Alberto Caeiro
Alberto Caeiro nasceu em 16 de Abril de 1889, em Lisboa.
Órfão de pai e mãe, não exerceu qualquer profissão e
estudou apenas até à 4º classe. Viveu grande parte da sua
vida pobre e frágil com uma tia-avó idosa.
É considerado o Mestre Ingênuo dos heterônimos e do
próprio Fernando Pessoa, apesar da instrução primária.
Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende
qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que
pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos").
Proclama-se assim um anti-metafisico. Afirma que, ao
pensar, entramos num mundo complexo e problemático
onde tudo é incerto e obscuro.
À superfície é fácil reconhecê-lo pela sua objetividade visual, que
faz lembrar Cesário Verde, citado muitas vezes nos poemas de
Caeiro por seu interesse pela natureza, pelo verso livre e pela
linguagem simples e familiar.
Apresenta-se como um simples "guardador de
rebanhos" que só se importa em ver de forma objetiva
e natural a realidade. É um poeta de completa
simplicidade, e considera que a sensação é a única
realidade.
Antes de morrer de tuberculose, em 1915, quando contava apenas
vinte e seis anos escreverá O Guardador de Rebanhos,O Pastor
Amoroso e Os Poemas Inconjuntos.
Poema
O Amor é uma Companhia
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara
dela no meio.
Poema
O Amor é uma plenitude
Você é minha companhia
Já não consigo tirar você da cabeça
E não posso tirar...
Quando lembro que irei te encontrar ando mais depressa
A saudade de você machuca por dentro
Eu te amo tanto que já não consigo pensar em mim sem você.
Se não o vejo imagino o que pode estar fazendo
Quando o vejo o coração bate mais forte
Se não estas perto de mim fico triste
Não tenho como proibir tudo ao redor faz lembra-me de ti.
Para Alberto Caeiro, o Amor é uma companhia
Para mim, o Amor é uma plenitude.
Escola Estadual Dr. Martinho Marques
Atividade realizada na aula de Literatura
Sob a orientação das professoras:
Cida Crivelli e Marilza Nunes
Alunas: Camila Soares e Josielle Albuquerque
Taquarussu- MS
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Poema O Amor é uma Companhia - escola estadual dr martinho