
MADEIRA SERRADA
Nome da peça
 Linha
7x14; 6x12; 5x10...
 Prancha
4x20...
 Caibro
3,5x7; 3,5x5...
 Caibro reforçado 3,5x10...
 Tábua
3x10; 3x15; 3x20...
 Sarrafo
3x7; 3x5...
 Ripa
1x3,5; 1,5x4; 1,5x5...
DEFEITOS NA MADEIRA
Não serão admitidas peças que contenham qualquer
um dos seguintes defeitos:
- Ardidura (estágio inicial de apodrecimento) ou podridão;
- Arqueamento (empenamento longitudinal nas bordas);
- Cerne quebradiço;
- Encanoamento (empenamento transversal da face);
- Encurvamento (empenamento longitudinal da face);
- Fissura de compressão;
- Furo de insetos inativos;
- Galeria (escavação ou sulco feito por insetos);
- Medula (parte central do tronco constituída de tecidos
menos resistentes que o restante do lenho);
- Nó cariado, firme, solto ou vazado;
- Racha;
- Torcimento (empenamento helicoidal ou espiral no sentido
do eixo da peça de madeira).
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A madeira como material de construção